Resenha #429: "Midnight Conjuring" (2023) - Goaten

Salve Headbangers! Na resenha que fiz do Orthostat eu citei que além daquele álbum teriam outros dois que eu tinha muita expectativa para ouvir e logicamente dois eram de metal extremo, mas o terceiro era a contramão disso, o heavy metal/hard rock do grande Goaten, uma banda que foi amor a primeira audição e se você for olhar no nosso canal do Youtube irá encontrar uma entrevista feita com eles antes da pandemia e lá já ficava a pergunta de quando viria o full álbum e agora sim, temos "Midnight Conjuring" e claro, expectativas nem sempre são sentimentos bons, mas aqui a espera nos recompensa com um trabalho que veio fazer a alegria de fãs da Goaten (me incluo neles), mas principalmente, faz o trio ganhar seu espaço mais que merecido, vamos ao álbum então.

Para iniciar, que escolha feliz, Witche’s Serenade é puro suco de Goaten, os vocais de Francis Lima são carismáticos demais e eles sabem como poucos colocar aquela técnica do heavy metal, méritos para os excelentes Rafael Marco e Daniel Limas, mas ao mesmo tempo temos aquele refrão grudento do hard rock. Tal Afirmativa se confirma em Phantom Chaser, uma velha conhecida nossa, pois ela já era um single que anunciava a chegada da conjuração da meia noite e ela nos reserva uma surpresa no final que confesso, eu curti demais!

Pride or Dust roubou, no meu gosto pessoal, a vaga de Soul Decay como minha favorita da banda, aqui quero destacar o ótimo trabalho de guitarra fazendo jus à escola do hard rock, de sempre revelar grandes nomes no instrumento e não é nenhum exagero em dizer que esse trabalho permite isso.
A Goaten consegue unir o melhor do hard com heavy, assim como se fazia nos gloriosos anos oitenta e por isso que Until I Come Again e Bells fazem isso muito bem e outro mérito deles foi fazer eu gostar de uma power balada, algo raro, mas não tem como não curtir When Midnight Comes.
A trinca final do trabalho vem chegando com outra velha conhecida nossa, a sensacional Finally Free, e fazendo um contra ponto, Metal Blade é uma novidade em vários aspectos, pois a música vai para o caminho do thrash metal, algo mais ríspido, com destaque aqui para os vocais que conseguem mostrar mais essa faceta da voz e encerrando tudo, a majestosa The Thing at the Camp que comprovam duas coisas, a primeira que é a forma como o power trio consegue fazer música complexa sem perder seu brilho e a segunda que é como é bom ser fã de uma banda de qualidade e que representa nosso underground, Goaten é gigantesca!

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TRACKLIST:
1) Witche’s Serenade
2) Phantom Chaser
3) Pride or Dust
4) Until I Come Again
5) Bells
6) When Midnight Comes
7) Finally Free
8) Metal Blade
9) The Thing at the Camp

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FORMAÇÃO:

Francis Lima - vocal e baixo;
Daniel Limas - guitarra;
Rafah Marco - bateria.