Entrevista #55: Khorium

Salve headbangers!
    Prestes a lançar um novo álbum que vem prometendo unir letras ácidas ao peso de sua sonoridade a Khorium fez uma pequena pausa em suas funções para conversar um pouco conosco a respeito desse novo trabalho e também de sua trajetória dentro do cenário underground. Confira a seguir nossa entrevista com a banda.


1) Qual a experiência que os discos já lançados, deixam de experiência para o "A Plenos Pulmões"?
R: A cada novo trabalho são sempre novas experiências e novos aprendizados. A cada novo álbum nós avançamos ainda mais em firmar uma identidade sonora própria, com a variedade de misturas que fazemos, mas sempre com a nossa assinatura. É possível também notar que conseguimos evoluir no quesito produção. A gente sempre se desafia a algo novo a cada passo. E esse disco novo também teve os seus desafios. Mas estamos muito contentes de conseguir um resultado que expresse a nossa intenção inicial.

2) Não tem como não comentar sobre as participações que o novo disco receberá, são artistas do Rap do Chile, Bolívia e até do Brasil. Teremos nomes do Rock/Metal participando também? Como foi as escolhas e convites?
R: Por enquanto as participações ainda estão sob confirmação/andamento, mas o que eu posso dizer é que sempre vemos que podemos nos juntar com outros músicos e criar algo novo, nós o faremos. Acreditamos na colaboração e essas participações são sempre muito positivas! Nós gostamos de ver qual é a visão de outros músicos para a nossa música.

3) Acreditamos que toda banda já teve vontade de tocar no Estúdio ShowLivre e a Khorium realizou isso agora em 2022. Como foi e como isso, de alguma forma, acrescenta no currículo da banda?
R: Foi uma experiencia muito boa e um desejo antigo conseguir registrar uma apresentação da banda com áudio e vídeo de qualidade e mostrar um pouco de como soamos ao vivo. A apresentação foi lançada também nas plataformas de streaming como um álbum ao vivo e passa a compor a discografia oficial da banda.


4) Todos os discos do Khorium tiveram uma certa acidez nas letras e peso nas melodias. O que podemos esperar do novo disco?
R: No novo álbum seguimos com letras na linha de colocar o dedo na ferida e incomodar a quem tiver que incomodar. E o disco traz os riffs e grooves do metal, com influências diversas, e algumas novidades como faixas instrumentais e até acústicas. Acredito que conseguimos dar um passo à frente nesse disco.

5) É 2022 e estamos voltando aos poucos aos shows, porém em 2023 acreditamos que volte os eventos no vapor máximo. Quais as expectativas e planejamento da Khorium sobre isso?
R: Essa é a nossa maior expectativa. Queremos colocar o pé na estrada e levar o show do novo álbum para o máximo de cidades que pudermos, como por exemplo, tocar em festivais com outras bandas, e rodar bastante pelo país. Está nos planos matar a saudade da energia do público nos shows.

6) Temos discos físicos da Khorium e agradecemos inclusive por acreditarem em nosso trabalho nos enviando estes materiais. O "A Plenos Pulmões" terá prensagem física?
R: Por enquanto ainda não temos uma definição quanto à mídia física, uma vez que o mercado fonográfico e a própria economia ainda estão em um momento delicado. Ao mesmo tempo, no álbum anterior, "Forças Opostas", que foi lançado no meio da pandemia, não tivemos edição física e essa ausência foi sentida por nós e pelo nosso público. Ficou claro pra nós que existe uma demanda pela mídia física no caso da Khorium.


7) Acreditam que a (péssima) atual situação do nosso país, requer mais artistas se posicionando sobre?
R: Com certeza! Como sabiamente disse a cantora Nina Simone, - "é dever do artista refletir o seu tempo". Ainda que nossa temática traga temas que fazem parte da realidade brasileira já há muitos séculos, já que questões como desigualdade social, exploração do povo, e etc estejam presentes no país desde os primórdios da nação, o momento atual é especialmente perigoso, e se nós pudermos ajudar na conscientização do público com a nossa arte, não podemos deixar de fazê-lo. E no nosso caso, a Khorium já nasceu se posicionando.

8) Como ficou a parte de composição do disco? Tudo fluiu naturalmente ou já tinham algo pré-pronto em busca apenas de consolidar as gravações?
R: Fizemos tudo do zero, e o método foi parecido com o que já fizemos no passado. Mas muda a forma de ver a música, porque tivemos mudança na formação, e a entrada da Clarice trouxe novas influências para dentro da banda, com todo o background dela em diversos estilos diferentes.

9) Deixamos este último espaço para agradecer por terem nos dado essa entrevista e para falarem um pouco com nossos leitores:
Nós que agradecemos pela oportunidade e pelo espaço que o Underground Extremo sempre abriu para nós. E agradecer principalmente aos leitores, e todo o público que tem nos apoiado ao longo desses anos. Somos uma banda independente e isso aumenta ainda mais a importância do apoio do público para que nossa música chegue a cada vez mais pessoas. Muito obrigado a todos! E em breve nos vemos nos shows!