Resenha #462: "Blood Sabbath" (2023) - Serpent Corpse

Salve, Headbangers! Estamos vivendo um momento muito especial para os fãs de Death Metal, onde temos bandas da nova geração olhando para o passado e revivendo os bons momentos ensinados por monstros sagrados como o Death, o Dismember, Entombed, entre tantos outros.
O Serpent Corpse vem do Canadá, e sua primeira demo foi lançada em 2021. Agora, eles chegaram com seu debut, e a fórmula aqui une momentos que vão do Doom ao Death Metal e ao Crust Punk, incorporando vários elementos sem ser um pastiche. Eles mostram um profissionalismo monstruoso.
Tudo áspero e bruto, o chamado para o ritual começa com Spell of the Eternal Serpent que logo cede espaço para Electric Eye. Para fãs de Autopsy, não tem como não sentir a influência direta aqui na queda de velocidade, que se incorpora em um som extremamente violento.
Claro que estamos sentindo falta de um dos pais da porra toda. Então, Nemesis vem com algo de Death na sua primeira obra (no caso, "Scream Bloody Gore"). Por isso, os riffs são simples e energéticos, daquela forma que gruda na memória e você não esquece depois da audição. Pensa bem: quantos álbuns hoje podemos dizer isso? A mesma impressão imersiva eu tive com Crucifixion Shrine.
 
Abusando também de passagens do Doom em outras arrastadas Land of Rot and Misfortune e a faixa título, aqui quero destacar os vocais de Andrew Haddad, que não tem nenhum receio de usar passagens que vão de um ódio puro na linha Kam Lee até o famigerado (e por mim, adorado) "Ugh!". E claro, eles usam e abusam de passagens do pedal HM-2. Ah, isso é tão oitentista? Não, meu amigo, isso é puro Metal da Morte! Por isso, o Serpent Corpse já é uma das minhas bandas favoritas!
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TRACKLIST: 
1) Spell of the Eternal Serpent
2) Electric Eye
3) Nemesis
4) Let the Rats Feed
5) Land of Rot and Misfortune
6) Crucifixion Shrine
7) Swallowed Whole by the Abyss
8) Dreams of Crows
9) Blood Sabbath
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FORMAÇÃO:
Andrew Haddad - vocais;
Adam Breault - guitarra;
Chris Lacroix - guitarra.