Terror Underground #42: "O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface" (2022)

    Que o cinema Hollywoodiano não consegue inventar mais nada não é novidade para ninguém, então a onda de remakes, releituras e rebbots, ou seja lá como queira chamar, é inevitável, pois bem, depois de alguns exemplos bem assertivos como "Halloween" de 2018 e "A Morte do Demônio" (2013), eis que uma das franquias que mais sofreu com sequências desastrosas é atacada novamente e dessa vez na mão da Netflix que tem potencial para fazer filmes de terror que beiram o ridículo e infelizmente dessa vez não foi diferente, "O Retorno de Leatherface" marca mais um tiro na cara podre do maníaco da motosserra e fez o absurdo que é a gente sentir falta dos filmes que vieram na década anterior.


    Claro que ninguém espera desses filmes um roteiro genial ou coisa parecida, mas precisa também entregar uma bosta como essa? Claro, o filme tem violência até que satisfatória, algumas cenas são fortes para quem não está habituado mas... Muito pouco para quem definiu o cinema de slahser em 1974. Tentei passar um pano para o Fede Alvarez devido ao "O Homem nas Trevas" (2016) só que não deu, ele pode acertar no gore como fez no seu filme anterior, mas o roteiro pode ser resumido em um guardanapo.
    Esse desastre tem uma característica de unir os piores grupos de jovens que você só quer que eles morram nos primeiros dez minutos de filme! A tentativa de abordar temas como massacre nas escolas americanas ou o uso da bandeira dos confederados é mais vazio que a cabeça do Leatherface, aqui interpretado por Mark Burnham e até isso conseguiram estragar, pois anularam o lado brutamontes fazendo ele um filhinho da mamãe revoltado, da até medo de imaginar o que a Netflix poderia fazer com o Jason.

 
    Mas espera, tem mais! Que tal fazer uma cópia de Laurie Strode, só que no auge da sua cara de pau não ter a mesma atriz já que Marilyn Burns faleceu antes de pagar esse mico aqui. Como fã da obra, essa volta de Sally Hardesty só para morrer seria cômica se não fosse ofensiva.
    Verdade seja dita, nossos ícones do Terror podem voltar, desde que caiam na mão de gente que sabe o que está fazendo e não se limite a apenas ganhar visualizações e dinheiro, curiosamente uma crítica que o filme faz, mas não obedece e claro, como desgraça pouca é bobagem, a cena final demonstra o interesse em fazer uma continuação, que Satã nos proteja!