A LAC, antiga Lacerated and Carbonized, a cada trabalho vem afinando sua sonoridade, mostrando para os bangers do mundo todo a essência do death metal brasileiro banhado na agressividade que nos rodeia e nos desperta uma ira que é despejada em forma de música, e essas características, além da história da banda, são temas dessa entrevista exclusiva.
1) Salve LAC! É uma grande honra para nós ter vocês aqui no site do Underground Extremo e para começar gostaria de saber como foram os primórdios da banda, inicialmente era um projeto paralelo ligado a músicos do Mourning Hall certo? E a proposta em si já era voltada para o death metal?
R: Salve, a honra é nossa em poder participar dessa entrevista. Exato, na verdade era uma banda e o LAC em si era um projeto nas horas vagas, no fim virou uma banda. O M Hall era mais voltado para o Thrash Metal.
________________________
2) Algo que sempre me chamou a atenção no LAC são as formas como vocês conseguem fazer death/thrash metal, mas apresentam uma visão de realidade e crítica no seu som que os diferenciam dos clichês do estilo, o quanto o cenário de violência urbana contribuiu para chegar nessa forma de compor?
R: Salve, a honra é nossa em poder participar dessa entrevista. Exato, na verdade era uma banda e o LAC em si era um projeto nas horas vagas, no fim virou uma banda. O M Hall era mais voltado para o Thrash Metal.
________________________
2) Algo que sempre me chamou a atenção no LAC são as formas como vocês conseguem fazer death/thrash metal, mas apresentam uma visão de realidade e crítica no seu som que os diferenciam dos clichês do estilo, o quanto o cenário de violência urbana contribuiu para chegar nessa forma de compor?
R: Surgiu de forma natural, eu sou nascido e criado em Bangu/RJ, onde tem os presídios de segurança máxima, milícia, tiroteio em comunidades e etc., então abordar o tema citado foi de forma simples.
_____________________
3) Fazendo agora uma passagem pela discografia, o que consegue nos dizer de "Homicidal Rapture" (2011), eu lembro que a primeira vez que ouvi fiquei impressionado com a fórmula que vocês apresentaram ali, com algo mais grind até no som. Foi nesse álbum que vocês fizeram uma turnê pela América do Sul, estou certo?
_____________________
3) Fazendo agora uma passagem pela discografia, o que consegue nos dizer de "Homicidal Rapture" (2011), eu lembro que a primeira vez que ouvi fiquei impressionado com a fórmula que vocês apresentaram ali, com algo mais grind até no som. Foi nesse álbum que vocês fizeram uma turnê pela América do Sul, estou certo?
R: Parece que foi ontem que eu saia da faculdade e ia para os ensaios compor esse disco. Sim, nossa pegada era mais reta e tínhamos uma pegada mais voltada para o Grind. Esse disco nos possibilitou excursionar pela primeira vez para a Colômbia, Equador, Peru e Bolívia , nos dando bagagem para os demais álbuns.
_____________________
4) "The Core of Disruption" (2013) e "Narcohell" (2016) tiveram a produção de Andy Classen. Como foi trabalhar com um produtor tão gabaritado e o que ele trouxe para a sonoridade do LAC?
R: Me lembro de quando ouvi a primeira música que o Andy nos enviou, cheguei para os caras e disse: - "Parece banda profissional" e confesso que ficamos muito empolgados. Quando gravamos o "Narcohell", sabíamos que teríamos um material de qualidade para apresentar as pessoas. Essa fusão com o Andy foi de forma simples e muito tranquila, o cara fez total diferença na produção.
________________________
5) Eu assisti a LAC no OTA esse ano e claro, um dos sons mais festejados e cantados por todos ali foi Hell de Janeiro. Quais são as diferenças de compor em inglês e português e vocês, assim como o Claustrofobia, já cogitam lançar um álbum todo em português?
R: Esse show no OTA foi muito marcante para a banda. Eu sempre parto do princípio que ninguém conhece o LAC, e ter visto a galera cantando, agitando e curtindo, foi sem palavras. A nível de curiosidade, o tema Hell de Janeiro seria em inglês, mas como faltava 1 semana para as gravações do disco, eu fiz a letra em português para ela não ficar fora do disco, no fim, deu tudo certo.
4) "The Core of Disruption" (2013) e "Narcohell" (2016) tiveram a produção de Andy Classen. Como foi trabalhar com um produtor tão gabaritado e o que ele trouxe para a sonoridade do LAC?
R: Me lembro de quando ouvi a primeira música que o Andy nos enviou, cheguei para os caras e disse: - "Parece banda profissional" e confesso que ficamos muito empolgados. Quando gravamos o "Narcohell", sabíamos que teríamos um material de qualidade para apresentar as pessoas. Essa fusão com o Andy foi de forma simples e muito tranquila, o cara fez total diferença na produção.
________________________
5) Eu assisti a LAC no OTA esse ano e claro, um dos sons mais festejados e cantados por todos ali foi Hell de Janeiro. Quais são as diferenças de compor em inglês e português e vocês, assim como o Claustrofobia, já cogitam lançar um álbum todo em português?
R: Esse show no OTA foi muito marcante para a banda. Eu sempre parto do princípio que ninguém conhece o LAC, e ter visto a galera cantando, agitando e curtindo, foi sem palavras. A nível de curiosidade, o tema Hell de Janeiro seria em inglês, mas como faltava 1 semana para as gravações do disco, eu fiz a letra em português para ela não ficar fora do disco, no fim, deu tudo certo.
_______________________
6) O ano de 2022 foi muito tumultuado para o LAC com a saída de três membros da formação, como foi a superação dessa fase e o quanto desse momento interfere no quatro trabalho "Limbo" (2023)?
R: É inegável que a banda passou por uma grande transformação, novos músicos, novas mentes e influências, mas buscamos manter a essência do LAC. Nos adaptamos a novos processos, novas relações, focamos no que estava por vir e fomos atrás. Já estamos compondo o quinto álbum de inéditas.
______________________
7) "Limbo" (2023) foi lançado por meio de financiamento coletivo. Acreditam que essa será a fórmula que as bandas do underground terão que recorrer para fugir do esquema de plataformas de músicas e gravadoras? E aproveitando, poderiam nos contar quais são os pontos principais que, na visão de vocês, uma banda tem que seguir para atingir um patamar maior dentro da cena?
R: Nosso financiamento coletivo foi um sucesso, mas ainda não pensamos se iremos fazer isso nos próximos trabalhos, também não podemos dizer que esta é a fórmula, porque se existisse fórmula todo mundo estaria fazendo sucesso. Os pontos principais para atingir um patamar maior dentro da cena, na nossa visão, é a constância, persistência no trabalho e honestidade com a música.
___________________
8) A mudança para o nome LAC foi apenas para funções de ficar mais fácil mesmo para divulgar a banda ou tem alguma relação com mudanças de temáticas e de formação da banda?Pois notei que os aspectos grind ficaram mais em segundo plano em trabalhos como "Limbo".
R: LAC é muito mais simples de alguém lembrar e nos procurar nas plataformas ou redes sociais, muita gente tentava nos achar e não lembrava o nome da banda. O "Limbo" realmente tem aspectos diferentes dos outros trabalhos, não nos importamos em colocar tantos grinds, procuramos dar uma atmosfera mais obscura que retrata a mensagem que o disco passa.
6) O ano de 2022 foi muito tumultuado para o LAC com a saída de três membros da formação, como foi a superação dessa fase e o quanto desse momento interfere no quatro trabalho "Limbo" (2023)?
R: É inegável que a banda passou por uma grande transformação, novos músicos, novas mentes e influências, mas buscamos manter a essência do LAC. Nos adaptamos a novos processos, novas relações, focamos no que estava por vir e fomos atrás. Já estamos compondo o quinto álbum de inéditas.
______________________
7) "Limbo" (2023) foi lançado por meio de financiamento coletivo. Acreditam que essa será a fórmula que as bandas do underground terão que recorrer para fugir do esquema de plataformas de músicas e gravadoras? E aproveitando, poderiam nos contar quais são os pontos principais que, na visão de vocês, uma banda tem que seguir para atingir um patamar maior dentro da cena?
R: Nosso financiamento coletivo foi um sucesso, mas ainda não pensamos se iremos fazer isso nos próximos trabalhos, também não podemos dizer que esta é a fórmula, porque se existisse fórmula todo mundo estaria fazendo sucesso. Os pontos principais para atingir um patamar maior dentro da cena, na nossa visão, é a constância, persistência no trabalho e honestidade com a música.
___________________
8) A mudança para o nome LAC foi apenas para funções de ficar mais fácil mesmo para divulgar a banda ou tem alguma relação com mudanças de temáticas e de formação da banda?Pois notei que os aspectos grind ficaram mais em segundo plano em trabalhos como "Limbo".
R: LAC é muito mais simples de alguém lembrar e nos procurar nas plataformas ou redes sociais, muita gente tentava nos achar e não lembrava o nome da banda. O "Limbo" realmente tem aspectos diferentes dos outros trabalhos, não nos importamos em colocar tantos grinds, procuramos dar uma atmosfera mais obscura que retrata a mensagem que o disco passa.
___________________
9) Obrigado pela entrevista! Ficamos muito honrados e agradecidos pelo trabalho que fazem em levar o nome da cena do nosso metal mundo afora, o espaço é de vocês para deixar um recado para nossos leitores:
R: Gostaríamos de agradecer o carinho dos fãs de todos os lugares que passamos e principalmente a todos que apoiaram o financiamento coletivo. Também queríamos anunciar que este ano vamos lançar um bônus track remixado do "Limbo" com um playthrought da banda.
9) Obrigado pela entrevista! Ficamos muito honrados e agradecidos pelo trabalho que fazem em levar o nome da cena do nosso metal mundo afora, o espaço é de vocês para deixar um recado para nossos leitores:
R: Gostaríamos de agradecer o carinho dos fãs de todos os lugares que passamos e principalmente a todos que apoiaram o financiamento coletivo. Também queríamos anunciar que este ano vamos lançar um bônus track remixado do "Limbo" com um playthrought da banda.