Prophecies of Sin Tour: Enthroned, Introtyl e Nervochaos no Brasil - Divulgação de Eventos (parte 01) - Underground Extremo : Hellbangers

Salve headbangers! Uma das entidades do Black metal belga retoma ao Brasil nesse mês de junho, o Enthroned. E para completar a desgraça, eles fazem uma turnê conjunta com as mexicanas do Introtyl e também com uma das maiores lendas do nosso underground, o Nervochaos , além claro, de outras bandas que se unem ao cast nessa turnê que irá percorrer o sudeste e o sul do país.

Estaremos presentes junto com a Tumba Produções e a Necrovoid em parte dessas apresentações e para nossos leitores já entrarem no ritmo do apocalipse e conferirem mais detalhes dessa turnê, e aqui vamos além e apontamos os sons que não podem ficar de fora e nessa primeira parte falaremos do Enthroned.
Formada no ano de 1993, o Enthroned é um dos mais fortes nomes do Black metal europeu, isso se deve à jornada de força e renovação que eles apresentam, sua formação inicial conta com o membro fundador Cernunnos, o guitarrista Tsebaoth e Sabathan, responsável pelo baixo e guitarras e com essa primeira formação tivemos uma demo e um split com o Ancient Rites e em 1995 o primeiro trabalho "Prophecies of Pagan Fire", um grande registro fiel à segunda onda do black metal. Meus destaques vão para Under the Holocaust e Deny The Holy Book Of Lies.

Os resultados desse trabalho são extremamente positivos, logo a banda tem uma mudança de formação com a entrada de uma segunda guitarra sendo Nornagest responsável e a substituição de Tseboath por Nebiros, porém algo iria marcar profundamente a carreira do Enthroned... Em 1997 quando a banda preparava eu segundo álbum, o baterista Cernunnos se suicida aos 23 anos, o que marca profundamente o trabalho "Towards the Skullthrone of Satan". Quem grava a bateria desse opus é Da Cardoen, porém quem assume a função na banda é Namroth Blackthorn. Nesse opus temos como destaque os sons Ha Shaitan e a indispensável Evil Church.

O terceiro álbum e mais um daqueles indispensáveis The Apocalypse Manifesto que tem no seu cunho uma visão do apocalipse bíblico mas só que visto da forma correta que seria a do satanismo, esse trabalho fez a banda entrar em uma das suas mais fortes turnês ao lado do Marduk desse opus venho destacar além da faixa titulo, Genocide (Concerto No 35 for Razors) essa é um chamado para carnificina.

2001 vem com o quarto atentado à cristandade, "Armoured Bestial Hell" e o fato desse trabalho se posicionar depois de um clássico, fez com ele fosse subestimado, hoje acho ele um clássico, até pela pegada black speed thrash que alguns sons possuem, como a faixa título, The Face of Death e Spheres of Damnation.

Aumentando ainda mais a brutalidade, "Carnage in Worlds Beyond" é o quinto álbum e se preciso de apenas um som para te convencer, esse é Infernal Flesh Massacre, onde a escola Marduk canta alto e temos aqui um trabalho que pode não ser o mais original, mas de longe é um dos menos brutos e por isso, totalmente recomendado! Destaco também um cover fudido para The Horny And The Horned do Impaled Nazarene.

Outras mudanças na formação com a saída do baterista Namroth Blackthorn e a entrada de Alsvid, que ficou na banda por pouco tempo e logo foi substituído por Glaurung e além disso, em 2003 temos a entrada do guitarrista Nguaroth e com essa formação chegamos em "XES Haereticum" que eu posso afirmar que é um dos melhores da sua discografia! Uma capa provocativa e os elementos do álbum anterior elevado à enésima potência, ele está mais extremo, porém coloca um toque mais marcial em algumas passagens e desse trabalho temos Dance Of A Thousand Knives, uma brutalidade. Foi com esse álbum que eles vieram ao Brasil, a qual tem passagens que fazem parte do ao vivo "Black Goat Ritual".

Tudo estava muito bem para Enthroned até que em 2006 temos a saída do grande vocalista Sabathan, na época Nornagest declarou:

"Sabathan não estava mais interessado em seguir nossas convicções", completando: "e nos últimos dois anos, praticamente não conseguimos escrever nada de maneira satisfatória".

Com isso Nornagest assume os vocais e Phorgath, assume os baixos. Completando essa nova formação Ahephaim é o novo baterista, com essa formação temos "Tetra Karcist", primeiro álbum com Nornagest nos vocais. A prova de fogo foi vencida, pois Nornagest se sai muito bem sons como Vermin, aqui temos que dizer também que é a melhor produção em relação ao que a banda já tinha mostrado até então, na vontade de mostrar que a troca de formação não alterou seu ódio e sua imersão ao Black metal e ao satanismo, sons como Through the Cortex comprovam isso.

O ano de 2010 chega e o oitavo trabalho "Pentagrammaton" apresenta novas mudanças de formação, dessa vez com as entradas de Garhuf na bateria e Neraath nas guitarras e backing vocals e, sem espaço para inovações, e não é isso que você vai encontrar aqui, muito menos elementos sinfônicos, o Enthroned se mantém fiel ao black metal, então tome sons como Unconscious Minds e a faixa título que são um dos destaques desse capítulo e aqui eu posso dizer que Nornagest se firma nos vocais.

Com uma distância de dois anos, "Obsidium" é mais um mergulho na camada de escuridão dos belgas, eu até fico na dúvida se esse e o anterior seriam meus favoritos dessa fase que o Enthroned apresenta Nonvs Sacramentvm - Obsidium ou Petraolevm Saliva. Não é perfeito, mas longe de ser ruim, o problema é que o patamar que eles alcançaram, faz a cobrança ser maior!

Mais dois anos se passam e agora em 2014 temos o melhor trabalho dessa quadrilogia que só não é meu destaque de álbum com Nornagest nos vocais porque teremos outro que virá logo depois, então "Sovereigns" é realmente jus ao seu nome! Soberanos joga à favor da sua história vitoriosa, Of Shrines and Sovereigns é uma metralhadora e Divine Coagulation é daquele som que une melodia e agressividade que só pode ser feito para quem está na cena há muito tempo!

Após o pôr do Sol, é o período da escuridão e isso é o que você encontra em "Cold Black Suns" e, como disse acima, ele é, na minha opinião, o melhor álbum dessa fase que a banda vive! O híbrido entre a velha escola com a sonoridade mais moderna, faz esse ser um trabalho que logo menos será visto como um um divisor de águas do estilo! Hosanna Satana já nasce clássica e ainda temos Silent Redemption, Son of Man e Oneiros nesse que é o trabalho que todo fã de Enthroned deve considerar como obrigatório.