Resenha #99: "Theatre of Fate" - Viper

Os 30 anos de Theatre Of Fate

A partir de 2018 nós adotamos uma politica no Underground Extremo de resenhar alguns trabalhos clássicos para a cena brasileira independente se eles são extremos ou não mas são sem duvida relevantes, e com esse espirito que pagamos tributo agora para Theatre of Fate o trabalho que fez eu ouvir power metal pela primeira vez e até hoje um dos melhores registros do estilo na minha opinião .
Soldiers of Sunrise, (antecessor desse registro) não é um trabalho ruim pelo contrario mas foi aqui no segundo registro que a banda não só se tornou um dos nomes mais fortes do metal nacional como mostrou autenticidade sonora, é possível perceber muito elementos do angra antigo no T.O.F

Fizeram parte dessa formação Guilherme Martins na bateria André Matos Yves Passarell (guitarra), Felipe Machado (guitarra) e Pit Passarell (baixo), foram responsáveis por um álbum muito mais trabalhado e diferenciado do que haviam feito antes. A pouca idade dos músicos contrastava com o talento e a grandiosidade do que eles estão preparando aqui.



Aqui já chegamos em um ponto mais polêmico , comparado com o trabalho anterior, esse seria menos pesado? ai depende pois é possível dizer que esse trabalho é mais melódico e com grandes elementos de música clássica influência do Mattos, mas percebe se que a banda está mais virtuosa.

O trabalho abre com Illusions. uma bela melodia que casa bem com o clima do trabalho, particularmente são poucas as intro que me agradam, mas Illusions é uma abertura perfeita para o trabalho em um todo repare como essas intro trabalhadas fizeram partes do trabalho do Angra e do Shaman por exemplo.

At Least Chance é um hino do Power Metal, sua estrutura foi herdada da música clássica o teclado dá um toque especial para música e a mesma possui a quebra de andamento, e os vocais de André impressionam , isso é uma constante ao longo do trabalho.

Velocidade e virtuose também estão presentes em To Live Again essa veio para agradar os fãs da fase mais speed e o trabalho de bateria é muito bom, e os solos  são marcantes não atoa que a turnê da volta do Viper recebeu o nome To Live Again Tour.

A Cry From the Edge foi eleita para ser o vídeo clipe do trabalho, é importante ressaltar que videos clipe naquela época eram uma das maiores formas de divulgar um trabalho, por isso a decisão de qual musica seria a escolhida , é de vital importância , então tome uma dose cavalar de guitarras gêmeas e um flerte bem vindo com o Heavy tradicional, na opinião desse que vos escreve essa seria a segunda melhor música de toda a carreira da banda.


Eu disse a segunda porque temos Living for the Night essa musica dispensa apresentações sendo só ela melhor que toda a discografia de mutias banda de metal espada dragão que existem hoje em dia

Prelude to Oblivion é uma música tipica composição de Andre Mattos,pois ela tem um uso de vozes mais teatrais e ao mesmo tempo não abre mão do peso, sendo que cria uma atmosfera para o que teremos depois duas canções mais apoteóticas a primeira, a faixa titulo que mantem o clímax e ainda pode ser considerado mais um momento extremamente  pesado do álbum e Moonlight que trata se de uma adaptação da sonata de Bethoveen, mostrando o caminho que o vocalista seguiria no futuro e aqui também apresenta se o ponto de ruptura, parte do Viper queria abraçar o peso, e Mattos queria algo mais clássico , resultado disso,a separação e logo depois o surgimento do Angra, e o resto é história, independente disso Theatre of Fate é um clássico irretocável e mostrou para o mundo a qualidade do metal nacional em todos as suas subdivisões

Andre Matos - vocal, teclado

Felipe Machado - guitarra

Yves Passarell - guitarra

Pit Passarell - baixo

Sérgio Facci - bateria


Tracklist:


1. Illusions 01:51

2. At Least a Chance 03:59

3. To Live Again 03:29

4. A Cry from the Edge 05:11

5. Living for the Night 05:26

6. Prelude to Oblivion 03:45

7. Theatre of Fate 06:18

8. Moonlight 04:40