Salve Headbangers! Depois de uma apresentação excelente no "Armageddon Metal Fest" um dos grande nomes do death metal da América Latina (Colômbia), o Vitam Et Mortem nos concedeu uma entrevista exclusiva aqui para o Underground Extremo, onde falam sobre sua carreira e contatos com a cena brasileira. Então confira mais detalhes dessa proposta mística a seguir.
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1) Salve Vitam Et Mortem! É uma grande honra para nós do site Underground Extremo fazer essa entrevista. Para começar, gostaria de agradecer a entrevista e se possível, peço para que façam uma breve apresentação para nossos leitores sobre os primórdios da banda.
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(Salve Vitam et Mortem! Es un gran honor para nosotros en Underground Extremo hacer esta entrevista. Para empezar, me gustaría agradecerte la entrevista y si es posible, te pido que hagas una breve presentación a nuestros lectores sobre los inicios de la banda).
R: Uma grande saudação aos leitores do Undreground Extremo, Vitam Et Mortem é uma banda que se originou em 2002 em El Carmen de Viboral, departamento de Antioquia - Colômbia de onde também surgiram grupos icônicos como Parabellum, Reencarnación, Masacre, entre outros. A banda nasceu como uma resposta artística à guerra que se acentuou brutalmente nos nossos territórios entre 1996 e 2003, é por esse motivo que decidimos dar o nome da banda e também definimos que nossa história seria cantar até a morte como forma de denunciar a partir da arte, mas também, de lembrar nossos mortos.
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(Un gran saludo para los lectores de Undreground Extremo, Vitam Et Mortem es una banda que se originó en 2002 en el El Carmen de Viboral, departamento de Antioquia - Colombia de donde también han salido agrupaciones icónicas como Parabellum, Reencarnación, Masacre, entre otras; la banda nace como una respuesta desde el arte a la guerra que se acentó de manera brutal en nuestros territorios entre los años 1996 y hasta el 2003, es por esta razón que decidimos dar el nombre de la banda y definimos además que nuestro relato sería cantar a la muerte como una manera de hacer denuncia desde el arte, pero también, de hacer memoria recordando a nuestros muertos.)
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2) Ouvindo a discografia da banda, notei influências do folk, do black metal e logicamente do death metal. Sabemos que rotular música não é uma atividade fácil e, na verdade, música nem precisa dessa descrição, mas se fosse apresentar para alguém que nunca ouviu o Vitam Et Mortem, qual seria a descrição que fariam e que som indicariam?
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(Escuchando la discografía de la banda, noté influencias del folk, el black metal y, por supuesto, el death metal. Sabemos que etiquetar música no es una actividad fácil, y de hecho, la música ni siquiera necesita esa descripción, pero si tuvieras que presentársela a alguien que nunca ha escuchado la Vitam Et Mortem, ¿cuál sería la descripción que harías y qué sonido indicarías?)
R: Nossa banda poderia ser definida como Blackened Death Metal da América Latina, nosso estilo musical rompe com os esquemas tradicionais do metal extremo, queríamos desenvolver uma proposta honesta, que é a soma do heavy metal (Death Metal e Black Metal), mas com identidade, nossas buscas procuram narrar e recriar paisagens sonoras e histórias da geografia e cultura da Colômbia e América Latina.
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(Nuestra banda podría definirse como Blackened Death Metal de Latinoamérica, nuestro estilo musical rompe con los esquemas tradicionales del metal extremo, hemos querido desarrollar una propuesta honesta, que sea la suma del metal pesado(Death Metal y Black Metal), pero con identidad, nuestra búsqueda busca narrar y recrear paisajes sonoros e historias de la geografía y la cultura de Colombia y Latinoamérica.)
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3) Eu conheci a banda com o trabalho “Death Metal 666 (Invoking the End)”, esse já era o terceiro trabalho de vocês! Como foi a recepção desse registro e seria correto dizer que “El Río De La Muerte” foi o álbum de melhor resposta da sua discografia?
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(Conocí a la banda con el trabajo "Death Metal 666 (Invoking the End)", ¡este ya era vuestro tercer trabajo! ¿Cómo fue la recepción de este disco y sería correcto decir que "El Río De La Muerte" fue el disco con mejor respuesta de tu discografía?)
R: "Death Metal 666" é um dos nossos álbuns icônicos, lançado em 2010, este álbum plantou uma referência do Death Metal na Colômbia, sendo um álbum disruptivo que propunha uma criação a partir do conceito "evoke the sounds of the end", o álbum rompeu com o formato tradicional adicionando instrumentos de sopro/metal como trombones, trompetes, trompas, a fim de representar os sons apocalípticos do fim do mundo; até o momento Death Metal tem 4 reedições em formatos como CD e vinil que esgotaram ano após ano. Quanto a "El Río de La Muerte", é um álbum que sem dúvida marcou uma nova referência para a banda em 2020 com alcance internacional inédito na discografia da banda, até hoje foi editado e reeditado em todos os formatos em países como: Rússia, México, Peru, Equador, Espanha e Colômbia.
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(El "Death Metal 666" es uno de nuestros discos icónicos, publicado en 2010, este álbum plantó un referente del Death Metal en Colombia, siendo un disco disruptivo que proponía una creación desde el concepto “evocar los sonidos del fin”, el álbum rompió con el formato tradicional sumando instrumentos de viento/metal como trombones, trompetas, cornos, con el fin de representar los sonidos apocalípticos del fin del mundo; a la fecha Death Metal suma 4 reediciones en formatos como CD y Vinilo que han agotado año tras año; en cuanto a "El río de la muerte" es un álbum que sin duda marcó un nuevo referente de la banda en 2020 con unos alcances internacionales sin precedentes en la discografía de la banda, a la fecha ha sido editado y reeditado en todos los formatos en países como: Rusia, México, Perú, Ecuador, España y Colombia.)
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4) Como historiador, tenho que elogiar muito o trabalho “Historias de Tiranía (500 años de dominación)”! Gostaria que comentassem um pouco como foi o processo de concepção dessa obra e estaria correto afirmar que foi aqui que vocês gravaram todo o trabalho em língua nativa?
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(Como historiador, tengo que alabar la obra "Historias de Tiranía (500 años de dominación)". Me gustaría que comentaras un poco sobre el proceso de concepción de esta obra y ¿sería correcto decir que fue aquí donde grabaste toda la obra en tu lengua materna?)
R: "Historias de tiranía" é um álbum conceitual e é produto de pesquisa realizada pelo grupo em 2013, este álbum faz um exercício de narração histórica em torno da conquista na Colômbia da irrupção espanhola há mais de 500 anos. Este trabalho é uma história sólida e faz uma narração cantada em espanhol por regiões e comunidades indígenas, onde são contados temas como a Inquisição na Colômbia, escravidão, ritos funerários nativos, povos afrodescendentes, mas também onde é contada a força das comunidades indígenas para preservar suas identidades. Essa criação NÃO é uma apologia à xenofobia, entendemos que a civilização humana foi construída e transformada a partir dos povos mais primitivos graças ao hábito de serem nômades, essa prática se espalhou pelo mundo dando lugar a inúmeras formas de habitar e conceber o mundo. É muito importante que, antes de qualquer segregação racial, política ou de pensamento, todos nos sintamos parte da humanidade.
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("Historias de tiranía" es un álbum conceptual y es el producto de una investigación que realizó la agrupación en 2013, este disco hace un ejercicio de narración histórica alrededor de la conquista en Colombia a partir de la irrupción española hace más de 500 años. este trabajo es historia sonora y hace una narración cantada en español por regiones y comunidades indígenas, donde se relatan temas como la Inquisición en Colombia, La esclavitud, los ritos funerarios nativos, los pueblos afrodescendientes, pero también donde se cuenta acerca la fuerza de las comunidades indígenas por conservar sus identidades. Esta creación NO es una apología a la xenofobia, entendemos que la civilización humana se ha construido y transformado desde los pueblos más primitivos gracias al hábito de ser nómadas, dicha práctica se extendió por el mundo dando paso a un sinnúmero de formas de habitar y concebir el mundo. Es muy importante que antes de cualquier segregación racial, política, o de pensamiento, nos sintamos todos y todas como parte de la humanidad.)
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5) Um dos melhores clipes que eu assisti de uma banda underground é El Animero. Gostaria de saber um pouco como foi o processo da criação desse trabalho e se possível, comentem um pouco desse ritual.
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(Uno de los mejores videos musicales que he visto de una banda underground es 'El Animero'. Me gustaría saber un poco sobre el proceso de creación de esta obra y si es posible, comentar un poco sobre este ritual.)
R: El Animero representa uma prática milenar comum na tradição mística de muitas culturas ao redor do mundo. Por meio de rituais, pretendia-se e destina-se a entrar no universo e no espírito dos mortos. Esta prática foi proibida e punida com a morte pelo cristianismo, no entanto, e felizmente, ainda está em vigor.
Representar um personagem como 'El Animero' é voltar aos rituais da morte, mergulhar na memória e abrir canais para que nossos mortos ressoem no eco da lembrança e não do esquecimento. O videoclipe foi feito nas montanhas da Colômbia e queríamos relacioná-lo muito com a necromancia, mas ao mesmo tempo com a guerra, o conceito do vídeo é que o animero vai usar as artes da necromancia para adivinhar onde muitos dos mortos que foram desaparecidos por grupos armados na Colômbia estão enterrados.
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('El Animero' representa una práctica antigua común en la tradición mística de muchas culturas por el mundo. Por medio de rituales, se pretendía y pretende adentrar en el universo y el espíritu de los muertos. Esta práctica fue prohibida y castigada con la muerte por el cristianismo, sin embargo y por fortuna, sigue vigente.
Representar un personaje como el animero es volver a los rituales de la muerte, ahondar en la memoria y abrir canales para que nuestros muertos resuenen en el eco del recuerdo y no del olvido. El video clip se realizó en las montañas de Colombia y quisimos emparentarlo mucho con la nigromancia, pero a la vez con la guerra, el concepto del video es que el animero va a utilizar las artes de la nigromancia para adivinar en donde están enterrados muchos de los muertos que han sido desaparecidos por los grupos armados en Colombia.)
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6) Como surgiu a união com a banda francesa Otargos? E gostaria de saber, na opinião de vocês, porque a cena da Colômbia não é muito reconhecida no Brasil, sendo que temos bandas de excelente qualidade como, além de vocês obviamente, poderia citar o Nebiros, o Inquisition, o Eshtadur, entre outras.
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(¿Cómo surgió la unión con la banda francesa Otargos? Y me gustaría saber, en tu opinión, por qué la escena colombiana no es muy reconocida en Brasil, y tenemos bandas de excelente calidad como, además de ti obviamente, podría mencionar a Nebiros, Inquisition, Eshtadur, entre otros.)
R: A união com Otargos da França se deu por um projeto audiovisual que ganhamos com o Instituto de Cultura e Patrimônio de Antioquia onde o objetivo era expandir o mercado-alvo do grupo fazendo alianças estratégicas com bandas da Europa, com a banda já tínhamos um amigo em comum na Colômbia que é promotor de eventos e músico, nosso irmão Fredy, e ele fez a ponte para a gente se engajar nesse projeto, foi fácil montar uma equipe de trabalho porque havia afinidade com o estilo musical das duas bandas e desde o início foram definidas as ações específicas que cada grupo tinha que executar.
Quanto à questão de por que as bandas colombianas são tão pouco conhecidas no Brasil, acho que tem a ver com distância, idioma, mas sobretudo porque as bandas colombianas não se preocuparam em construir um público brasileiro, Vitam Et Mortem também não era uma banda muito ouvida no Brasil, mas sabemos da importância da cena brasileira desde que todo esse movimento começou na América Latina, não só porque bandas de classe mundial saíram do Brasil, mas também porque saíram do Brasil, e também porque o Brasil é um país enorme, que tem uma das maiores cidades do mundo e porque conseguiram consolidar indústrias culturais que estão em permanente circulação com a Europa e muitos países.
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(La unión con Otargos de Francia se dio por un proyecto audiovisual que nos ganamos con el Instituto de Cultura y Patrimonio de Antioquia en donde el objetivo era ampliar el mercado objetivo de la agrupación haciendo alianzas estratégicas con bandas de Europa, con la banda ya teníamos un amigo en Común en Colombia que es promotor de eventos y músico, nuestro hermano Fredy, y él nos hizo el puente para engranar en este proyecto, fue fácil entablar equipo de trabajo porque había afinidad con el estilo musical de ambas bandas y desde el comienzo se definieron las acciones especificas que tenia que ejecutar cada agrupación; en cuanto al tema de porque las bandas colombianas son tan poco conocidas en Brasil, creo que tiene que ver con la distancia, el idioma, pero sobre todo porque las bandas colombianas no se han preocupado por construir un público brasileño, Vitam Et Mortem tampoco era una banda muy escuchada en Brasil, pero sabemos de la importancia de la escena brasilera desde que comenzó toda esta movida en latinoamérica, no solo porque de Brasil han salido bandas de talla mundial, sino además porque Brasil es un país enorme, que cuenta con una de las ciudades más grandes del mundo y porque han logrado consolidar unas industrias culturales que están en circulación permanente con Europa y muchos países.)
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7) Na opinião de vocês, qual a importância do Dissection para a cena do metal extremo e o que Maha Kali representa para um vindouro novo trabalho do Vitam Et Mortem?
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(En tu opinión, ¿cuál es la importancia de Dissection para la escena del metal extremo y qué representa 'Maha Kali' para un nuevo trabajo de Vitam Et Mortem?)
R: Dissection é um pilar do metal extremo, tem sido uma referência que marcou uma linha de metal que reúne convicção, coerência, musicalidade e profissionalismo, por isso quisemos dar o nome de Maha Kali ao nosso audiovisual, para que fosse um compromisso obrigatório para esta grande fonte de escuridão, caos e melodias.
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(Dissection es una piedra angular del metal extremo, ha sido un referente que marcó una línea de metal que reúne convicción, coherencia, musicalidad y profesionalismo, por esta razón quisimos dar el nombre de 'Maha Kali' a nuestro audiovisual, para que fuese una cita obligada a esta gran fuente de oscuridad, caos y melodías.)
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8) Nos encontramos no "Armageddon Metal Fest", durante a uma turnê de vocês pelo Brasil. Como foi essa experiência e que recado gostariam de deixar para os leitores do site Underground Extremo?
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(Nos conocimos en el "Armageddon Metal Fest", durante su gira por Brasil. ¿Cómo fue esta experiencia y qué mensaje te gustaría dejar a los lectores de la web de Underground Extremo?)
R: Queremos dizer a vocês que nossa passagem pelo Brasil foi incrível, respeitamos a cena brasileira, suas bandas e todos vocês são nossos irmãos para nós, com Vitam Et Mortem queremos criar uma ponte entre as cenas do nosso continente que nos permita fazer alianças de intercâmbio, comunicação e aprendizado para tornar o metal latino-americano grande.
Vamos nos encontrar novamente para cantar para os vivos e os mortos, por favor, não pare de ouvir nossa música enquanto isso acontece.
Thanatos – Frontman
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(Queremos contarles que nuestro paso por Brasil fue increible, respetamos la escena brasileña, sus bandas y todos ustedes para nosotros son nuestros hermanos, con Vitam Et Mortem queremos crear un puente entre las escenas de nuestro continente que permita realizar alianzas de intercambio, comunicación y aprendizajes para engrandecer el metal latinoamericano.
Nos volveremos a ver para cantar a los vivos y a los muertos, por favor no dejen de escuchar nuestra música mientras esto ocurre.
Thanatos – Frontman)
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