Resenha #360: "Nostalgia" (2023) - Enforcer

Não consigo pensar nome melhor para esse que é o sexto álbum dos Suecos do Enforcer, pois eles vêm levantando a chama desse retorno do metal tradicional ao mesmo tempo que já se cadastram naquele leque de bandas que até o momento não decepcionam, logicamente que eles bebem das melhores fórmulas para chegar nesse resultado.
"Nostalgia" entrega exatamente isso, um mix entre o heavy metal e o hard rock dos anos 80 com uma produção atual, algo como uma fusão do Saxon com Ufo, então as guitarras gêmeas estão ali, o vocal poderoso e aquela linha de melodias que ficam na nossa memória o tempo todo e agora um acento maior nas baladas e veja, eu geralmente seria a última pessoa a elogiar uma balada, mas o Enforcer consegue fazer algo raro, som meio balada sem ser piegas, confira Heartbeats e a faixa título que são as melhores definições desse cenário.
Se o álbum "Zenith" (2019) mostra a banda experimentando outros horizontes, "Nostalgia" mostra que eles sabem manter esse equilíbrio entre novas rotas e aquilo que os fãs esperam, então Coming Alive, Kiss of Death e When The Thunder Roar (Cross Fire) estão ali pela glória do aço ao mesmo tempo que Keep The Flame Alive tem algo da fase do Kiss, digamos, mais dançante, algo que a gente não esperava encontrar no seu debut "Into the Night" (2008).

Olof Wikstrand sabe bem o que os fãs esperam do nome Enforcer, por isso que Demon é rápida e mortal, White Lights in The USA é aquele som pra cantar o refrão com os pulsos erguidos e logicamente, não posso deixar de citar a homenagem que eles fazem para o Metal da América Latina, Metal Supremacía é toda cantada em espanhol e aí quando você percebe, seus pulsos já estão no ar e encerro essa resenha dizendo:
"Somos la resistencia!
Es la esencia
Supremacia
Heavy metal
Es leyenda
Eterna"
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TRACKLIST:
1) Armageddon
2) Unshackle Me
3) Coming Alive
4) Heartbeats
5) Demon
6) Kiss of Death
7) Nostalgia
8) No Tomorrow
9) At the End of the Rainbow
10) Metal Supremacía
11) White Lights in the USA
12) Keep the Flame Alive
13) When the Thunder Roars (Cross Fire)
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FORMAÇÃO:
Olof Wikstrand - vocal e guitarra;
Jonas Wikstrand - bateria, piano e teclado;
Jonathan Nordwall - guitarra;
Garth Condit - baixo.