Resenha #469: "Reinventing The Steel" (2000) - Pantera

Esse álbum, na minha opinião, ganhou destaque por ser o último do Pantera, mas eu o vejo muito além disso. Tudo começa pelo título: temos o Pantera e seus quatro integrantes buscando fazer exatamente o que ele sugere – trazer o metal de volta ao seu lugar de destaque. A pergunta é: será que eles cumprem essa missão?

Bem, a resposta já começa com Hellbound, um dos momentos mais enlouquecidos de Phil Anselmo. Essa música é uma verdadeira avalanche – sem intro, sem efeitos de vento, só a guitarra de Dimebag direto na sua cara. A agressividade emanada aqui poderia facilmente estar em "The Great Southern Trendkill" (1996).

Goddamn Electric talvez revele o único ponto fraco do álbum: uma produção mais limpa e cristalina. Porque, vamos combinar, esse som tem um groove desgraçado, mas acaba soando um pouco como algo do Down. Tente não bater a cabeça nessa música. Só tente.

Yesterday Don't Mean Shit é talvez o ponto mais fraco do disco – soa meio "revolta adolescente". Já You've Got to Belong to It traz um instrumental hipnótico, uma verdadeira aula de como o metal deve soar.

 Neste trabalho, encontramos Revolution Is My Name e aquela música do Bob Esponja (sim, isso é sério) – Death Rattle, uma faixa até simples para os padrões do Pantera. É claro que o ambiente ao redor da banda estava desestruturado, e um senso de urgência permeia esse registro. Logicamente, eles não imaginavam que seria o último álbum, mas já era visível uma ruptura iminente. Isso dá a faixas como Goddamn Electric e We'll Grind That Axe for a Long Time um ar de "feito de qualquer jeito". Mas convenhamos: até o "medíocre" do Pantera é melhor do que muitos trabalhos consagrados por aí hoje em dia.

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TRACKLIST:

1) HellBound

2) Goddamn Electric
3) Yesterday Don't Mean Shit
4) You've Got to Belong to It
5) Revolution Is My Name
6) Death Rattle
7) We'll Grind That Axe for a Long Time
8) Uplift
9) It Makes Them Disappear
10) I'll Cast a Shadow
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FORMAÇÃO:
Vinnie Paul (R.I.P. 2018) - bateria; 
Rex Brown - baixo;
Philip Anselmo - vocais; 
Dimebag Darrell (R.I.P. 2004) - guitarras.