Salve Headbangers! Hoje existe uma cena de RABM dentro do nosso underground, porém não podemos deixar de reforçar que existe ainda um grande abismo entre as bandas de metal extremo que se posicionam contra o fascismo daquelas que não tem a menor vergonha de expor suas ideias tortas e bandas como essas devem ser limadas do nosso cenário.
Um dos maiores representantes dessa luta é o Hereticae. Formada no ano de 2015 em Londrina no Paraná o guitarra e vocalista, Dalton Santana, une forças com o baixista Cristiano Obuti, e nesse álbum temos Cleverson W. França nas guitarras e Francisco Vitor na bateria. Interessante notar que o Hereticae começa sua trajetória musical como uma banda de Black metal sendo bem fiel aos clichês do estilo, mas foi nesse debut que eles encontraram sua personalidade e por isso, eu acredito que ele merece o rótulo de clássico!
A chegada do homem branco no território americano e todas as chagas que esse contato vai trazer para os povos originários, acredito que essa é a mensagem que o nome e a capa do trabalho querem trazer e isso se reforça com a abertura 1492, uma intro que nos mostra a tranquilidade de uma tempestade que está por vir.
E ela vem com Ondas Negras, a sonoridade do black metal foi atingida aqui dando uma atmosfera de climax, eu sinto esse som com um ar de desolação, de mágoa e ódio que vem ainda mais massivo em Antipatria que possui um dos momento mais épicos do trabalho. A Ferro e Fogo tem uma ar meio doom metal sendo um som que tem atmosfera densa e faz um contra ponto com um verdadeiro hino, A cruz e a Águia, uma marcha contra os exploradores.
Não Servirá mostra aquilo que eu digo há tempos aqui que o Black metal brasileiro é uma escola! Observe as mudanças de andamento e como quando o som pede temos um dos momentos mais extremos.
A chegada do homem branco no território americano e todas as chagas que esse contato vai trazer para os povos originários, acredito que essa é a mensagem que o nome e a capa do trabalho querem trazer e isso se reforça com a abertura 1492, uma intro que nos mostra a tranquilidade de uma tempestade que está por vir.
E ela vem com Ondas Negras, a sonoridade do black metal foi atingida aqui dando uma atmosfera de climax, eu sinto esse som com um ar de desolação, de mágoa e ódio que vem ainda mais massivo em Antipatria que possui um dos momento mais épicos do trabalho. A Ferro e Fogo tem uma ar meio doom metal sendo um som que tem atmosfera densa e faz um contra ponto com um verdadeiro hino, A cruz e a Águia, uma marcha contra os exploradores.
Não Servirá mostra aquilo que eu digo há tempos aqui que o Black metal brasileiro é uma escola! Observe as mudanças de andamento e como quando o som pede temos um dos momentos mais extremos.
Os dois últimos sons são, na verdade, leituras históricas daquelas composições que você observa que teve todo um cuidado especial em compor a temática com fontes históricas e um conhecimento do que está sendo dito, por isso a melhor abertura para Tupamara é: "A historia da América Latina é escrita com sangue". A injustiça e o desalento marcam a sensação da faixa título, um ode aos que caíram, um tributo aos heróis da resistência.
Não posso fechar essa resenha sem apontar o brilhante trabalho gráfico, com a capa de Danilo Augusto pintada em aquarela, em suma uma linda capa para um belíssimo trabalho!
Não posso fechar essa resenha sem apontar o brilhante trabalho gráfico, com a capa de Danilo Augusto pintada em aquarela, em suma uma linda capa para um belíssimo trabalho!
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TRACKLIST:
1) 1492
2) Ondas Negras
3) Antipatria
4) A Ferro e Fogo
5) A Cruz e a Águia
6) Não Servirá!
7) Estrelas e Constelações
8) Tupamara
9) Ecos do Atlântico
2) Ondas Negras
3) Antipatria
4) A Ferro e Fogo
5) A Cruz e a Águia
6) Não Servirá!
7) Estrelas e Constelações
8) Tupamara
9) Ecos do Atlântico
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FORMAÇÃO:
Cristiano Obuti - baixo;
Dalton Santana - guitarras e vocais;
Cleverson W. França - guitarras;
Francisco Vitor - bateria.
Cristiano Obuti - baixo;
Dalton Santana - guitarras e vocais;
Cleverson W. França - guitarras;
Francisco Vitor - bateria.