Resenha #378: "Killing Machine" (2023) - Sacrifix

Salve Headbangers! O thrash metal brasileiro é um notório celeiro. Independente da época, podemos elencar ao menos vinte nomes que fazem um verdadeiro front do estilo nas terras daqui. Sendo há um bom tempo um dos cabeças de chave desse seleto grupo, o Sacrifix lançou recentemente "Killing Machine" e ele apareceu na nossa lista de melhores lançamentos de 2023 e agora vamos detalhar porque.
Abrir o trabalho com uma intro que remete ao grande Judas Priest é bem assertivo, temos em Age of Doom\Killing Machine algo que parece que vamos vislumbrar um heavy metal tradicional, mas "Killing Machine" é thrash metal visceral! Os vocais de Frank Gasparotto são agressivos e sujos e quero chamar atenção para a cozinha da banda que faz um trabalho bem marcante que rouba a cena muitas vezes .
Sem respiro e sem piedade, Guided by God é aquela resposta de por mais que o Slayer acabou, isso não quer dizer que suas influências não foram absorvidas! Eu diria que essa é a minha favorita do álbum, mas ela perde para um destaque que vou falar mais a frente, mas eu imagino como um show do Sacrifix ao vivo deve fazer o circle pit pegar fogo.
Reality Is Lost e Dark Zone têm algo de Megadeth antigo, da para notar a palhetada nervosa saindo das mãos de Frank, e como estou acompanhando de perto a carreira do Sacrifix, espero que ele me permita dizer que aqui temos as melhores passagens da sua carreira, uma evolução natural do "World Decay 19" (2021) que é em si já um baita trampo! Ouça por exemplo, March To Kill e Ancient Aggression com direito as paradinhas que são puro metal da velha escola.
O primeiro single desse álbum foi a forte Raped Democracy e o fato da banda usar a arte como uma maneira de levar a demonstração do descontentamento com a realidade é totalmente válida, e a raiva que esse som transmite faz dela a minha favorita.
Fechando o trabalho temos duas últimas hecatombes, Thrash Again (quem diria que as bandas de thrash do big four estivessem tocando assim) e Rotten que fecha o trabalho da forma que começou, de maneira rápida e bruta, agora você entende porque o trabalho ganhou tanto destaque nas mídias especializadas!
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TRACKLIST:
1) Age of Doom\Killing Machine
2) Guided By God
3) Reality Is Lost
4) March To Kill
5) Ancient Aggression 
6) Raped Democracy
7) Dark Zone
8) Thrash Again
9) Rotten 
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FORMAÇÃO:
Filipe Tonini - baixo;
Fábio Moisés - bateria;
Diego Domingos - guitarras;
Frank Gasparotto - vocais e guitarras.