Resenha #385: "The Weight of the Mask" (2023) - Svalbard

Salve Headbangers! Há tempos que estamos trazendo para nossos leitores um pouco da essência do Hardcore, mas apenas o verdadeiro e não aquele metido a 'violentão' (feito por playboys de apartamento). E nessa premissa, um dos grandes nomes que quero destacar é o Svalbard que tem na sua discografia um álbum fundamental para o estilo " When I Die, Will I Get Better?" (2020) e agora eles nos apresentam "The Weight of the Mask" e tenho que confessar que esse fatalmente vai roubar o posto de meu favorito, não só pela sonoridade, mas também pela temática, algo que acredito que pela primeira vez na carreira do Svalbard pudemos encontrar algo tão intimista e por isso mesmo pesado!
Para quem não os conhece, tenho que dizer que não é uma das tarefas mais fáceis apresentá-los, pois a sua sonoridade consegue passear com uma grande naturalidade pelo hardcore do mais melódico ao mais agressivo, mas também na sua fórmula trazem passagens de post e black metal, como eu disse, uma fusão muito difícil de entender, mas gratificante demais de acompanhar.
Os trabalhos começam com o primeiro single Faking It que é uma ótima definição do que teremos aqui. Imagine uma sonoridade que remete aos últimos dois álbuns do Manger Cadávre? só que acrescente uma carga maior de influências de post e black metal que vem ao longo do som e isso foi só a abertura!
Eternal Spirits e Be My Tomb continuam com a proposta de mistura porém sem perder o peso e principalmente a aura de liberdade que esse trabalho vem construindo, afinal de contas, romper limites é uma arte para poucos e por mais que eu tenha ressalvas com vocais limpos, não posso deixar de elogiar o que encontramos aqui.
Deficiance pode fazer fãs de metal extremo que torcem o nariz para novidades se sentirem bem vindos à medida que o instrumental vai para caminhos mais brutais é possível notar uma certa mensagem de positividade na temática e mais uma ótima interpretação de Serena Cherry.
Faixas como November, How to Swim Down e Pillar in the Sand são três grandes momentos que te prendem ao longo da audição. Ouça elas como uma montanha russa que vai de momentos de elevação até uma queda no meio com blast beats e ótimos trabalhos de guitarras!
Be My Tomb e To Wilt Beneath The Weight fecham esse ciclo de narrativas que o Svalbard te leva a questionar em relação a quantas vezes abandonamos as máscaras e encaramos nossa realidade. Hoje eu consigo entender o fato dessa banda ser vista como uma das melhores da nova geração!
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TRACKLIST:
1) Faking It
2) Eternal Spirits
3) Defiance
4) November
5) Lights Out
6) How To Swim Down
7) Be My Tomb
8) Pillar In The Sand
9) To Wilt Beneath The Weight
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FORMAÇÃO:
Serena Cherry - vocal e guitarra;
Liam Phelan - vocal e guitarra;
Mark Lilley - bateria;
Matt Francis - baixo.