Playlist de Uma Semana Extrema

    Salve Headbangers! Mais uma semana se passou e trouxemos aqui um pouco do que ouvimos, em forma de uma resenha/conversa de bar, aquele espaço para trocar ideia, mesmo que de maneira virtual, curtiu? Então vamos nessa!


1) Machine Head - "Supercharger" (2001)

    O horror... Impressionante como temos bandas que conseguem jogar suas carreiras no lixo de uma forma impressionante, claro que por sorte eles foram até o abismo e voltaram com trabalhos magistrais, mas essa semana decidi ouvir "Supercharger" do Machine Head para ver se ele é tão ruim como eu lembrava e para minha surpresa, descobri que não, pois ele consegue ser ainda pior! O groove metal que era bastante poderoso perdeu espaço para o nu metal, mas aquele bem genérico que "The Burning Red" já indicava, mas aqui foi o tiro na cara do defunto.
    Não vou indicar música nenhuma, pois qualquer uma que você for ouvir vai ter guitarra mal tocada, vocais péssimos, baixo inexistente e bateria sem peso, sorte que depois de uma queda veio o coice e o Machine Head voltou aos trilhos, mas acho que eles deveriam fazer igual o Pantera que não considera os primeiros álbuns na discografia e no caso deles, apagar esse e o "The Burnign Red" (1999) de sua história.

2) Cannibal Corpse - "Gore Obessed" (2002)

    O oitavo álbum de estúdio do Iron Maiden do Death Metal, e essa comparação faz sentido, pois você sabe que eles não criaram o estilo, mas são uma das, senão a mais, representativa dentro do estilo que se propõem à fazer, e nesse trabalho não tinha como ser diferente, deu para notar que aqui as partes mais técnicas e ao mesmo tempo algumas mais lentas vão ganhando mais destaque ao longo do álbum, a abertura com Savage Butchery leva menos que dois minutos para destruir tudo que está a sua volta. Nesse álbum temos a lindíssima Pit of Zoombies, o melhor baixista do mundo brilha em Mutation of Cadaver, a afinada dupla de guitarras nessa época composta por Jack Owen e Pat O'Brien mostram um entrosamento absurdo em Drowning in Viscera e ainda temos o famoso cover de No Remorse, ou seja, um trabalho com o selo Cannibal Corpse de qualidade!

3) Ivanhoe - "7 Days" (2015)

    Eu gosto muito do Ivanhoe, tenho eles no meu leque de bandas que fazem prog metal, mas não da maneira virtuosa, só para se mostrar, também não podemos esperar nada diferente de uma banda que está na ativa a mais de 35 anos, o problema é que mudanças de formação sempre foram um empecilho para a banda chegar no seu som de fato, como as trocas de vocais, e nesse temos a estreia de Alexander Koch e ele manda muito bem nessa função tanto é que está na mesma até hoje.
    Voltando ao álbum ele é o sétimo trabalho de estúdio (entendeu o trocadilho do título?) e não é o melhor da banda, mas também passa muito longe de ser ruim. Após a Intro (e eu odeio intros), Light Up In The Darkness é bem pulsante, uma típica faixa de abertura. Algumas músicas carecem de uma produção um pouco melhor, mas ouça a Mezzo, balada prog, Innocent e a faixa título e depois, se esse trabalho não te convencer da grandiosidade do Ivanhoe, ouça os álbuns "Symbols of Time" (1995) e "Lifeline" (2008), um dia eu trago eles aqui.

4) Brainstorm - "Scary Creatures" (2016)

    O Brainstorm é um dos grandes nomes dos anos 90 quem vem até hoje fazendo trabalhos bem relevantes, é certo que alguns ficaram mais abaixo, mas nesse trabalho eles acertaram a mão revivendo aqueles momentos mais clássicos! Andy B. Franck manda muito bem em sons como Take Me To The Never e a produção bebe muito na fonte do NWBOHM, então The World We See e a faixa título são audições indispensáveis.

5) The Cult - "Hidden City"

    Ainda sou um iniciante na discografia do The Cult, mas sem dúvida, quando falamos de uma banda que consiga unir hard rock com passagens mais góticas é eles que citarei e nesse décimo disco é possível identificar os elementos que fazem o The Cult ser único! As passagens entre as músicas não são virtuosas, mas ao mesmo tempo são eficientes. Dark Energy tem uma vibe David Bowie, o que é sempre um elogio, enquanto Hinterland e Dance The Night” tem aquela atmosfera do hard rock com destaque para as guitarras que mostram para a nova geração soam como a música deve soar, orgânica! A cada audição vamos capturando novos detalhes como em Sound and Fury com suas linhas de pianos e a balada de In Blood. Se fosse apontar um defeito nesse álbum, é a mixagem do Bob Rock que tirou o peso da bateria do mestre Jonh Tempesta.