Salve, headbangers! Chegar à sua décima sétima edição em um cenário em que fomos atingidos por uma enxurrada de pseudo produtores que lesaram bandas e público de forma geral, só prova que a tradição e o trabalho duro mostram resultado. E sabendo que esse legado seria mais uma vez honrado, pegamos estrada por algumas horas e, depois de passar pela serra, chegamos na pacata cidade de Otacílio Costa. Mais uma vez, tivemos ela sendo tomada pela marcha dos headbangers e aqui está nossa cobertura completa do evento SEM USO DE IA E NEM COBERTURA DE SHOWS QUE NÃO VIMOS.
Uma das bandas que já participou de algumas edições do "OTA" teve a honra de abrir o evento, Jhonny Bus subiu ao palco com a pontualidade que foi uma tônica de todo o festival. O mais interessante é que eu tinha a lembrança da banda fazendo um set de covers, mas agora tomaram a sábia decisão de fazer um set autoral. Isso é muito assertivo, pois assim conseguimos ver a qualidade dos músicos que fazem parte da banda. Meu destaque vai para as guitarras, com um timbre muito bom. Por isso, as faixas do seu álbum "Room of Souls" foram conhecidas por mim no show e depois fui conferir o trabalho. Vou resenhá-lo aqui em breve!
Uma tradição do "OTA" é abrir espaço para bandas que estão iniciando sua jornada musical. Cruciate se formou na fervilhante cena de Florianópolis e nos apresenta o formato power trio para entregar um death metal que encontra outras passagens de thrash metal, por exemplo, além dos vocais que me remeteram ao grande Benediction, como nas faixas Thirsty for Violence e Shredded to Pieces.
Toxic Rotten é uma banda pela qual temos muito carinho, pois fizeram parte do nosso segundo festival presencial. E pensa em uma banda que tem uma combinação perfeita entre a energia do thrash metal e o carisma de um maníaco! Pois é, a forma como eles tocam mira na insanidade, e o público responde a isso com os primeiros moshs do dia e aquela trocação de empurra-empurra. Não tem como, sons como Hell Butcher, Rotten in Hell e Raise Your Horns pegam aquelas fronteiras do death e do thrash e jogam ácido em cima. E já deve ter aqui no site (ou logo terá) a resenha do debut "Rotten in Hell".
Toxic Rotten é uma banda pela qual temos muito carinho, pois fizeram parte do nosso segundo festival presencial. E pensa em uma banda que tem uma combinação perfeita entre a energia do thrash metal e o carisma de um maníaco! Pois é, a forma como eles tocam mira na insanidade, e o público responde a isso com os primeiros moshs do dia e aquela trocação de empurra-empurra. Não tem como, sons como Hell Butcher, Rotten in Hell e Raise Your Horns pegam aquelas fronteiras do death e do thrash e jogam ácido em cima. E já deve ter aqui no site (ou logo terá) a resenha do debut "Rotten in Hell".
Eu estava com grande vontade de assistir ao Eternal Knight pela primeira vez. Acompanho a banda desde seu debut e consigo ver neles aquela vontade de fazer um som autoral, de acreditar na sua música, vencendo limitações e críticas. Por se tratar de heavy metal tradicional, alguns desavisados podem se assustar por não ter na frente um cover de Bruce Dickinson, e sim algo mais próximo de um Peter Steele (Type O Negative). E nisso está o grande diferencial do Eternal Knight que veio de Caxias do Sul e entregou uma performance acima da média em sons como Calix, Morning Star (Damien), Lonely is the Mountain e Dinosaur Stomp. Minha única crítica foi a escolha do cover de Type O Negative – ficou legal, mas eu queria um som autoral no lugar, no caso, aquela que é minha favorita, Eternal Knight Pt. 1.
Agora, outra banda que eu queria muito assistir, Fusileer. Eles são aquele power trio que consegue fazer a gente relembrar quando o thrash metal era um dos gêneros mais agressivos e técnicos dentro do metal, lembrando os melhores momentos do Kreator (que acredito ser uma de suas principais influências). Ouça, por exemplo, Kill or Die (altamente explicativo no seu título), Nuclear Disorder e Extreme Torture (som que batiza seu primeiro trabalho).
Sem tempo para respirar, eis que os palcos catarinenses recebem o Demophobia, uma banda que faz aquele metal punk raivoso, vinda de São Paulo. Eles têm uma proposta bem original: um metal punk em português, com letras que têm a intenção de passar a mensagem para o público, que também é parte da massa trabalhadora. Por isso, sons como Sem Tempo, Sempre Desobedecer e aquele que é um dos seus maiores sons, Perversidade e Violência, são mais que necessários para a reflexão que levantam.
Hora do primeiro headliner. Já tive a chance de assistir ao Uganga algumas vezes, e curiosamente sempre foram formações diferentes. Aqui, quero ser extremamente respeitoso com todas as formações que passaram pela banda, mas a química que a atual formação tem é absurda. São músicos que chamam atenção, mesmo tendo na frente a máquina de carisma e energia que atende pelo nome de Manu Joker.
Confesso que achei o set um pouco curto, na oficial tinha o hino Meus Velhos Olhos de Observar o Mal, que foi tirado dessa apresentação. Mas é um ponto normal, dada a dinâmica de um festival. Como eles estão preparando um DVD para comemorar seus 30 anos de carreira, tivemos sons de várias fases da banda, como Nas Entranhas do Sol, Fronteiras da Tolerância e Servus, além de sons novos que já mostram o que está por vir.
Confesso que achei o set um pouco curto, na oficial tinha o hino Meus Velhos Olhos de Observar o Mal, que foi tirado dessa apresentação. Mas é um ponto normal, dada a dinâmica de um festival. Como eles estão preparando um DVD para comemorar seus 30 anos de carreira, tivemos sons de várias fases da banda, como Nas Entranhas do Sol, Fronteiras da Tolerância e Servus, além de sons novos que já mostram o que está por vir.
Representando o heavy metal que se funde com o progressivo, o Mortticia provou ao vivo que técnica e peso podem se fundir muito bem quando estamos de frente a músicos talentosos. Eu conhecia a banda, mas nunca tinha tido a chance de assisti-la ao vivo, até aquele momento. Fico muito feliz de ver que eles conseguem levar sua sonoridade monstruosa para os palcos. Não se trata de gravar um som complexo, e sim de executá-lo. Por isso, sons como Limiar, Violence (minha favorita) e as complexas Life is On e Ocean of Change soam tão bem ao vivo. E claro, aquela que é um dos grandes acertos do Mortticia, Running Up that Hill, um cover de Kate Bush em uma versão mais metalizada, assim como o Angra fez com Wuthering Heights.
Sempre que vejo uma banda como a Finita, tenho mais raiva das bandinhas de TikTok que infestam nossa cena (sim, os "carne e sal" da vida). Pois eu sei que eles estão na estrada há mais de uma década e, se agora conseguem um reconhecimento, mais que merecido por parte do público, isso é apenas um reflexo de toda a dedicação e seriedade que sempre levaram em sua música, em sua mensagem e em sua forma de entender a arte.
Criando um clima desde sua entrada com Lucifer’s Empire (que sempre se mostra uma boa escolha para abertura), a vocalista Luana mostra sua desenvoltura de ir do lírico para o gutural com uma facilidade assustadora. Na sequência, músicas do seu grande registro "Lie", como os sons novos que eles estão divulgando como Gates of Oblivion, Witch’s Laugh – essa aqui, com sua parte final ritualística, é de arrepiar – e o convite a todos bailarem com Valsa dos Exumados. Se eu precisar resumir o show da Finita em uma palavra, seria apoteótico.
Criando um clima desde sua entrada com Lucifer’s Empire (que sempre se mostra uma boa escolha para abertura), a vocalista Luana mostra sua desenvoltura de ir do lírico para o gutural com uma facilidade assustadora. Na sequência, músicas do seu grande registro "Lie", como os sons novos que eles estão divulgando como Gates of Oblivion, Witch’s Laugh – essa aqui, com sua parte final ritualística, é de arrepiar – e o convite a todos bailarem com Valsa dos Exumados. Se eu precisar resumir o show da Finita em uma palavra, seria apoteótico.
Agora, com orgulho, posso dizer que assisti a uma das minhas bandas favoritas de death metal brasileiro, o Vulture. Com uma presença de palco que beira a insanidade, eles provaram que mais de vinte anos de carreira são, sim, um diferencial. Entregaram uma apresentação direta e reta – não tem tempo para respirar, é death metal da época dos anos 90, com toques de melodia, mas sem deixar que isso seja a tônica. Eu, como fã, acredito que eles têm status de headliner, mas aí é uma opinião pessoal. Fato é que tanto a nova Flames of Atheism quanto a clássica Abençoado Seja o Homem Ateu são ainda mais fodas ao vivo.
Sendo um dos representantes do doom metal aliado ao bom e velho death metal, o Neófito consegue trazer para os palcos aquela atmosfera dos anos oitenta, onde as fronteiras entre os estilos não existiam. Então, no mesmo som, vamos de passagens arrastadas para a mais pura passagem death metal, como em Empty. Devo resenhar em breve o trabalho "Eternal Suffering", e um dos momentos mais marcantes foi quando tivemos a apocalíptica The World Is Crashing Down. A atmosfera desse som, com a bateria dando espaço para os teclados, foi bem marcante.
O Hate Spectrum chegou aos palcos para drenar o pouco de energia que o público tinha. Eu conhecia a banda principalmente porque o vocalista Eder foi um dos melhores que passou pelos cariocas do Gangrena Gasosa, e ele prova isso em sons como Worms (se não me engano, um dos primeiros singles da banda), World Demise e Irrational Fear. E sabe o que é melhor? Temos uma sonoridade que é difícil rotular, e isso é um baita elogio.
A Voorish é uma banda que eu venho acompanhando desde sua formação (se não me engano, estava na sua primeira apresentação). Acompanhei seus primeiros passos, o lançamento do álbum e a mudança de formação. E agora, eles marcam presença no maior festival de Santa Catarina. O horário era quase 3 da manhã – a hora maldita, perfeita para o seu black metal, que equilibra cadência com extremidade.
Scepticismi (baixo), Umbra (bateria), Devil (voz), Dolorthornus (guitarras) assumiram seus postos e passaram na prova de fogo. Umbra e Scepticismi, respectivamente bateria e baixo, já desempenham essa missão na Red Razor, por isso têm aquela conexão quase simbiótica no palco. Meu destaque sempre vai para Devil nos vocais, que consegue trazer uma presença monstruosa para os palcos, como demonstra em Satan’s Fall e You Are Nothing.
A primeira noite se fecha. Aquela atmosfera que o "OTA" sempre nos entrega (leia nossas outras coberturas do festival, que a gente sempre cita essa aura de união do fest) se faz presente. Chega a hora de ir para a barraca descansar para o segundo dia da maratona.
Acordar cedo em um domingo só se você tiver um ótimo motivo – e realmente, a gente tinha: a cobertura do segundo dia do "OTA 2025". E então, fomos agraciados com o show da Sabiá Preto. Meus amigos, que surpresa incrível! Eles foram do Twisted Sister (Burn in Hell) para Deep Purple (Highway Star). Depois dessa abertura, vieram os sons autorais, que são um mix de hard rock com trabalho de guitarras excelente. Destaque para o som Cansaço. Aproveitando que compõem em português, apresentaram um cover de Sidney Magal (sim, isso mesmo) e, quebrando minha cara, ficou bom pra caramba! Espero que gravem isso em um próximo álbum, pois achei sensacional – melhor até que o "brutal brega" do João Gordo.
O Hate Spectrum chegou aos palcos para drenar o pouco de energia que o público tinha. Eu conhecia a banda principalmente porque o vocalista Eder foi um dos melhores que passou pelos cariocas do Gangrena Gasosa, e ele prova isso em sons como Worms (se não me engano, um dos primeiros singles da banda), World Demise e Irrational Fear. E sabe o que é melhor? Temos uma sonoridade que é difícil rotular, e isso é um baita elogio.
A Voorish é uma banda que eu venho acompanhando desde sua formação (se não me engano, estava na sua primeira apresentação). Acompanhei seus primeiros passos, o lançamento do álbum e a mudança de formação. E agora, eles marcam presença no maior festival de Santa Catarina. O horário era quase 3 da manhã – a hora maldita, perfeita para o seu black metal, que equilibra cadência com extremidade.
Scepticismi (baixo), Umbra (bateria), Devil (voz), Dolorthornus (guitarras) assumiram seus postos e passaram na prova de fogo. Umbra e Scepticismi, respectivamente bateria e baixo, já desempenham essa missão na Red Razor, por isso têm aquela conexão quase simbiótica no palco. Meu destaque sempre vai para Devil nos vocais, que consegue trazer uma presença monstruosa para os palcos, como demonstra em Satan’s Fall e You Are Nothing.
A primeira noite se fecha. Aquela atmosfera que o "OTA" sempre nos entrega (leia nossas outras coberturas do festival, que a gente sempre cita essa aura de união do fest) se faz presente. Chega a hora de ir para a barraca descansar para o segundo dia da maratona.
Acordar cedo em um domingo só se você tiver um ótimo motivo – e realmente, a gente tinha: a cobertura do segundo dia do "OTA 2025". E então, fomos agraciados com o show da Sabiá Preto. Meus amigos, que surpresa incrível! Eles foram do Twisted Sister (Burn in Hell) para Deep Purple (Highway Star). Depois dessa abertura, vieram os sons autorais, que são um mix de hard rock com trabalho de guitarras excelente. Destaque para o som Cansaço. Aproveitando que compõem em português, apresentaram um cover de Sidney Magal (sim, isso mesmo) e, quebrando minha cara, ficou bom pra caramba! Espero que gravem isso em um próximo álbum, pois achei sensacional – melhor até que o "brutal brega" do João Gordo.
O Rainfall vem da região de São José, e seu som é um mix de hard rock com passagens de heavy. Eles tiveram alguns problemas na apresentação, e isso pode fazer com que quem não os conhecia tenha uma ideia errada da banda. Digo isso porque o cover Breaking the Law (clássico do Judas Priest) teve algumas falhas no PA, o que tirou um brilho do cover. Mas, por sorte, eles têm sons autorais que se destacam – ouça, por exemplo, Mr. Goodman, muito melhor que os covers. Fica aqui uma dica desse redator: foquem no autoral, pois eu mesmo não sendo um fã do estilo, gostei demais da proposta do som.
Eu estava na dúvida: o que diabos seria um "extreme hard rock"? E aí, que coisa boa escrever que uma banda calou nossa boca. O Debrix provou que merecem esse termo em sua sonoridade, pois têm um pé no hard rock ao mesmo tempo que trazem passagens progressivas, me lembrando o Mortticia, que tocou na noite anterior. A viagem de São Paulo para o fest valeu, pois fez eles cultivarem uma base de fãs – na qual eu me incluo – ainda mais pelo som Push It.
Hora do som mais extremo retomar os palcos do "OTA", e para isso tivemos a Violent Crisis, banda de Criciúma que reúne nomes já conhecidos da cena. Como o nome já dá uma boa demonstração, eles apresentam um thrash metal que bebe de fontes como Pantera (pelo groove – e não esconderam essas influências, fazendo alguns covers da banda norte-americana) e pelo timbre do Frank, que consegue emular passagens do Phil Anselmo. Eu queria ver mais sons do trabalho autoral deles, como o ótimo registro "Rise of Leviathan", mas tivemos apenas a faixa título e Brutal Revenge. Como a banda estava ali apresentando seu novo baterista, é normal que tenham focado em alguns covers.
Eu estava na dúvida: o que diabos seria um "extreme hard rock"? E aí, que coisa boa escrever que uma banda calou nossa boca. O Debrix provou que merecem esse termo em sua sonoridade, pois têm um pé no hard rock ao mesmo tempo que trazem passagens progressivas, me lembrando o Mortticia, que tocou na noite anterior. A viagem de São Paulo para o fest valeu, pois fez eles cultivarem uma base de fãs – na qual eu me incluo – ainda mais pelo som Push It.
Hora do som mais extremo retomar os palcos do "OTA", e para isso tivemos a Violent Crisis, banda de Criciúma que reúne nomes já conhecidos da cena. Como o nome já dá uma boa demonstração, eles apresentam um thrash metal que bebe de fontes como Pantera (pelo groove – e não esconderam essas influências, fazendo alguns covers da banda norte-americana) e pelo timbre do Frank, que consegue emular passagens do Phil Anselmo. Eu queria ver mais sons do trabalho autoral deles, como o ótimo registro "Rise of Leviathan", mas tivemos apenas a faixa título e Brutal Revenge. Como a banda estava ali apresentando seu novo baterista, é normal que tenham focado em alguns covers.
PS: É assim que se faz a cobertura de um show que você realmente assistiu, sem ficar colocando adjetivos de IA.
Agora, os malditos filhos da casa retornam! Faz tempo que Santa Catarina não recebia a Chaos Synopsis. Como o próprio vocalista falou, da última vez que estiveram no "OTA", ele estava bêbado ali no canto. E esse espírito de som feito de "banger para banger" se fez presente ao longo de todo o show. Sem ter um material novo para apresentar, fizeram um "best of" de toda sua carreira, tocando sons como Raising Hell, Zodiac, Sarcastic Devotion e, claro, aquela que sempre será o carro-chefe dos caras – e que eu estava me descabelando de pedir no palco – Son of Light.
Agora, os malditos filhos da casa retornam! Faz tempo que Santa Catarina não recebia a Chaos Synopsis. Como o próprio vocalista falou, da última vez que estiveram no "OTA", ele estava bêbado ali no canto. E esse espírito de som feito de "banger para banger" se fez presente ao longo de todo o show. Sem ter um material novo para apresentar, fizeram um "best of" de toda sua carreira, tocando sons como Raising Hell, Zodiac, Sarcastic Devotion e, claro, aquela que sempre será o carro-chefe dos caras – e que eu estava me descabelando de pedir no palco – Son of Light.
O segundo headliner sobe ao palco e mostra o que faz uma banda ser épica. O Malefactor vem há trinta e quatro anos mostrando como o metal extremo pode se fundir com o heavy, com o doom, com todas e quaisquer influências na mão de músicos certos.
Já assisti à banda algumas vezes – a última foi no Setembro Negro, em 2021 em São Paulo – e agora, no "OTA", mostraram sua grandiosidade sonora com aquela que é, na minha opinião, um dos sons mais bonitos do metal nacional, Centurian. Depois disso, uma novidade, um som mais recente, Cristozofrenia, e clássicos atrás de clássicos, como The Pit e Elizabeth Bathory.
O show estava se encaminhando para o final, até que uma queda de energia pegou todos de surpresa. Outra banda teria pegado suas coisas e mandado um "foda-se", mas Lord Vlad (baixo e voz), Danilo Coimbra (guitarra), Jafet Amoêdo (guitarra) e Daniel Falcão (bateria) mostraram que, mais que sua discografia, sua humildade os define. Ficaram ali com o público trocando ideia, e eu aproveitei para pegar uma camisa dessa lenda do nosso cenário.
Já assisti à banda algumas vezes – a última foi no Setembro Negro, em 2021 em São Paulo – e agora, no "OTA", mostraram sua grandiosidade sonora com aquela que é, na minha opinião, um dos sons mais bonitos do metal nacional, Centurian. Depois disso, uma novidade, um som mais recente, Cristozofrenia, e clássicos atrás de clássicos, como The Pit e Elizabeth Bathory.
O show estava se encaminhando para o final, até que uma queda de energia pegou todos de surpresa. Outra banda teria pegado suas coisas e mandado um "foda-se", mas Lord Vlad (baixo e voz), Danilo Coimbra (guitarra), Jafet Amoêdo (guitarra) e Daniel Falcão (bateria) mostraram que, mais que sua discografia, sua humildade os define. Ficaram ali com o público trocando ideia, e eu aproveitei para pegar uma camisa dessa lenda do nosso cenário.
Com a incerteza de que a luz voltaria e com a certeza de que a segunda-feira de trabalho estava chegando, fomos embora sem acompanhar o Captain Cornelius, que se apresentou no festival uma hora e meia depois. Recomendamos a leitura da cobertura da nossa mídia-irmã, O Subsolo, que fez a cobertura do show. Pedimos desculpas ao Capitão, que ficamos sabendo que fez uma festa à altura do que promete e entrega, um show etílico, animado e sempre muito bem feito.
Elogiar a qualidade do "OTA" se tornou redundante. Porém, em tempos em que tivemos uma infestação de canalhas na cena (Necrovoid, Mad... – não temos rabo preso, então podemos apontar os culpados), é um alento que o festival se mantenha. Ao mesmo tempo, é triste saber a luta que é mantê-lo. Então, dessa vez, ao contrário das últimas coberturas em que elogiei o pessoal da produção (algo que fiz pessoalmente), quero falar para o público headbanger:
"Vão aos festivais e apoiem quem faz de verdade – seja banda, produtores ou mídia. Porque depois que isso acaba... e tem grande chance de acabar... não adianta pegar suas redes sociais e colocar que ficou triste. Triste é ver uma cena tomada por parasitas que falam muito e fazem pouco. É necessário separar quem faz trabalho sério de quem está no hype".
Fica o recado! E mais uma vez: vida longa ao "Otacílio Rock Festival"!
Elogiar a qualidade do "OTA" se tornou redundante. Porém, em tempos em que tivemos uma infestação de canalhas na cena (Necrovoid, Mad... – não temos rabo preso, então podemos apontar os culpados), é um alento que o festival se mantenha. Ao mesmo tempo, é triste saber a luta que é mantê-lo. Então, dessa vez, ao contrário das últimas coberturas em que elogiei o pessoal da produção (algo que fiz pessoalmente), quero falar para o público headbanger:
"Vão aos festivais e apoiem quem faz de verdade – seja banda, produtores ou mídia. Porque depois que isso acaba... e tem grande chance de acabar... não adianta pegar suas redes sociais e colocar que ficou triste. Triste é ver uma cena tomada por parasitas que falam muito e fazem pouco. É necessário separar quem faz trabalho sério de quem está no hype".
Fica o recado! E mais uma vez: vida longa ao "Otacílio Rock Festival"!