O Fossilization surgiu em 2020 e, em 2021, lançou o seu primeiro EP e não foi nenhuma surpresa encontrá-los em lista de melhores lançamentos de Death Metal do ano passado. Também pudera, temos aqui um duo formado por V (guitarra, baixo e vocal) e P (bateria) que são duas das entidades por trás do Jupiterian, claro que são duas bandas diferentes, mas não deixa de ser impactante o talento que eles conseguem demonstrar tratando-se de construir música extrema.
Uma produção que pode soar estranha para ouvidos não acostumados, pois ela é densa, bem old school, afastada daquela vibe mais moderna, o mesmo acompanha a parte rítmica que vai de linhas dissonantes para linhas monolíticas hipnóticas, um filho bastardo entre o doom metal e o death metal foi gerado nesse EP e a tendência é que a criatura cresça e devore almas cada vez mais!
Neanderthal Tombs inicia o trabalho com um riff bem monstruoso logo de cara. O andamento mais arrastado vem ao longo da faixa enquanto ela mantém-se como um bloco sonoro indivisível, em contra partida Blight Cathedral é uma celebração do metal morte da velha escola, um dos meus sons favoritos. O que é um grande mérito deles é que o trabalho é muito linear em qualidade, pois a cada audição mais detalhes se revelam, fazendo a obra perdurar em nossos ouvidos.
Caronte faz jus ao seu nome porque ela é uma viagem para o mundo dos mortos, onde tudo é escuro e a esperança se desfez. A faixa que batiza o trabalho é o melhor de tudo que a banda mostrou até aqui, seja nos momentos mais velozes assim como nos mais densos. E encerrando o trabalho, um registro niilista da nossa extinção que está cada vez mais próxima, A Deplorable Epoch é uma marcha fúnebre.
Responsáveis por uma aura fúnebre e macabra o Fossilization nos prova que só um país maldito como o Brasil para ter a trilha sonora da destruição e caos!
TRACKLIST:
1) Neanderthal Tombs
2) Blight Cathedral
3) Caronte
4) He Whose Name Was Long Forgotten
5) A Deplorable Epoch
FORMAÇÃO:
V - guitarra, baixo e vocal;
P - bateria.