Terror Underground #44: "Marcas da Maldição" (2022)

    Salve Headbangers! Lançado pela plataforma Netflix no ano de 2022 "Incantation"  (o que não deixa de ser um spoiler) ou como ficou conhecido por aqui "Marcas da Maldição" vem somado à ótima impressão que o cinema oriental vem deixando em fãs do terror, fenômeno esse que podemos rastrear ao final dos anos noventa e começo de 2000 com os grandes "Ringu" (1998) e "Ju-on" (2000), e obviamente, como acontece na indústria do cinema, eles ganharam versões norte americanas "O Chamado" e "O Grito", respectivamente. Aqui um adendo, essas versões não são desprezíveis, ao contrário do que veríamos com outros fenômenos do cinema underground como "Deixe-me Entrar" (2010) e "Goodnight Mommy" (2022).


    Em breve pretendo falar de outro filme desse cinema glorioso, "The Medium" (2021), porém antes deste venho trazer o futuro clássico do cinema taiwanês "Marcas da Maldição". De maneira bem resumida temos aqui um falso documentário que mostra os esforços de uma mãe para salvar sua filha de uma possível maldição e para isso ela não irá se privar de fazer qualquer coisa.


    Um dos grandes méritos de "Marcas da Maldição" é o fato que nos seus primeiros minutos ele já coloca o espectador onde deseja, fazendo assim a tarefa hercúlea de prender a nossa atenção e ela é totalmente necessária a medida que o filme passa por duas linhas temporais.
    O modelo de direção de Kevin Ko sabe muito bem explorar toda a mitologia que envolve conceitos religiosos do oriente, os mesmos elogios podem ser feitos para a atuação de (Tsai Hsuan-yen), a dramaticidade de uma mãe que vê a vida da sua filha escapar pelos seus dedos por uma maldição da qual ela foi uma das responsáveis e a nós cabe aquela sensação de cumplicidade, ao mesmo tempo que estamos vendo algo como se fosse proibido. Um filme que vai ficar na sua memória como uma maldição.