Terror Underground #17: "O Iluminado"/"Doutor Sono"

Hail Headbangers e fãs de terror,  vivemos atualmente uma "Kingmania", com muitas obras do escritor ganhando versões cinematográficas, algumas pavorosas, como IT 2, outras que, caindo em mãos certas, conseguem ser assustadoras e fazer jus a obra do mestre.

Recentemente assistimos Doutor Sono, uma continuação direta de um dos melhores livros do King O Iluminado, e o resultado foi muito satisfatório, sendo que,  Mike Flanagan sabe dirigir muito bem e ao contrário da obra de Krubick, foi mais fiel ao material original. A crítica ao filme você encontra abaixo, porém, já que foi citada, é valido também conferir a versão de O Iluminado para o cinema e ver se ela passa no teste do tempo e merece o rótulo de obra prima (dando já um spoiler de cara...muito sim!).


Crítica do Filme: O Iluminado 

Verdade seja dita, entre Kubrick e King é difícil tomar partido, o primeiro é um diretor que tem no seu curriculo só 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971), e na época do filme, King ainda não era reconhecido como hoje, por isso, mesmo que ele não goste da adaptação, que é um direito dele né, negar que esse filme é um pilar do terror, é burrice.

Em linhas gerais, o filme tem um roteiro bem simples, um casal acompanhado de seu filho pequeno, vai passar o inverno num hotel bastante afastado após o marido ser contratado como zelador durante essa estação. Uma vez isolados, no entanto, coisas estranhas começam a acontecer, mas fica no ar a indagação: - ou será que não é, que são apenas paranóias? Então, no filme você descobre.

Falando das atuações, Shelley Duvall, dona de uma beleza digamos, bem peculiar, ao lado de Jack Nicholson, entregam atuações marcantes, existe uma química e ao mesmo tempo, uma tensão entre eles. O verdadeiro iluminado, no caso, o menino Danny, não estraga, mais também não é um baita ator, tem até histórias de que ele não sabia que se tratava de um filme de terror, até para não traumatizar o menino.

O Hotel Overlook é um personagem a mais no filme, note como ele aparenta ser enorme, e a medida que o filme vai passando, ele vai encolhendo, impossível não se sentir enclausurado em tal espaço, contando ainda com a neve do lado de fora, tornando-se assim uma prisão. O final se afasta muito do livro, mas isso não tira o brilho da criação.


Sem 'jumpscares' forçados, sem bonequinha idiota possuída, com fantasmas que sabem realmente passar uma sensação de pavor, O Iluminado passou no teste do tempo e tornou-se um clássico do terror! Agora, jogando a responsabilidade para Doutor Sono homenagear esse legado, será que o filme conseguiu esta façanha? Confira...

Escrita até este trecho desenvolvida por Harley Caires e revisado por Carina Langa.

Crítica do Filme: Doutor Sono

Pensando em qual seria o filme da noite, rodando pelas minhas redes sociais me apareceu o nome Doutor Sono. Não foi a primeira vez que vi esse nome, na verdade sendo leitora de King, autor que o redator desse site, o Harley, me indicou por ser fã do cara e também pela escrita fenomenal que o mesmo tem, eu já tinha ideia do que o filme iria apresentar, ou seja, viagens muito loucas com aquela tensão e com muitos detalhes como só o King consegue representar.

Sim, meus caros e caras, o filme Doutor Sono foi produzido com base na obra do King que leva o mesmo nome. O filme é fiel ao livro? Aí já não sei responder, porque ainda não tive a oportunidade de ler essa história, mas o filme me despertou uma curiosidade imensa em realizar esta leitura e esse livro já compõe minha lista de próximas obras para eu mergulhar.

Antes de assistir ao filme, tive que ver uma crítica do filme O Iluminado, pois ainda não assisti ao mesmo e o Doutor Sono deve-se dizer que é sua sequência.

Ele mostra a vida de Danny Torrance, o menininho do filme O Iluminado cresceu, e as 'lembranças' do Hotel Overlook e seu dom permaneceram com ele. Outra característica que evoluiu junto a ele foi a que herdou do pai, o alcoolismo, que aliado ao uso de drogas foram tentativas do protagonista de curar seus traumas vividos na infância.

Em meio as tentativas de se entender e até conformar com sua vida, Danny encontra um bom lugar para se revigorar, largar dos vícios e buscar uma vida mais normal, até que surge em sua vida a menina/moça Abra, que vai até ele por um pedido de ajuda.

Para mim, a tensão instaurada por todo o momento que via o filme foi muito forte, devido ao envolvimento de crianças na trama e todo o enfoque dado a força que elas possuíam e que por pura inocência não tinham conhecimento, 'força' essa que atraia Rose e sua trupe.

Rose, e todos que com ela seguiram durante boa parte do filme, possuem um ar místico e ao mesmo tempo malígno, são cruéis, frios e sua obscuridade deixa um clima de suspense na história. A aflição tomou conta do meu ser em diversos momentos do filme. Vale ressaltar que seu terror é denso, mas que não é cheio daqueles 'jumpscares' que só o pessoal dos 15 anos gosta.

Durante o filme você vê 'flash backs' do O Iluminado, pois Danny revive essas memórias para entender e explicar o que seu dom representa. Confira o trailer do filme:


Aproveitem esse período que estamos passando para conferir essas duas obras cinematográficas fantásticas, vale muito a pena dispor de um tempo para assistir a estes filmes.
Stail!