Salve Headbangers! Ao longo dessa nossa jornada no underground, conhecemos grandes nomes da cena que nos fazem assumir que se tivéssemos um cenário mais unido e fortalecido esses nomes seriam muito mais reconhecidos, digo isso porque o vocalista Rapha Jorge é um desses workahollics que consegue colocar extrema qualidade em todos seus projetos, e hoje vamos falar do Mathagal onde ele uniu força com Guilherme “Guigo” Adriano (Homoiousios e The Gee J) na guitarra, baixo, vocal e bateria, e Juvi Cristofolini na guitarra e vocal e o resultado dessa parceira enche os olhos com a arte por trás do projeto e os ouvidos com a qualidade do material!
A Intro nos faz caminhar para o cenário que a banda quer construir, uma mata fechada com neblina e um grito pode ser ouvido de fundo, trata-se de Aphastatupi, talvez não esteja ligando o nome a criatura, mas aqui se trata do bicho papão que no som do Mathagal ganhou uma nova roupagem e o toque de melodias que remetem a imagética infantil deixou esse um dos sons mais assustadores e pesados do EP!
Na sequência temos aquela que ganhou também uma homenagem pelo Gangrena Gasosa, me refiro à Emília, outro som que nos pega pelo pé! As variações dos vocalistas indo do gutural para o mais rasgado faz esse som ser denso e um belo contra ponto com a velocidade e destruição da anterior.
Pagando um tributo a uma das suas maiores influências, Roots Blood Roots do Sepultura que aqui ganha uma versão bem fiel ao estilo, só que eles optaram por uma afinação mais suja, deixando o som ainda mais extremo e pode ser heresia, provavelmente sim, mas hoje eu prefiro essa versão do que a original.
Fechando o trabalho, um dos sons que mais sintetizam o que é a proposta do Mathagal, uma versão sombria e macabra do folclore nacional com toques de metal moderno e peso, muito muito peso, por isso mesmo que caso não tenha te convencido de ouvir esse EP, comece por Chupa Cabra e depois olhe para trás, porque ouvir esse EP abre portas para algo maligno!