Álbuns Marcantes #46: "Ride The Lightning" (1984) - Metallica

    "Ride The Lightning", aquele que para muitos foi o que estabeleceu o que muitos de nós conhecemos como o som do Metallica. Devido à sua importância, e ao seu aniversário recente (27/07), aqui estão algumas curiosidades do álbum que você não vai esquecer!


    Kirk Hammett conta em entrevista à revista Rolling Stone em 2014 que foi graças ao livro "The Stand" que o título do álbum foi pensado:

"Havia uma passagem no livro em que um homem estava no corredor da morte e ele esperava 'controlar o raio' [Cavalgue a Iluminação]. Lembro-me de pensar, UAU, que grande título."

    Fight Fire With Fire é a música que abre o disco e começa com uma linha de violão dedilhada e relativamente calma, com um violão de 12 cordas acompanhando, mas logo depois entram as guitarras distorcidas e o riff rápido e violento de uma das músicas mais pesadas do Metallica.
    Ide The Lightning já inicia com um riff em guitarras gêmeas, com o baixo mais visceral que já escutei, vindo do maravilhoso e eterno Cliff Burton. A música não traz toda a velocidade da anterior, mas é super pesada e densa (como o Metallica viria a compor logo depois). Vale destacar o solo sensacional de Kirk e as cavalgadas fortes do James.
    Rom Whom The Bell Tolls é uma porrada na cara! Os sinos no início te preparam para o soco que você vai tocar com o acorde estupidamente forte que sustenta o riff de baixo que mais parece uma guitarra extremamente distorcida (característica fundamental de Cliff Burton), a música é ainda mais cadenciada, porém é a mais pesada do disco em termos de densidade e atmosfera. Ela também traz dois solos em guitarras gêmeas, mostrando que não é só o Kirk que sabe solar.


    A música The Call of Ktulu foi um dos temas que nasceu durante a turnê de seu primeiro álbum, onde eles queriam fazer referência à literatura de Lovecraft. Mas aqui está o problema que não está bem escrito, algo que James Hetfield sempre lamenta. Diz "Cthulhu".
    Fade To Black foi uma das músicas que mais gostei quando este álbum foi lançado e foi inspirada em um assalto que eles sofreram antes de um show em Boston onde todo o equipamento foi roubado, a bateria de Ulrich, a cabeça de Marshall de Hammett e a outra cabeça de James Hetfield, que disse sobre esse assunto:

"Tenho certeza de que não estava realmente pensando em me matar, mas era meu amplificador Marshall favorito."

    Rapped Under0 Ice é, pois é, uma porrada na fuça! É rápida, crua e pesada, como uma boa música de thrash metal tem que ser, feita para moshar e headbanguear sem medo de ser feliz. Não tem muito o que dizer, a crueza dessa bagaça fala por sí só.
    Escape, a penúltima música composta pelo grupo, onde eles buscavam fazer um sucesso que soasse nas rádios. Imagine como surgiu o tema que fez com que eles ficassem tanto tempo sem tocar essa música.
    Creeping Death, só a introdução já prepara para o que vai vir, que no caso é um riff veloz e desgraçado que acelera o batimento cardíaco e te da vontade de sair moshando enquanto o James canta e bate cabeça na passagem entre a estrofe e o refrão, que mais uma vez mostra um auge melódico da banda, seguido de um solo rápido, digno de um bom disco de thrash oitentista impecável!!