Resenha #422: "Imperious Malevolence" (1999) - Imperious Malevolence

Salve Headbangers! Na busca por trabalhos que são verdadeiros alicerces da nossa cena, me deparo com o primeiro full do Imperious Malevolence e para quem acompanha nosso site há algum tempo sabe que somos muito fãs dessa banda do Paraná e que muitos álbuns deles têm resenhas aqui, porém faltava a do primeiro deles, dívida essa que vamos pagar agora.
Lançado no ano de 1999 e contando na formação com Mano (Murder Rape) nas guitarras, Rafahell no baixo e vocal, Maia nas guitarras e Antonio Death (Carttada) na bateria, e essa formação estava disposta! Já no seu primeiro álbum conseguiria registrar grandes marcas no underground com um death metal bruto, sem espaço para muitas melodias, apenas aquele retorno do estilo aos malditos moldes dos anos 2000, por isso que já nos primeiros acordes de Seeds of Pain temos já um baixo bem a frente e os vocais urrados, e essa será uma premissa que irá te acompanhar ao longo dos poucos mais de vinte minutos seguintes.
Misery of Existence e Into Dark Ages se aproximam do grind pelos vocais e ao mesmo tempo que elas têm um andamento perfeito para gerar aquela destruição do nosso pescoço, notei nesse primeiro trabalho uma mesma característica observável no começo da carreira do Nervochaos, os estilos do já citado grind e death metal se fundindo em algo muito violento, claro que as duas bandas foram afinando seus sons ao longo das suas discografias, criando assim uma sonoridade bem identificável a posteriori.
Nesse trabalho temos aquele som que é, na minha opinião, um que nunca pode ficar de fora do setlist da banda e não a toa é escolhida para batizar a banda, de forma geral, Imperious Malevolence é um afronto a tudo que é sacro e ao mesmo tempo note como aqui a gente já tinha indícios do que é a nossa forma nacional de fazer metal morte.
No Return e The End of Millenium seguem com uma linha de baixo bem a frente, marcando o andamento bélico das faixas e o encerramento com A Complete Slavery faz o ouvinte ter uma pequena amostra do que é o grande e imparável death metal brasileiro sempre.
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TRACKLIST:
1) Seeds of Pain
2) Misery of Existence
3) Into Dark Ages
4) When the Ancient Come
5) Imperious Malevolence
6) No Return
7) The End of Millennium
8) Bloody Dawn
9) To Kill or to Be Killed
10) A Complete Slavery
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FORMAÇÃO:
Mano - guitarras;
Rafahell - vocais e baixo;
Maia - guitarras;
Antonio Death - bateria.