Saindo um pouco do habitual, eu separei esse texto para comentar o show do Dead Fish na festa "Salem". Antes de falar sobre o show dessa lenda do hardcore nacional e das bandas de abertura e fechamento (Sadout, Ultra Mono, Bônus Track) vale explicar o que é o "Salem".
O "Salem" é uma festa a fantasia de Halloween idealizada pela produtora de eventos Colher de Chá e no ano de 2022 o evento ganhou o nome de "Purgatório", nove horas de festa e 3 palcos além de ter sido realizado do Garden Gastro Pub, antigo espaço físico do Colher de Chá.
Os 3 palcos foram separados em uma pista de funk (com Dj Yandra, DJ Gaap, DJ 2nite, e baile da Kchorrada), uma pista de float (DJ Clandextinas, DJ rDux, DJ Geronimo, DJ Lucas Rosso) e mais uma pista com rock onde tocou o Dead Fish e mais as bandas já mencionadas.
Eu particularmente fiquei mais tempo na última pista no aguardo da banda principal. A primeira banda a se apresentar nesse palco foi a Sadout (Yago Gobbi - vocal, Ramon Macedo - bateria, Alan Burato - baixo, Gabi Milioli - guitarra e Magrones - guitarra), tocando alguns clássicos do emocore, infelizmente eu não consegui assistir todo o show peguei apenas o empurra empurra final ao som de "Na Na Na" (essa referência só pegou quem é emo).
A segunda banda a subir no palco foi Ultramono (Paulo Roberto - vocal, Marcel - guitarra, Julio Bittencourt - baixo, e Cristiano Zanatta - bateria) tocando os clássicos do pop e do rock dos anos 1990/2000, a banda ainda contou com a participação mais que especial de Fê Smania que assombrou a todos com seu poderoso vocal.
Em seguida, após sair o resultado do concurso de fantasia (o vencedor foi alguém vestido de padre Kelman inclusive) a banda principal sobe ao palco.
Contando com Marcos Melloni na bateria, Ricardo Mastria na guitarra, Igor Tsurumaki no baixo e o poço de carisma Rodrigo Lima com os seu vocal destruidor.
O público começa a se aproximar do palco enquanto a banda passa o som e enfim nós temos o show...
Esse foi o primeiro show que vi deles e me atingiu como um murro, quase de forma literal, público já começa com os enormes moshes e os constantes stage diving, que duraram em toda apresentação, logo que Rodrigo berra - "HOJE É O DIA DA REVOLUÇÃO!" primeiro verso da música Urgência, e mesmo seguindo com a cadenciada tão iguais, o público não parou com a energia, para fechar esse primeiro bloco eles tocam a belíssima Queda Livre.
Foto por Juliana Marques
No quarto bloco os guris tocam Selfegofactóide, MST (onde no meio da música Rodrigo, enrolado com uma bandeira do MST fala alguns dados sobre esse importantíssimo movimento) e Perfect Party. No bloco seguinte eles tocaram Paz Verde, Sem Ter o Que Dizer, Autonomia e Você (uma das músicas mais politizadas da banda que quase passa por uma baladinha romântica), Venceremos (essa foi pra comemorar a vitória do dia 31 de outubro) e Proprietários do Terceiro Mundo (para não esquecer da nossa luta diária como terceiro mundistas). No último bloco foi tocado a sequência perfeita para terminar esse show de forma fudida, Afasia, Sonho Médio e Bem Vindo ao Clube.
E para fechar a noite desse palco ainda tivemos o devastador show da Bônus Track que nos presenteou com alguns clássicos do nu metal, levando o público a tirar o pé do chão com insanos mosh pits.