Resenha #381: "The Plague" (2022) - New Democracy

Salve Headbangers! Quem acompanha nosso trabalho aqui no Underground Extremo deve saber que uma das bandas do metal nacional que destacamos aqui pela grandiosidade de seus sons e a criatividade é o New Democracy, e eu estava na expectativa para poder ouvir esse álbum e depois de algumas audições, chegamos ao veredito.
Procurando na rica história do Egito antigo, temos aqui um trabalho conceitual, algo explorado por nomes como Iron Maiden e nas veias mais extremas como o Nile e essas influências são visíveis também nas inspirações da banda, pois temos do death metal da veia do melódico, ao mesmo tempo que o metal tradicional do Iron e o metal progressivo com passagens exóticas aparecem em algumas passagens, tudo isso parece um convite à audição e realmente é!
A New Democracy formou-se em Varginha, Minas Gerais no ano de 2012 e conta na formação com o vocalista e guitarrista Rafael Lourenço, o guitarrista Mozart Santos, o baixista Wellington Rodrigues, que também faz os vocais de apoio, o tecladista Vinícius Borges e o baterista Alexandre Madeira.
Nesse segundo trabalho eles exploram os pontos assertivos do seu primeiro registro e agora com mais experiência conseguem demonstrar todas suas habilidades e influências. A intro Gate to the Past é uma passagem que te convida para embarcar na proposta do som e logo temos The Plague, a faixa título do trabalho onde eles mostram o peso e principalmente as suas influências de contemporaneidade aliadas a sonoridade exótica que a banda vai explorar ao longo de todo álbum!
Creation of My Sin já era uma faixa conhecida e aqui eu consegui perceber a escola In Flames no som, ou seja, aquele death metal melódico com algum senso de melodia e peso. É gratificante ver uma banda demonstrando tamanha qualidade e essa nem é a mais técnica do álbum.
O título que disse acima vem para Morning Star, essa sem dúvida é uma faixa onde a orquestração encontra o peso na forma mais visceral, os vocais são mais guturais o que é um achado! Vi algumas resenhas comparando esse som ao momento atual do Sepultura e faz muito sentido!
Depois do momento mais extremo, vamos para o contra ponto. Dust é uma excelente balada que conta com a participação do vocalista Raphael Dantas que está atualmente no Ego Absence e ele consegue emular as características do ND e ao mesmo tempo, fazer desse um ótimo capítulo do álbum. Na sequência dois sons que são complementares, Blood on Nile que é uma fusão de power metal com death, poucas bandas conseguiriam fazer isso de maneira tão homogênea e ela vai se encerrando dando passagem para Final Touch, o seu começo climático vai dando espaço para uma progressão e isso só vai ganhando mais peso na caminhada para a reta final do álbum! Temos momentos de black/death em The Way We Die que conta com os vocais de Guilherme de Siervi e Black Blood com um riff perfeito para você bangear e eu preciso dizer que curto bastante trabalhos que terminam com essa energia fazendo assim mais um vitorioso capítulo da saga do New Democracy.
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TRACKLIST:
1) Gate To The Past (Intro)
2) The Plague
3) Creation Of My Sin
4) Morning Star
5) Dust (Ft. Raphael Dantas)
6) Blood On Nile (Ft. Leo Godde)
7) Final Touch
8) The Way We Die (Ft. Guilherme de Siervi)
9) Black Blood (Ft. Leo Godde)
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FORMAÇÃO:
Rafael Lourenço - vocalista e guitarrista;
 Mozart Santos - guitarrista;
Wellington Rodrigues - baixista e vocais de apoio;
Vinícius Borgestecladista;
Alexandre Madeira - baterista.