Entrevista #53: Diabolical Funeral

Saudações Hellbangers!
O Black metal é um estilo que sempre ultrapassou o campo musical, trazendo consigo uma ideologia e uma mensagem que pode não agradar à todos, mas sem dúvida, é verdadeira. Um dos expoentes dessa legião é a Diabolical Funeral que concedeu ao nosso site essa entrevista exclusiva.
 

 
Hail forças ocultas! Ave Satanás!
 
1) Hail Diabolical Funeral! Estamos honrados de ter uma entrevista com uma grande força do metal negro catarinense. Para iniciar, gostaria de saber como foram os primórdios da horda, incialmente eram Lord Satã, Lord Abaddon e Mantus Razuno, correto? Quais foram as inspirações para chegar na sonoridade da banda como um todo?

Lord Satã: Saudações a todos.
Sim, essa era a formação inicial da horda.
Quanto a nossas inspirações, é inegável que vem das hordas de Black metal da Noruega e Suécia... Mesmo assim criamos um som próprio e característico que só a Diabolical Funeral tem, crú e ríspido.

 
2) O Diabolical Funeral opta por blasfemar em português. Vocês já pensaram em gravar em outro idioma, ou essa opção pelo nossa língua pátria tem ligação estética com os primórdios do metal nacional, onde optava-se pelo português nas suas composições?

Lord Satã: Na real foi algo natural, a parte das letras em português... O fato das letras serem em português atinge o público que queremos atrair.
Quanto as letras em outras línguas, quem sabe em um próximo álbum colocamos letras em outros idiomas.
 


3) Quais são os maiores desafios em ser uma horda de black metal em um país que se diz laico, mas regurgita a doutrina cristã para todos os lados e que tem se encaminhado para tais atos se tornarem cada vez mais fortes?

Lord Satã: acho que quanto a isso a maioria das bandas que fazem o mesmo tipo de som já estão conformados .
O que importa mais para nós é que os reais fãs de Black metal consigam escutar tudo o que querem... Um som sujo e que alimenta a nossa força.


4) O quanto a pandemia afetou os agendamentos e os planos da Diabolical Funeral? No black metal é muito comum hordas que optam por não tocar ao vivo, qual a importância de uma apresentação no palco para demonstrar o som e a ideologia da Diabolical?

Lord Satã: isso é uma coisa que deixa todos com raiva, ser privado por obrigação.
Mas a parte do palco é algo que faz muita falta mesmo,mas creio que quando tudo normalizar as pessoas também estarão ansiosas para curtir


5) O full “Queime a Igreja” (2015) além de ser o debut da banda, me passou uma sensação de muita honestidade e peso nas composições. Como vocês avaliam esse opus, agora passado um bom tempo desde o seu lançamento e como foi a recepção do mesmo com os bangers?
 
Lord Satã: esse álbum tem uma essência única mesmo, tudo muito sujo.
Eu não sei até que ponto os bangers curtem o nosso som...
Mas sempre ficamos muito honrados em saber que tem um público grande a favor.
 

6) Diabolical tem um forte discurso antirreligioso, não apenas ao cristianismo, como apresenta também a sua avalanche de ódio direcionada à outras mitologias, como é perceptível em sons como Anti-Islã. O que pensam acerca de bandas que usam a ideologia do black metal para fins ‘marketeiros’, ou pior, quando usam o estilo para promover imagens cristãs, como o que acontece no white metal?

Lord Satã: quanto a essa imundície, fica óbvio que nem os adeptos do cristianismo e menos ainda o bangers curtem.
Se você ver um “metaleiro” usando peita de whitte metal, na mesma hora já interpretamos que a pessoa não sabe o que está fazendo.


7) Ritual Diabólico foi o som mais recente lançado da Diabolical, o que podem nos adiantar do próximo opus? Quais características serão mantidas e existem previsões de apresentações nos próximos meses?

Lord Satã: devido a pandemia estamos sem programação de eventos, porém em estúdio nunca paramos...
Vem coisa nova sim... Talvez uma sonoridade diferente, mas a desgraça continua.



8) Hail Satanás! Obrigado pela entrevista. Gostaria de deixar algum recado para os leitores do site Underground Extremo?

Lord Satã: estamos honrados em aparecer novamente na Underground Extremo. Vocês são foda. Quanto aos leitores que curtem nosso som, deixo uma saudação e digo que em quanto eu estiver vivo a Diabolical Funeral também estará.

Hail Satanás!