Salve headbangers! Depois de um mini recesso, voltamos, e nada melhor do que profanar a maldita sexta-feira $anta com uma entrevista exclusiva com uma banda que vem marchando fortemente contra a hipocrisia religiosa e levando a outro patamar o que se entende por death/black metal. Épico, impiedoso e glorioso, com vocês Malefactor!
1) Salve, Malefactor! Temos a honra de conversar com vocês novamente. Nesse retorno a Santa Catarina, temos a banda comemorando 34 anos de carreira – na verdade, mais tempo que muito do público presente no festival (Otacílio Rock Festival). Então, como vocês veem o underground brasileiro nessas quase três décadas e meia: evoluções, retrocessos ou estagnação?
LV – HAIL! A honra é nossa pelo convite. Faremos 34 anos no final deste ano, mas estarmos, vivos e produzindo, sempre é motivo de comemoração. As posturas, métodos de apresentação musical, formatações, são sempre cíclicas no underground. Não vejo estagnação, mas vejo que a cena envelheceu, e a garotada, em sua maioria, não se identifica exatamente como metalheads. Hoje é muito mais amplo o leque de opções musicais, e coisas intoleráveis no passado, em diversos sentidos, passaram a ser rotineiros. E isso é algo que não podemos mudar. Eu tenho minhas verdades, mas aprendi a não perder mais minha paz tentando fazer pessoas entenderem a importância da raiz underground. É como falar ao vento. Muitos dos grandes “ídolos” não passam de velhos imbecis, e muitos jovens não se identificam com coisas que para nós eram intocáveis. Prefiro focar nas nossas músicas e nos grupos que admiramos do que perder tempo tentando dizer o que é certo ou errado. Não funciona. No mais, continua bem próximo do que era no começo. Melhorou equipamento, mas continua rolando produtor pilantra. Apareceram produtores profissionais e sérios, mas o público ainda dá muito mais suporte a uma banda europeia que nasceu ontem, do que bandas brasileiras com décadas de estrada. Então vamos continuar produzindo música profana, não sei se por muito tempo ainda. Na real, já estamos desacelerando com shows, mas quero voltar a fazer uma ou duas turnês no exterior, antes de virarmos uma banda de estúdio. Prevejo que é isso que o futuro nos reserva. Shows, somente com estrutura adequada e com produtores sérios. Shows gambiarra e sem respeito com nossa história, a gente nem leva mais em conta. Isso diminui a quantidade, mas melhorou a qualidade, mesmo que nem sempre as coisas ocorram como gostaríamos.
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2) Vocês são vistos como uma banda pioneira no pagan death metal no Brasil. Isso fez com que vocês construíssem uma sonoridade que a gente já identifica como do Malefactor, unindo elementos do heavy, do death e do black metal em uma sonoridade única. Quais foram as influências e inspirações para chegar nesse resultado que entregou registros fortes no nosso cenário, como "Celebrate Thy War" (1999) e "Centurian"(2006)?
LV – Nós começamos nas fileiras do Death Metal old school, embora sempre tenhamos escutado muito heavy, black, doom, thrash. Desde aquela época já rolava muita competição idiota e regras a serem quebradas. O thrash, inclusive, que na década de 2000 voltou a ser meio que a resistência, trazendo de volta os coletes entupidos de patches, quando começamos, era meio que a escória da cena. Olha que merda. Muita bobagem e preconceito com todo um estilo por causa dessa ou daquela banda. Em 95 passamos a incorporar riffs mais heavy metal, teclados, passagens mais doom também. Dai pra frente fomos tentando ser mais democráticos nas músicas, deixando fluir as composições de cada músico. Fizemos verdadeiras transgressões musicais, com musicas folk, vocais limpos, tudo isso em meio a brutalidade sonora, letras anticristãs e com alta influência hiboriana. Decidimos que não teríamos um rótulo imutável, por que somos metalheads antes de sermos uma banda desse ou daquele estilo. Todos nós temos ou tivemos bandas paralelas, geralmente Death Metal Old School ou Death Black, mas no Malefactor sempre preferimos nos arriscar mais e isso nos levou a algum tipo de reconhecimento aqui e lá fora que nos possibilitou termos tocado em tantos locais e com tantas bandas sensacionais da cena underground. As influências mais diretas foram a cena Grega e Sueca de metal extremo, e heavy metal tradicional. Mas temos passagens Doom, Folk. Não tem uma semana que a gente não apareça com uma banda nova e ficamos trocando informações e materiais entre nós. Sempre foi e vai ser sempre assim.
LV – Nós começamos nas fileiras do Death Metal old school, embora sempre tenhamos escutado muito heavy, black, doom, thrash. Desde aquela época já rolava muita competição idiota e regras a serem quebradas. O thrash, inclusive, que na década de 2000 voltou a ser meio que a resistência, trazendo de volta os coletes entupidos de patches, quando começamos, era meio que a escória da cena. Olha que merda. Muita bobagem e preconceito com todo um estilo por causa dessa ou daquela banda. Em 95 passamos a incorporar riffs mais heavy metal, teclados, passagens mais doom também. Dai pra frente fomos tentando ser mais democráticos nas músicas, deixando fluir as composições de cada músico. Fizemos verdadeiras transgressões musicais, com musicas folk, vocais limpos, tudo isso em meio a brutalidade sonora, letras anticristãs e com alta influência hiboriana. Decidimos que não teríamos um rótulo imutável, por que somos metalheads antes de sermos uma banda desse ou daquele estilo. Todos nós temos ou tivemos bandas paralelas, geralmente Death Metal Old School ou Death Black, mas no Malefactor sempre preferimos nos arriscar mais e isso nos levou a algum tipo de reconhecimento aqui e lá fora que nos possibilitou termos tocado em tantos locais e com tantas bandas sensacionais da cena underground. As influências mais diretas foram a cena Grega e Sueca de metal extremo, e heavy metal tradicional. Mas temos passagens Doom, Folk. Não tem uma semana que a gente não apareça com uma banda nova e ficamos trocando informações e materiais entre nós. Sempre foi e vai ser sempre assim.
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3) Quero comentar um pouco das temáticas do Malefactor. Eu, como historiador, sempre fico impressionado como vocês conseguem construir uma narrativa usando fontes históricas de maneira muito orgânica. Como é o processo de composição e pesquisa para sons como Counting The Corpses?
LV – Também sou historiador, mas sempre apaixonado por ficção e realismo fantástico. Tento
mesclar estas vertentes na hora de fazer letras. Mesmo na época da demo tape “Into The Black Order” (1995) eu já tentava musicar fatos contra a concepção punitiva cristã e seu Malleus Maleficarum, tentando não soar repetitivo ou simplista. Em Counting the Corpses fiz uma letra direta sobre as Guerras Púnicas (ocorridas entre 264 a.C. e 146 Antes do Cristozofrênico), quando Roma e Cartago lutaram pelo controle do Mediterrâneo. É preciso entender a origem das rotas comerciais para entender como chegamos aos impérios atuais, divisão econômica e religiosa nas sociedades contemporâneas. Não basta odiar a imposição religiosa. Temos que estudar o porquê elas existem e como se consolidaram para não virarmos anti-cristãos da boca pra fora. Nos últimos anos ficou claro o quanto esse anticristianismo de uma grande parte da cena era só “poético”. Baixaram a cabeça para a dominação neo-pentecostal abertamente, e ficam vomitando ideologia satânica. Tantos e tantos que criticaram a nós e outros no passado, mas na hora do 'vamo ver', meteram sua ideologia no rabo e abanaram o mesmo rabo para políticos e ideias cristãs institucionalizadas. Os lobos viraram cordeiros. Estudem quem vocês dizem combater, para que vocês não sejam seus próprios inimigos e nem percebam.
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4) Mais acima, falamos da sonoridade do Malefactor, e, olhando em perspectiva, podemos dizer que os dois lados da sua sonoridade se encontram na sua discografia. Se o lado mais épico se consolida em "Anvil of Crom" (2013), temos "Sixth Legion" (2017) como um trabalho mais áspero e bruto. Dito isso, o que podemos esperar de um novo trabalho?
LV – Já temos 3 músicas novas nas redes (plataformas digitais em música e vídeo), e em 3 meses este EP virá ao mercado em formato físico. Acabamos de gravar mais um som para esse disco, que se chamará "The Sentinels", analisando/musicando sobre 4 “entidades”.
LV – Também sou historiador, mas sempre apaixonado por ficção e realismo fantástico. Tento
mesclar estas vertentes na hora de fazer letras. Mesmo na época da demo tape “Into The Black Order” (1995) eu já tentava musicar fatos contra a concepção punitiva cristã e seu Malleus Maleficarum, tentando não soar repetitivo ou simplista. Em Counting the Corpses fiz uma letra direta sobre as Guerras Púnicas (ocorridas entre 264 a.C. e 146 Antes do Cristozofrênico), quando Roma e Cartago lutaram pelo controle do Mediterrâneo. É preciso entender a origem das rotas comerciais para entender como chegamos aos impérios atuais, divisão econômica e religiosa nas sociedades contemporâneas. Não basta odiar a imposição religiosa. Temos que estudar o porquê elas existem e como se consolidaram para não virarmos anti-cristãos da boca pra fora. Nos últimos anos ficou claro o quanto esse anticristianismo de uma grande parte da cena era só “poético”. Baixaram a cabeça para a dominação neo-pentecostal abertamente, e ficam vomitando ideologia satânica. Tantos e tantos que criticaram a nós e outros no passado, mas na hora do 'vamo ver', meteram sua ideologia no rabo e abanaram o mesmo rabo para políticos e ideias cristãs institucionalizadas. Os lobos viraram cordeiros. Estudem quem vocês dizem combater, para que vocês não sejam seus próprios inimigos e nem percebam.
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4) Mais acima, falamos da sonoridade do Malefactor, e, olhando em perspectiva, podemos dizer que os dois lados da sua sonoridade se encontram na sua discografia. Se o lado mais épico se consolida em "Anvil of Crom" (2013), temos "Sixth Legion" (2017) como um trabalho mais áspero e bruto. Dito isso, o que podemos esperar de um novo trabalho?
LV – Já temos 3 músicas novas nas redes (plataformas digitais em música e vídeo), e em 3 meses este EP virá ao mercado em formato físico. Acabamos de gravar mais um som para esse disco, que se chamará "The Sentinels", analisando/musicando sobre 4 “entidades”.
Cristozofrenia já é um título auto explicativo e segue a ideia de Cross and Fiction do nosso álbum anterior. Baron Samedi é sobre a maior entidade do Vodu Haitiano. Aghori é sobre os adoradores de Shiva na Índia atual, conhecidos como Sacerdotes Canibais e a mais nova The Sentinels é sobre Thulgra Kothan, um mago da Stygia, presente na ficção de Robert E. Howard. O EP foi pensado nessa intersecção entre nossa música e figuras míticas em diferentes momentos e regiões. O disco sairá em 3 formatos: LP (em formato Split com a banda Aztlan), CD (com a inclusão de alguns covers) e tape. Hoje usamos muito menos teclados, mas continuamos variando muito nas composições. Afinal são 3 compositores que geralmente fazem 90% de suas músicas sozinhos e acaba formando esse universo musical do Malefactor. Sempre faremos essa mescla de brutalidade com melodia, tanto nos riffs quanto nos vocais. Essa é nossa assinatura.
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5) Depois de algumas mudanças de formação, a banda se estabilizou como um quarteto. Como foi essa adaptação em nível de composição e até mesmo apresentação da banda, já que desde 2017 Lord Vlad assumiu também os baixos, além dos vocais...
LV – Eu sempre compus riffs para a banda, desde a primeira demo ensaio de 1993. Como eu não tocava nenhum instrumento, muitos não sabiam que toco guitarra e baixo desde adolescente. Quando Roberto resolveu deixar seu posto de baixista, e decidimos não termos mais tecladista, vimos que podíamos testar uma formação mais enxuta. Claro que eu tive que me adaptar e não foi fácil, mas eu também não saí do zero. Me desafiei, recebi apoio de meus irmãos, e claro que demora um pouco para esta adaptação. Cantar e tocar baixo é ótimo para meu crescimento musical, mas confesso que gostaria de evoluir ainda mais nas duas áreas, mas minha vida é tão corrida que fica difícil. Família, trabalho, e ainda toco em mais três outras bandas (Poisonous, Born in Black e Kosmogonya) que mesmo não exigindo muito do meu tempo, exigem da minha capacidade cerebral, já afetada pela idade e pela preguiça. Algumas pessoas vão preferir a fase antiga, outros preferem a fase atual. É assim até com bandas que não mudaram a formação ou o som, imagina conosco que já nos reinventamos tantas vezes.
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6) Além da apresentação no "OTA", vocês serão uns dos representantes brasileiros no "Bangers Open Air". Como vocês veem a situação de eventos no Brasil, já que temos festivais consagrados que entregam tudo que prometem, como no "OTA", mas também tivemos recentemente demonstrações de picaretas na cena? Então, como está esse nosso cenário e a importância de ter um festival como o "B.O.A." para o Brasil?
LV – É sempre bom falarmos disso porque mesmo bandas antigas e até profissionais ainda se deparam com produtores ruins. Para o "OTA" as referências foram todas ótimas e pudemos comprovar que são pessoas comprometidas, que cumprem tudo que foi prometido, não ficam criando desculpas. Recomendo a quem puder, comparecer como banda ou público. É um ambiente de amizade, metal, churrasco, num local lindíssimo. Merecia um público ainda maior e apoio do poder público, já que é uma cidade pequena e o evento é feito anualmente com pessoas de todo o Estado de Santa Catarina. Vem bandas de todo o Brasil. A cidade de Otacílio só teria a ganhar. Longa Vida ao "OTA". Já queremos voltar. A gente se depara com poucos produtores que aprontem conosco, mas eles ainda existem. Quer uma boa pista? Produtor que promete, mas não assina contrato. Caia fora. Se ele/ela não assina, é porque não tem bala na agulha caso o evento dê algum prejuízo OU porque é pilantra mesmo. Todo ano aparece um ou outro produtor prometendo show com estrutura foda, cachê, hotel, avião e some ou cancela o evento sem maiores explicações. Não se importa se a banda ensaiou algo para esse evento, se pessoas já se mobilizaram. Felizmente é mais raro conosco nos dias atuais, mas ainda aparecem. Inclusive tem produtores que se chateiam quando você expõe o amadorismo (no sentido de algo ruim). Ou seja, a banda que se foda e aceite calada. Não é nosso caso. Haja corretamente conosco que a resposta é agirmos corretos também. Parabéns ao "OTA" pela dedicação e pela luta para manter de pé um dos poucos Fests metálicos de acampamento do país. É sensacional chegar num evento no interior de Santa Catarina e encontrar amigos do Brasil, alguns com seus filhos pequenos curtindo dois dias de muito metal. Sobre o "Bangers Open Air", que é um festival que começou como a versão brasileira do "Summer Breeze Fest", da Europa, e acredito que todos no país que gostam de metal sabem do que se trata. Estaremos tocando no nosso país num fest com Destruction, Saxon, Ensiferum, WASP, Kerry King, Viper, Paradise Lost, Nile, Vader, Dorsal Atlântica, Warshipper, Glen Hughes, Dor e mais dezenas de bandas de várias vertentes. Acho que será muito bom. Faremos o melhor show possível e esperamos que muitos compareçam para assistir, mesmo sabendo que é muito complicado "competir” em horário com bandas internacionais grandes. Faremos o que fazemos de melhor que é metal profano.
5) Depois de algumas mudanças de formação, a banda se estabilizou como um quarteto. Como foi essa adaptação em nível de composição e até mesmo apresentação da banda, já que desde 2017 Lord Vlad assumiu também os baixos, além dos vocais...
LV – Eu sempre compus riffs para a banda, desde a primeira demo ensaio de 1993. Como eu não tocava nenhum instrumento, muitos não sabiam que toco guitarra e baixo desde adolescente. Quando Roberto resolveu deixar seu posto de baixista, e decidimos não termos mais tecladista, vimos que podíamos testar uma formação mais enxuta. Claro que eu tive que me adaptar e não foi fácil, mas eu também não saí do zero. Me desafiei, recebi apoio de meus irmãos, e claro que demora um pouco para esta adaptação. Cantar e tocar baixo é ótimo para meu crescimento musical, mas confesso que gostaria de evoluir ainda mais nas duas áreas, mas minha vida é tão corrida que fica difícil. Família, trabalho, e ainda toco em mais três outras bandas (Poisonous, Born in Black e Kosmogonya) que mesmo não exigindo muito do meu tempo, exigem da minha capacidade cerebral, já afetada pela idade e pela preguiça. Algumas pessoas vão preferir a fase antiga, outros preferem a fase atual. É assim até com bandas que não mudaram a formação ou o som, imagina conosco que já nos reinventamos tantas vezes.
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6) Além da apresentação no "OTA", vocês serão uns dos representantes brasileiros no "Bangers Open Air". Como vocês veem a situação de eventos no Brasil, já que temos festivais consagrados que entregam tudo que prometem, como no "OTA", mas também tivemos recentemente demonstrações de picaretas na cena? Então, como está esse nosso cenário e a importância de ter um festival como o "B.O.A." para o Brasil?
LV – É sempre bom falarmos disso porque mesmo bandas antigas e até profissionais ainda se deparam com produtores ruins. Para o "OTA" as referências foram todas ótimas e pudemos comprovar que são pessoas comprometidas, que cumprem tudo que foi prometido, não ficam criando desculpas. Recomendo a quem puder, comparecer como banda ou público. É um ambiente de amizade, metal, churrasco, num local lindíssimo. Merecia um público ainda maior e apoio do poder público, já que é uma cidade pequena e o evento é feito anualmente com pessoas de todo o Estado de Santa Catarina. Vem bandas de todo o Brasil. A cidade de Otacílio só teria a ganhar. Longa Vida ao "OTA". Já queremos voltar. A gente se depara com poucos produtores que aprontem conosco, mas eles ainda existem. Quer uma boa pista? Produtor que promete, mas não assina contrato. Caia fora. Se ele/ela não assina, é porque não tem bala na agulha caso o evento dê algum prejuízo OU porque é pilantra mesmo. Todo ano aparece um ou outro produtor prometendo show com estrutura foda, cachê, hotel, avião e some ou cancela o evento sem maiores explicações. Não se importa se a banda ensaiou algo para esse evento, se pessoas já se mobilizaram. Felizmente é mais raro conosco nos dias atuais, mas ainda aparecem. Inclusive tem produtores que se chateiam quando você expõe o amadorismo (no sentido de algo ruim). Ou seja, a banda que se foda e aceite calada. Não é nosso caso. Haja corretamente conosco que a resposta é agirmos corretos também. Parabéns ao "OTA" pela dedicação e pela luta para manter de pé um dos poucos Fests metálicos de acampamento do país. É sensacional chegar num evento no interior de Santa Catarina e encontrar amigos do Brasil, alguns com seus filhos pequenos curtindo dois dias de muito metal. Sobre o "Bangers Open Air", que é um festival que começou como a versão brasileira do "Summer Breeze Fest", da Europa, e acredito que todos no país que gostam de metal sabem do que se trata. Estaremos tocando no nosso país num fest com Destruction, Saxon, Ensiferum, WASP, Kerry King, Viper, Paradise Lost, Nile, Vader, Dorsal Atlântica, Warshipper, Glen Hughes, Dor e mais dezenas de bandas de várias vertentes. Acho que será muito bom. Faremos o melhor show possível e esperamos que muitos compareçam para assistir, mesmo sabendo que é muito complicado "competir” em horário com bandas internacionais grandes. Faremos o que fazemos de melhor que é metal profano.
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7) Obrigado pela entrevista! Sempre uma honra falar com vocês. Gostariam de deixar um recado para os leitores do Underground Extremo?
LV – Muito obrigado. Nosso recado é o de sempre: Apoiem as bandas, ouçam e respirem metal. Os grandes ídolos estão morrendo ou se aposentando e o underground precisa ser a resistência verdadeira. Um ambiente de produção musical, libertário, contestador e vivo. Não percam tempo alimentando idiotice. O Heavy metal, do tradicional ao mais podre, é a trilha sonora das nossas vidas. Respeitem suas diferenças e suas raízes, e não desistam de ouvir a música profana. Comprem e ouçam nosso novo disco (sairá em três meses) e os antigos também. STAY EVIL!!
7) Obrigado pela entrevista! Sempre uma honra falar com vocês. Gostariam de deixar um recado para os leitores do Underground Extremo?
LV – Muito obrigado. Nosso recado é o de sempre: Apoiem as bandas, ouçam e respirem metal. Os grandes ídolos estão morrendo ou se aposentando e o underground precisa ser a resistência verdadeira. Um ambiente de produção musical, libertário, contestador e vivo. Não percam tempo alimentando idiotice. O Heavy metal, do tradicional ao mais podre, é a trilha sonora das nossas vidas. Respeitem suas diferenças e suas raízes, e não desistam de ouvir a música profana. Comprem e ouçam nosso novo disco (sairá em três meses) e os antigos também. STAY EVIL!!