Salve Headbangers, chegando na sua décima sexta edição o Otacílio Rock Festival se consolida como um dos maiores festivais open air do sul do Brasil e acredito que ignorando a distância geográfica, temos sim um dos maiores do país, ainda mais contando a questão de oferecer camping, permitindo assim a sensação imersiva de estarmos em um ambiente totalmente voltado para a música, onde nossos problemas ficam do outro lado do portão assim que entramos na fazenda Cambará.
A primeira coisa que nos chamou a atenção, foi a aparelhagem. Já na passagem de som pudemos perceber que as bandas teriam ao seu dispor, o que é uma redundância, já que qualidade sempre foi algo muito presente no Otacílio e nessa edição, mesmo com alguns problemas técnicos, eles conseguiram se superar e nos entregar um evento que nos da bastante orgulho por estar presente.
A primeira coisa que nos chamou a atenção, foi a aparelhagem. Já na passagem de som pudemos perceber que as bandas teriam ao seu dispor, o que é uma redundância, já que qualidade sempre foi algo muito presente no Otacílio e nessa edição, mesmo com alguns problemas técnicos, eles conseguiram se superar e nos entregar um evento que nos da bastante orgulho por estar presente.
Chegamos no local um bom tempo antes da primeira banda abrir o festival e então conseguimos fazer uma boa ambientação, escolher um bom local para armar acampamento e montar os equipamentos para mais uma cobertura.
Abrindo a 16ª edição do OTA, tivemos a Dark New Farm que desde a sua formação sempre buscou misturar as influências de seus músicos, criando assim um som com bastante peso e originalidade, além de ter nas suas letras um dos seus pontos de destaque, pois temas como violência contra mulher, homofobia e as injustiças sociais fazem a sonoridade ser agressiva e direta, um dos pontos que a Dark busca focar.
Do new ao death metal, esse é o mix dos fazendeiros malditos e agora com uma nova formação com a entrada de Vinícius nas guitarras e Ewerton no baixo, na apresentação eles mostraram muita versatilidade ao lado dos já veteranos Sol (guitarra), Harley (vocal) e Maykon (bateria). Além da nova formação, o show contou com uma bela abertura, uma intro que casou muito bem com o momento de início do show e do evento no geral, um novo integrante, um esqueleto muito caricato que deu um ar bem diferente a apresentação, e também nos foi apresentado um novo som que mostra a banda agora compondo em português. Ficou perceptível que o público que a Dark agrada são os jovens e principalmente as minas bangers que até cantam os sons e se embalam com os refrãos, acredito que seja porque esse público se identifique com a temática lírica que os farmers apresentam e também pela pegada mais new metal no som que vem atrelada a muitas outras influências. Sons como Madre e L.O.V.E. nunca podem ficar de fora do setlist e nessa apresentação não foi diferente.
Abrindo a 16ª edição do OTA, tivemos a Dark New Farm que desde a sua formação sempre buscou misturar as influências de seus músicos, criando assim um som com bastante peso e originalidade, além de ter nas suas letras um dos seus pontos de destaque, pois temas como violência contra mulher, homofobia e as injustiças sociais fazem a sonoridade ser agressiva e direta, um dos pontos que a Dark busca focar.
Do new ao death metal, esse é o mix dos fazendeiros malditos e agora com uma nova formação com a entrada de Vinícius nas guitarras e Ewerton no baixo, na apresentação eles mostraram muita versatilidade ao lado dos já veteranos Sol (guitarra), Harley (vocal) e Maykon (bateria). Além da nova formação, o show contou com uma bela abertura, uma intro que casou muito bem com o momento de início do show e do evento no geral, um novo integrante, um esqueleto muito caricato que deu um ar bem diferente a apresentação, e também nos foi apresentado um novo som que mostra a banda agora compondo em português. Ficou perceptível que o público que a Dark agrada são os jovens e principalmente as minas bangers que até cantam os sons e se embalam com os refrãos, acredito que seja porque esse público se identifique com a temática lírica que os farmers apresentam e também pela pegada mais new metal no som que vem atrelada a muitas outras influências. Sons como Madre e L.O.V.E. nunca podem ficar de fora do setlist e nessa apresentação não foi diferente.
A Tressultor chegou arregaçando nossos ouvidos com um formato de power trio sendo o baixista um novo membro da banda. Eu lembro a primeira vez que eu ouvi o Tressultor e fiquei impressionado como eles conseguem fazer um som orgânico, pesado e com muita personalidade! A medida que você ouve, ao mesmo tempo canta junto. Foi assim comigo na faixa Epidemia, um som que tocaram ao vivo unido à IML e Deliciosas Empadinhas de Dona Isabel. Formada no ano de 2011, possuem na sua discografia as demos "Epidemia" e "Quartel do Juarez" e o seu full auto intitulado lançado em 2020. A entrada do novo integrante merece grande destaque pois o pig screwl que o capiroto executa é assustador de tão perfeito! Prova disso foi um cover do Gutallax que fez bonito frente a versão original. O show foi enérgico e bem recebido pela caravana que acompanhou a banda na excursão para o evento.
A fome apertou e durante esse intervalo entre as apresentações buscamos algo para matá-la e esse é outro destaque positivo do OTA, pois se você não tem uma galera com um assador disposto a fazer o churrasco no acampamento, o evento sempre traz uma equipe completa na praça de alimentação e oferece diversas opções de refeições com preços acessíveis.
E para beber, a entrada com bebidas alcoólicas no evento é proibida, isso já é de lei em todas as edições, a revista acontece na entrada e sempre tem uns 'desavisados' que ficam nervosos quanto a isso, mas é isso aí rapaziada, regras existem para serem seguidas! E no mais, as bebidas oferecidas no fest são bem variadas e dessa vez ainda contamos com uma barraca de cerveja artesanal que ofereceu mais de 13 opções diferentes e fez bastante sucesso!
Quando a Profana, banda catarinense formada no ano de 2011 em Rio Negrinho, entrou no palco, nos dirigimos até lá para conferir a apresentação. Como o nome já indica, eles apostam na época dourada do Heavy Metal, os saudosos anos 8o e por isso mesmo, depois de muita batalha e perseverança, eles lançaram o seu primeiro EP auto intitulado que veio com aquela chama do metal em português com sons como Coração Animal e Trilha Escura, executados durante o show e aqui o destaque fica para a regionalidade com muita evidência no sotaque do vocal.
E para beber, a entrada com bebidas alcoólicas no evento é proibida, isso já é de lei em todas as edições, a revista acontece na entrada e sempre tem uns 'desavisados' que ficam nervosos quanto a isso, mas é isso aí rapaziada, regras existem para serem seguidas! E no mais, as bebidas oferecidas no fest são bem variadas e dessa vez ainda contamos com uma barraca de cerveja artesanal que ofereceu mais de 13 opções diferentes e fez bastante sucesso!
Quando a Profana, banda catarinense formada no ano de 2011 em Rio Negrinho, entrou no palco, nos dirigimos até lá para conferir a apresentação. Como o nome já indica, eles apostam na época dourada do Heavy Metal, os saudosos anos 8o e por isso mesmo, depois de muita batalha e perseverança, eles lançaram o seu primeiro EP auto intitulado que veio com aquela chama do metal em português com sons como Coração Animal e Trilha Escura, executados durante o show e aqui o destaque fica para a regionalidade com muita evidência no sotaque do vocal.
Quem acompanha o site, sabe o quanto comemoramos o retorno da Alkila e não só nós, como também os amantes de uma música extrema e violenta, pois foi isso que eles mostraram no seu EP de retorno "Ashes Of This World" que em breve vai ter resenha aqui. Este apresenta como eles sabem beber das influências que os inspiram, mas também olham para frente com sua sonoridade que é um mix de death e thrash metal de excelente qualidade. Sobre os sons que apresentaram fizeram parte do setlist, Madness, Ashes Of This World, um dos sons dos primórdios da banda, Corruption e para relembrar a fase que eles eram um tributo ao Sepultura, nada melhor do que a icônica Arise que nas mãos da Alkila soa muito melhor do que do Sepultura atual!
Esse show que veio na sequência foi muito aguardado por mim. Não sou fã de usar o termo 'dream team' a toa, mas se tem uma banda que merece esse rótulo é sem dúvida o Deathgeist. Formada em 2017 e possuindo na sua formação os músicos Adriano Perfetto e Victor Regep, ambos de uma das melhores e mais injustiçadas bandas do nosso underground, o Bywar, além de contar com Maurício (Cliff) Bertoni (ex – Voiden e Mystic) e Fernando Oster (Woslom). Com esse time eles entregam uma fusão perfeita do thrash metal ora americano outrora alemão, as referências de Kreator antigo me deixam feliz demais! Eu adoro essa banda e os sons executados Procession of Souls, a faixa que batiza seu mais recente trabalho e Thrash Metal Fire 666, intensificaram ainda mais essa minha adoração!
O dia já vai terminando e deixando um belo pôr do Sol, que encantou a todos que estavam no Ota, servindo de boas vindas para a noite extrema que estava para vir com as próximas apresentações.
Mais de duas décadas de doom metal ao lado de nomes como Serpent Rise, e The Cross, eu penso que o Eternal Sorrow é uma referência dentro do estilo. Formada no ano de 1994, eu lembro que meu primeiro contato com a banda foi por meio da coletânea "The Winds of The New Millenium #2" e ali descobri que eles tinham um primeiro registro, o preciso "The Sadness Elevation" e o que tivemos depois foram os álbuns "The Way", o "Regret", "Legacy" de 2003, e "The House" de 2015, ou seja, já faz tempo, hora de um novo trabalho... De maneira inacreditável, esse foi o primeiro show da banda que eu assisti e pude prestigiar a clássica Eternal Sorrow e To Perpetuate My Distance muito bem executadas por sinal!
Eu estava na expectativa de "Under The Sign Of Rebellion", pois todo mundo sabe o que o Rebaelliun passou, mas continua em pé nos entregando death metal de qualidade ímpar, poderoso acima de tudo e contra todos, tenho certeza que cada vez que o Rebaelliun sobe aos palcos eles sabem a força que nomes como Fabiano Penna e Lohy Fabiano tem e como foram importantes para a consolidação do estilo e agora, contam com Bruno Añaña (vocal e baixo), Evandro Passos (guitarras) e Sandro Moreira (bateria, na verdade, destruição total e absurda). Infelizmente, por problemas de saúde do baterista, a banda teve que se ausentar na participação do festival.
Nesse momento, devido a essa questão com a Rebaelliun e também a alguns problemas com a energia elétrica do galpão principal, tivemos um longo período de pausa nos shows o que para nós não foi um ponto negativo, pois tivemos um tempo para descansar e continuar com a cobertura do evento com as nossas energias renovadas, afinal de contas, mais de 4 horas de viagem, acordando de madrugada para chegar a tempo da primeira banda, na movimentação entre palco, acampamento, praça de alimentação, mosh, fotos, beber, enfim, um tempinho para descansar sempre cai bem! E aqui quero destacar uma cobertura de verdade (o que é dever nosso, como imprensa!), deve assistir todas as bandas, esse é o mínimo de respeito que se tem com produtores, público e bandas, pois estar no palco é uma jornada que envolve ensaios, deslocamento, dedicação, etc.
Foi necessária uma troca no cast, sendo assim, Tenebris Umbral assumiu a responsa de cobrir o horário que era da Rebaelliun e o duo manda muito bem! Goat of Mendes é um frontman incrível, consegue impressionar com uma técnica de guitarra bruta e vocais urrados e infernais. No setlist, sons como Raízes e Eterna Glória, No Fundo da Alma, Nascido o Filho da Serpente e aquela que define bem o que foi essa apresentação, Bestial Massacre Attack. Não posso deixar de citar também a máquina de destruição que atende pelo nome de Leandro Pereira que mesmo com o braço machucado, conseguiu fazer uma apresentação que faz jus ao fato dele ser conhecido como um dos melhores músicos do nosso underground!
Nesse momento, devido a essa questão com a Rebaelliun e também a alguns problemas com a energia elétrica do galpão principal, tivemos um longo período de pausa nos shows o que para nós não foi um ponto negativo, pois tivemos um tempo para descansar e continuar com a cobertura do evento com as nossas energias renovadas, afinal de contas, mais de 4 horas de viagem, acordando de madrugada para chegar a tempo da primeira banda, na movimentação entre palco, acampamento, praça de alimentação, mosh, fotos, beber, enfim, um tempinho para descansar sempre cai bem! E aqui quero destacar uma cobertura de verdade (o que é dever nosso, como imprensa!), deve assistir todas as bandas, esse é o mínimo de respeito que se tem com produtores, público e bandas, pois estar no palco é uma jornada que envolve ensaios, deslocamento, dedicação, etc.
Foi necessária uma troca no cast, sendo assim, Tenebris Umbral assumiu a responsa de cobrir o horário que era da Rebaelliun e o duo manda muito bem! Goat of Mendes é um frontman incrível, consegue impressionar com uma técnica de guitarra bruta e vocais urrados e infernais. No setlist, sons como Raízes e Eterna Glória, No Fundo da Alma, Nascido o Filho da Serpente e aquela que define bem o que foi essa apresentação, Bestial Massacre Attack. Não posso deixar de citar também a máquina de destruição que atende pelo nome de Leandro Pereira que mesmo com o braço machucado, conseguiu fazer uma apresentação que faz jus ao fato dele ser conhecido como um dos melhores músicos do nosso underground!
Por isso que eu amo festivais, por isso que eu sou um apaixonado pelo OTA, pois me dão a chance de ver grandes bandas no mesmo evento! Citando agora um dos grandes orgulhos do metal paranaense, o Thou Shall Not conta na sua formação com Luxyahak nos vocais (ex-Doomsday Ceremony), Caos nas guitarras (ex-Doomsday Ceremony), Ulysses (ex-SteelLord) no baixo e CJ Dubiella (Helll Gun) na bateria. Sobre os sons, destaco Breakthrough que é épica em todas suas passagens e Nightingale que mantém a pegada de banda raiz de heavy metal. Eu já esperava uma banda de presença e domínio de palco, mas PQP o que eles fizeram nessa noite é de dar pena para quem não assistiu! A virtuose dos músicos, o som que saía dos PA's, perfeitos! Há tempo de dizer que Romanticize e Rebel Higher Level são hinos do metal nacional e devem ser consagradas como tal.
LAC, o primeiro headliner da noite a se apresentar! Os cariocas vêm fazendo uma tour desde o final do mês passado se apresentando em várias regiões do Brasil e no Otacílio Rock Festival eles provam porque são conhecidos como um dos nomes mais respeitados do Underground atual. Death metal violento, tanto no som como na temática. Aproveitando a divulgação do seu quarto trabalho "Limbo", tivemos faixas como The Scum of Society, Hateocracy, Endles Void e claro, Hell de Janeiro e Third World Slavery. Um destaque especial para Jonatha Cruz, além de seu vocal ser muito forte ele interage com o público todo o tempo e é nítido ver que está curtindo demais estar no palco, sabendo que ele foi responsável por reestruturar a banda, é possível ver que ele fez isso com total maestria!
E assim se inicia a missa profana do Mystifier, com nossas vidas amaldiçoadas pela palavra do mau. Essa horda é uma lenda do black metal nacional e ficamos muito lisonjeados de poder vê-los ao vivo, uma vez que por serem do nordeste do país tal feito era considerado bem difícil! Todos que lá estavam, em frente ao palco, acredito que sentiam o mesmo, sons como The Almighty Satanas (Invocatione) e Aleister Crowley (O.T.O.) são verdadeiros hinos blasfêmicos e tudo que uma noite de sábado do Otacílio Rock Festival pede! O ritual continua com Bellzebub e The Realm of Antichristus, e nossas almas são tomadas pela profanação e pelo sinergismo do black metal do Mystifier. Há tempo de dizer que o show teve um belo fechamento com a execução de um cover do Sarcófago com Nigthmare. Existe uma falácia que black metal tem que ser mal executado para ser true. O Mystifier ao vivo cala a boca dos incrédulos e converte os impuros!
A noite do primeiro dia da 16ª edição do OTA estava para acabar, assim como nossas energias que foram sugadas com nossa alma no show do Mystifier, mas antes do retiro para recuperar as forças para o segundo dia, já em torno das 2 da matina, chegou a vez de presenciar a Oath of Persistence no palco do evento. É incrível como eles sempre impressionam com o punch, principalmente do baterista que é um monstro das baquetas. O death metal por eles executado é muito técnico e brutal, o trio consegue fazer uma sonoridade muito além de outras bandas que tem cinco ou mais membros em sua formação e é claro que sons como Fear of the Unknown, Queen of Swarm e Arrival não podiam ficar de fora do setlist. Eles lançaram recentemente o full "Fear of the Unknown" e como afirmo em nosso programa da rádioweb, ele é um dos candidatos a melhores na nossa já consagrada lista de destaques anuais!
Terminado esse primeiro dia, pelo que pudemos observar, o público dessa edição estava menor do que em edições passadas, bom é ter a certeza de que o trio de organizadores é fiel ao metal, ao público e as bandas e não desanima mesmo com as adversidades de promover um evento de tal magnitude, a nós como mídia cabe o comprometimento sempre em fazer a melhor cobertura e de divulgar os eventos da nossa região e o Otacílio Rock Festival nunca erra! Para nós do Underground Extremo é sempre muito gratificante fazer parte da história desse grande festival. E continuem acompanhando nossas postagens que logo menos tem a segunda parte da cobertura...