Álbuns Marcantes #37: "Mandu" (2014) - Voodoopriest

 
    
Há 8 anos a banda de Death/Thrash Metal Voodoopriest lançou o seu ótimo primeiro disco de estúdio, "Mandu".

    O álbum é conceitual e narra a história de Mandu Ladino, o índio que liderou uma grande revolta indígena no Piauí contra os colonizadores portugueses entre os anos de 1712 a 1719. A história de Mandu começa a ser contada a través das 9 faixas porém com atenção histórica em destaque.
    Começamos com Dominate and Kill, que conta de quando os portugueses começaram a exterminar a tribo dos Aranis, tendo o índio Mandu sobrevivido após ver boa parte dos seus conterrâneos serem assassinados. Trail of Blood, uma das mais agressivas do disco, com forte influência de death metal; e Mandu, bem moderna e brutal, que trata do ataque da Mandu e sua trupe em oposição à escravidão.
 

    E em seu final, as faixas Swallowed By The Waters e We Shall Rise. É perceptível vislumbrar um grande legado deixado por ele para as gerações futuras, como um grande exemplo de resistência, pois nas faixas retratam quando Mandu foi assassinado, e seu corpo 'engolido' pelas águas do Rio Parnaíba.
    Um único adendo que faço em relação ao disco é o fato de ser cantado em inglês, mesmo tendo temática brasileira. Para alguns, cantar metal em português, principalmente se tratando de thrash metal é um tabu, no mínimo contraditório. Mas, como a temática fala de uma história brasileira pouco conhecida pelos próprios brasileiros, então, seria de grande importância de início, fazer o disco de uma forma que todos os brasileiros compreendessem da melhor forma a mensagem histórica contada e que está sendo passada através das letras, pois infelizmente, é bastante comum as pessoas ouvirem uma música em inglês e não irem atrás do que a mesma significa e não interpretarem da forma que deveriam!!

TRACKLIST:
1) Dominate And Kill
2) Religions In Flame
3) Warrior
4) Eye For An Eye
5) Trail of Blood
6) Mandu
7) Warpath
8) Swallowed By The Waters
9) We Shall Rise
 
FORMAÇÃO:
César Covero – guitarra;
Renato De Luccas – guitarra;
Bruno Pompeo (R.I.P. 2020) - baixo;
Edu Nicolini – bateria;
Vitor Rodrigues – vocal.