Terror Underground #08: "O Animal Cordial"


O terror nacional, vive uma das suas melhores fases, o amadurecimento das produções aliado a criatividade de roteiros e boas direções e atuações fazem com que poucas vezes nossa produção cinematográfica fosse tão forte. E vindo nessa vibe Animal Cordial se propõem a nos entregar uma fusão entre um trabalho Slasher, com poucos cenarios e muito sangue, ao mesmo tempo não abre mão de fazer uma critica social mas ao contrario do filme o Rastro essa é uma critica mais velada e joga na cara do espectador toda a diferença de classes e relações sociais que nosso pais apresenta.

Nesse trabalho de estreia a diretora Gabriela Amaral Almeida deixa clara a suas referencias com elementos do giallo italiano como no uso de cores e no erotismo das cenas, a proposito a cena de sexo desse filme é aterrorizante no meio de muito sangue e entrega dos atores, aqui quero deixar um adendo as atuações são outro ponto fortíssimo Murilo Benício) desconstrói aquela visão de ator global Irandhir Santos é um dos melhores atores do cinema nacional, e Luciana Paes falar mais dela seria spoiler mas ela é incrível


E o roteiro  afinal de contas não citamos ainda o que se trata o filme pois bem aqui somos apresentados a um restaurante, de classe média baixa onde podemos perceber que os poucos funcionários que estão ali, vivem um clima de hostilidade, existia apenas um cliente que degustava um prato a base da carne de coelho ( que faz uma relação com o poster do filem) muito próximo de fechar o estabelecimento  um casal chega, o que já cria uma tensão pela proximidade do horror de encerramento, a arrogância do casal deixa claro as diferenças tanto culturais e sociais ali envolvidas.

Os conflitos chegam no seu ápice quando dois assaltantes invadem o restaurante, e as ações irão despertar o Animal Cordial  ..... e prepare se para reviravoltas, impactantes muito sangue e um final digno, com margem para variadas interpretações. 



O terror Nacional vive um momento de renovação e fortalecimento, depende do publico perder os seus preconceitos e valorizar nossas produções que podem não ter orçamentos bilionários mas conseguem ser muito bem executadas, e nesse caso perturbadoras.