Resenha #325: "Carnal" (2023) - Gutslit

Salve Headbangers! Lembro quando eu conheci o Gutslit fiquei de cara com o impiedoso "Amputheatre" (2017), acabei não resenhando o trabalho, mas lembro que fui ouvir a discografia deles e me deparei com o também excelente "Skewered in the Sewer" do ano de 2013, e já fiquei na expectativa pelo que poderia vir e demorou um pouco, mas finalmente agora temos o terceiro álbum "Carnal", e se você não está a fim de ler a resenha toda, só vou te dizer que são 30 minutos de massacre, simples assim!
"Carnal" vem mostrando que as fronteiras territoriais não podem ser uma barreira que impeça o Gutslit de ser mais reconhecido, mas temos novidades aqui que vim perceber depois de ouvir toda a discografia, primeiro é o retorno do vocalista Aditya Barve voltando ao lugar que nunca devia ter saído, ele consegue ir de grunhidos para vocais urrados e pig squeal, as vezes na mesma música.
Alguns toques de groove e de death metal moderno fazem o grande diferencial do Gutslit, um encontro maldito das velhas escolas com metal moderno, imagine um Aborted ainda mais desgraçado, é por aí. Sem intros, apenas metal morte violento então temos Son of Sam, uma música tão assassina como o psicopata que a usa como tema, possivelmente você nem se recuperou ainda e mais uma pancada,  Matriarch, uma faixa que faria os fãs do Suicide Silence se esconder com medo.
O 'tributo' a serial kilers continua, dessa vez com a cativante Bind Torture Kill que tem a parceria com Julien Truchan, do Benighted e assim como o Suffocation que tem uma música homônima tão impactante quanto. De maneira muito inteligente o Gutslit sabe o que os fãs esperam deles, um som técnico, rápido e bruto, por isso que The Killing Joke em menos de um minuto é suficiente e para Insidous ser já uma das minhas favoritas e estar presente na minha playlist.
Body Snatcher mostra outra vertente que é o death metal técnico, fãs de Origin podem ficar bem felizes aqui, principalmente pelo trabalho de bateria, e se até aqui eu não te convenci que estamos de frente com um dos melhores trabalhos de 2023, tome Altar of Putridity, um som que o Dying Fetus vai falar que orgulho! Primeval encerra o registro com uma das suas passagens mais longas que passa a sensação de um grande resumo de tudo que ouvimos até aqui.
Qualquer lista que se preze quando for destacar os lançamentos de 2023 tem por obrigação colocar o "Carnal"  do Gutslit, um álbum maduro e acima de tudo extremo.
TRACKLIST:
1) Son of Sam
2) Matriarch
3) Bind Torture Kill
4) The Killing Joke
5) Insidious
6) Body Snatcher
7) Altar of Putridity
8) Primeval
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FORMAÇÃO:
Gurdip Singh Narang - baixo;
Aaron Pinto - bateria;
Aditya Barve - vocais;
Prateek Rajagopal - guitarras.