Salve Headbangers! Vim conhecer a obra do Beholder's Cult por meio da coletânea "Brazilian Doom Metal: Volume 1" que, a propósito, tem resenha aqui no site e como sou um fã das sonoridades mais arrastadas do metal, não demorou para ir em busca de mais material, então me deparo com o profundo "Our Darkest Home".
Formada no ano de 2016, podemos dizer que um dos grandes diferenciais dessa banda é o fato que eles se mantém fieis ao estilo que se propõem a fazer, mas sabem também acrescentar passagens dentro do seu Doom, por isso podemos dizer que no som deles se fundem o gothic metal, o depressive rock, o darkwave e post-punk e o death metal.
Felipe Stock na guitarra e voz, Pedro Paes nos teclados, Rafael Giraldi na bateria e Luciano Dias no baixo conseguem corar uma sonoridade bem única e se formos imaginar que é um trabalho de estreia, tudo fica ainda mais evidente e já quero destacar aqui que esse é um trabalho que você tem que ouvir com o momento certo, não vejo ele como algo par se ouvir fazendo algo e deixando a música para segundo plano, faça algo imersivo, a música merece e você não vai se arrepender.
Samsara é uma ótima abertura e me remeteu a um dos meus álbuns favoritos do Anathema, o "Alternative 4", ela é uma intro e ao mesmo tempo que faz a ponte para Shadows e ela explica o que disse acima, uma audição mais atenta irá captar os elementos como o teclado cirando uma base para um baixo que desliza na música e os vocais declamados com muita aura de sofrimento e quando vai para o gutural, aí me cativou de vez.
Starry Queen vem com a agressividade apresentada no som anterior a frente por parte dos vocais, enquanto o instrumental se aproxima de algo do My Dying Bridge a medida que os vocais limpos se sobrepõem dando uma atmosfera de algo meio profano, meio sacro. Já que citei os ingleses do My Dying Bridge, parece que o próprio Aaron está cantando Crestfallen e isso é um baita elogio, nem preciso dizer que minha preferência é o vocal mais agressivo, mas o fato de Felipe Stock transitar por partes mais declamadas e teatrais a outras mais agressivas, é elogiável.
Conceiving Silence e Empty Inside reúnem as influências pessoais da banda a medida que notei aquela vibe do Gothic Metal dos anos 90 principalmente o Paradise Lost, e finalizo a resenha com meu grande destaque desse registro, Weight of the Sun que é densa, pesada, agressiva e eu acredito que esse é um caminho para o Beholder's Cult seguir o debut que atingiu muito bem seus objetivos!
TRACKLIST:
1) Samsara
2) Shadows
3) Starry Queen
4) Crestfallen
5) Conceiving Silence
6) Whispers of Dusk
7) Weight of the Sun
8) Ivory Tower
9) Empty Inside
FORMAÇÃO:
Felipe Stock - guitarra e voz;
Pedro Paes - teclados;
Rafael Giraldi - bateria;
Luciano Dias - baixo.