Resenha #247: "Act One" (2021) - Paradise in Flames

    Salve Headbangers! Eu tenho um carinho especial pela Paradise in Flames, não só pela sonoridade da banda, que eu acho fascinante como também pelo fato de, no começo do Underground Extremo à mais de sete anos atrás, a banda foi uma das primeiras a apoiar nosso trabalho e aqui podemos fazer um paralelo do nosso site com a caminhada deles, pois quando achamos os membros certos, o crescimento vem e também por estarmos vivendo uma das fases mais criativas para o U.E e consigo dizer que a Paradise in Flames demonstra o mesmo processo.


    
E o que marca essa transição é "Act One". Se você conferiu nossa cobertura do "Mosh Metal Meeting" sabe que a Paradise está com uma formação que eles sempre almejaram e finalmente conseguem levar todos os elementos que desejavam para os palcos, caso não tenha assistido a cobertura vai lá conferir, e de quebra veja um trecho da apresentação deles que confirma isso que acabei de destacar.
    "Act One" conta com a banda formada por O. Mortis, teclado e vocal, A. Damien vocal e guitarras, R. Aender no baixo, Guilherme de Alvarenga nos  teclados e backing vocal, S.J Bernardo na bateria, como citado, essa é uma ótima formação com músicos com passagens por bandas de qualidade ímpar, o que justifica a qualidade encontrada aqui.


    Old Ritual To An Ancient Curse é uma abertura operística e faz ligação direta com a capa, pois estamos entrando em uma exposição de arte, guiada pelos vocais guturais de Damien em contra ponto com os vocais líricos, aqui já quero deixar um adendo que não sou fã desse tipo de vocais, mas na proposta do Paradise eles são perfeitos! Tente ouvir faixas como Learn From Mistakes, tirando eles, irá perceber como fariam falta.
    Bringer Of Disease tem uma atmosfera como se fosse um fairy tale só que muito mais satânico, aqui destaques individuais para as linhas de teclado e a bateria, o que ela faz nesse álbum é absurdo, velocidade constante e técnica.  Evil System mostra uma influência de metal tradicional muito bem vinda enquanto Dancer Of The Mist e The Sinner acertam onde bandas como Cradle of filth e Dimmu Borgir erraram que é abrir mão do peso.
    O trabalho vai chegando ao seu final, mas não posso deixar de citar minha favorita, The Way To The Pentagram, um som que sintetiza exatamente tudo que essa nova fase da Paradise in Flames representa e os credencia como uma das melhores bandas do estilo.

TRACKLIST:
1) Old Ritual to an Ancient Curse
2) Bringer of Disease
3) Evil System
4) Learn from Mistakes
5) Dancer of the Mist
6) The Sinner
7) Delirium (The Sinner Pt. 2)
8) Unseen God
9) Dark Pilgrimage
10) The Way to the Pentagram
11) Last Breath

FORMAÇÃO:
O. Mortis - teclado e vocal;
A. Damien - vocal e guitarras;
R. Aender - baixo;
Guilherme de Alvarenga - teclados e backing vocal;
S.J Bernardo - bateria.