Resenha #248: "The Return" (2022) - Weedevil

    Salve Headbangers! Acredito eu que quem é leitor do nosso site deve compartilhar o amor pela música e sabe bem o poder que a mesma tem de nos transportar para vários ambientes, pois bem o Weedevil conseguiu com esse seu full fazer exatamente isso e acredito que caso você se permita ouvir esse trabalho com a atenção que ele merece, irá compartilhar das mesmas sensações que irei descrever a seguir.


    Esse é o primeiro full da banda e se formos considerar seus dois EP's anteriores, o auto intitulado lançado em 2020 e "The Death is Comming" de 2021 perceberemos que todas as boas impressões que eles passam nesses registros desaguam aqui, um equilíbrio muito harmônico entre os vocais de Lorraine Scar, algumas vezes doces, outras vezes hipnóticos e o peso que emana da banda que traz nas guitarras Paulo Ueno do, tão bom quanto, Projeto Trator e Bodão do Zilla, Daniel Plothow no baixo e Flávio Cavichioli na bateria.
    O que mais me chamou atenção desde a primeira audição desse trabalho é o fato de que a banda consegue experimentar e reinventar um estilo que já tem uma enorme história, começando por Underwater, ela tem aquele peso mastodôntico, e claro que ouvindo o nome do Sabbath vem a mente, só que seria preguiçoso pensar apenas neles, pois os vocais levam a música para uma atmosfera que nos aproxima do Lúcifer, a banda, mas pode ser o anjo caído também, sem problemas. As guitarras tem uma leve dissonância que da todo um charme especial para o trabalho como um todo.


    The Void é aquele som que nos anos setenta ficou conhecido como proto metal, as passagens da escola do doom metal estão bem latentes e as linhas de vocais vão flutuando sobre a música, algo que beira o hipnótico a medida que vocais mais rasgados vão fazendo um contra ponto, e esse é um campo que a banda deve explorar nos próximos trabalhos porque ficaram muito bons.
    Esperava uma pegada mais metal no trabalho e ela veio com The Return que em seu começo já é marcado com um riff forte e uma levada bem energética, não a toa essa é a música que batiza o trabalho. Isn't A Love Song, com um belo título é uma música bem emotiva e até percebe-se uma ironia, afinal de contas, o piano da um ar quase romântico para música.
    Fechando o trabalho temos aqui aquela música que vale o álbum todo, Genocidal é uma aula de riffs orgânicos e pesados, algo que nos faz querer ouvir mais e mais trabalhos da Weedevil, banda essa que já anotei na minha lista de shows que quero assistir nos próximos meses.

TRACKLIST:
1) Underwater
2) The Void
3) The Return
4) Isn't a Love Song
5) Genocidal


FORMAÇÃO:
Dani Plothow - baixo;
Flávio Cavichiolli - bateria;
Paulo Ueno - guitarra;
Bodão - guitatarra;
Verena May - vocais.