Terror Underground #30: Cujo (Livro)

Salve Headbangers e fãs de filmes de terror!
Na onda de remakes que assolam o cinema, somada também a "Kingmania" ancorada pelas adaptações de IT, é até surpresa que Cujo não tenha sido agraciado ou amaldiçoado por uma revisita ao cinema. Mas ignorando o filme por enquanto, quero hoje falar do livro que é muito melhor que o filme, muito mais aterrorizante. Quem já viu o filme corre o risco de achar o Cujo fofo, até algumas cenas ele está abanando o rabo de maneira nada ameaçadora.

 
 
A saga do São Bernardo que é mordido por um morcego e vira um sádico, é narrada no livro de maneira muito intensa e ele não tem separações por capítulos, é apenas um texto direto e reto e você vai ficar preso, à medida que o cachorro vai perdendo a sanidade.

Sendo muito mais pioneiro em universo compartilhado, aqui nós somos levados a Castle Rock (que ganhou uma série bem legal que em breve a gente fala aqui!), onde usamos o ataque do dito Cujo para explorar temas mais abstratos, como o terror de forma mais primitiva, a raiva e o medo. Claro que a obra cria algumas barrigas, mas como estamos falando de King é tudo muito bem construído, então o relacionamento extra conjugal da Donna (que pra mim não é a protagonista do livro, pois o cargo é lógico do dito Cujo (que trocadilho merda rsrsrsrs)) ou a forma como a obsessão de Vic pelo serviço, apresenta-se como uma justificativa para ele deixar a família (tem uma história de cereal matinal que deu errado que é quase uma veia cômica),  também tem o amante que é aquele típico canalha do King, que faz de tudo pra ser odiado.


Lendo o livro mais de uma vez, consegui captar aquele ar de dúvida que o mestre King deixa nas suas obras, seria a fúria de Cujo algo ligado apenas a hidrofobia ou temos uma possessão? Pois bem, essa resposta fica para o leitor e falando nele fica aqui um destaque...


 
Um destaque mais que especial para a edição da Suma, um formato brochura, com uma capa dura em alto relevo, deixando o trabalho belíssimo e de extra temos um uma entrevista com o mestre King, onde ele passa à limpo sua carreira!

Como fã é muito difícil fazer um ranking das obras do King, mas se fosse fazer o mesmo, sem dúvida, Cujo estaria no top five! Leia o livro se tiver coragem, assista ao filme e apague da sua memória aquela imagem de Bethoven fofinho e inofensivo.

Revisado e editado por Carina Langa.