Resenha #261: "Slammer" (2021) - Slammer

    Salve headbangers! A cena do metal do Paraná é marcada por ter lançado nomes seminais para todos os estilos dentro do som extremo, e existem bandas que são sinônimo de resistência, tornando assim um marco na história musical do seu estado, e sem dúvida alguma, os malditos da Slammer podem se orgulhar de ter essas características. Formada no ano de 1999 e depois de passar por um período de inatividade, eles voltaram para mostrar como se faz um metal sujo, agressivo e satânico e o primeiro ataque já tinha vindo com o EP "Passage to Hell" (2019) que tem resenha aqui no site confira no link: Slammer, e agora eles voltaram e não mudaram sua fórmula, graças a Satanás! Então o que temos aqui é heavy/black metal banhado em enxofre.


    Uma intro,  Storm From Las Palmeras, que faz a ponte para a tempestade que está por vir, 1986,  uma aula de metal veloz com a saudação mais importante do metal extremo - "Hail Satan!", logo Sons of Evil, uma velha conhecida dos fãs, aqui ganhou uma nova roupagem e foi essa que eu mais gostei, a voz do Urso é rasgada e ao mesmo tempo bem marcante e combina totalmente com a proposta do som .
    Dominium é um som forjado no inferno, pois a forma como esse refrão foi feito é para ser cantado em uníssono e vem mostrando aquela lição que o Venom já tinha nos ensinado há décadas atrás, que a música não precisa ser o tempo todo virtuosa, contudo que ela transpire maldade.


    This Heaven Doesn't Living in Me ganhou um clipe muito bom além da letra muito provocativa e o som é um hino daqueles que devem ser presença confirmada em todos os shows da banda, o mesmo podemos dizer de Ignes Corpora que me parece um tributo ácido ao Venom, um som simples, direto e marcante que poderia muito bem sair da mente de Mantas.
    O trabalho vai chegando ao seu final, mas não sem antes amaldiçoar seus ouvintes com Throne in Flames, que bateria monstruosa! The Slammer, um verdadeiro chamado para guerra, onde estaremos gritando em pleno pulmões - "The Slammer!"... 
    Father, Bastard and Holy Devil fecha o trabalho como se fosse uma reza profana... Ouvir esse trabalho com as luzes apagadas irá fazer você se sentir mais próximo dos portões infernais... Tem coisa melhor para um álbum de metal extremo?

TRACKLIST:
1) Storm from Las Palmeras (Intro)
2) 1986
3) Sons of Evil
4) Dominium
5) This Heaven Doesn't Living in Me
6) Ignes Corpora
7) Throne in Flames
8) The Slammer
9) The Cursed of Abbadon
10) La Oración de los Hipócritas
11) Father, Bastard and Holy Devil

FORMAÇÃO:
Urso - guitarras, baixo e vocal;
Zema - guitarras;
Guilherme Kret - bateria.