Cobertura de Eventos #49: "Extremo Sul III" (Opinião: Porto Alegre/RS - 10/03/24)

Confesso para vocês que eu não estava no clima (perda do Rafael Lavandoski me pesa muito, perda da minha cachorrinha mais velha e a do baixista da Steel Grinder, vi meus amigos sofrendo a perda!)... Mas vamos lá, sobre o rolê.
De cara, eu cheguei e me animei com a Pacta Corvina mandando um som de verdadeira responsabilidade e com o palco cheio de fotos da melhor sniper da história (Lyudmila Pavlichenko)! Me identifiquei com a ideologia da banda e verdadeiramente curti o Black Metal deles, com uma mulher na bateria, adoro a presença feminina no metal! Um som por hora rápido e violento, por horas mais arrastado e com umas viradas de velocidade que eu curto muito!
Foto por Maurício CB
A Rotten Filth vinda de Cachoeira do Sul/RS, faz um thrash/death metal com influências de hardcore, subiu ao palco e mandou seus sons logo em seguida. Tocam muito e tem mais de uma década de underground!
Foto por Divulgação Facebook
Após Rotten Filth, a Harmony Falth já chegou vomitando sangue no palco! Foi excelente, o show dos caras, muito bom e o público 'moshou' com vontade! Estão lançando novo CD que mantém o goregrind que sabem fazer. Me agrada muito por tocarem de forma áspera e regurgitarem uma podreira linda de se ver no palco, mandando sons que devoram vísceras e invocam o agito do público sempre.
Foto por Metal com Batata
Depois a Lacerated and Carbonized direto do Hell de Janeiro para o Hell Grande do Sul mandaram ver! Os caras tem uma baita presença de palco e executam um metal da morte foda (eu tinha expectativa nesse show porque ouvi a banda faz alguns anos, na formação passada e me impressionei com o baterista, um jovem que toca com ampla brutalidade, deve ser influência do Sandro Moreira, pois inclusive estão em turnê juntos , LAC e Rebaelliun).
Foto por Divulgação Facebook
Mas eu não sei porque eu fiquei com a impressão que a banda faz um metal 'mais moderno' do que eu esperava... Isso é uma consideração minha, apenas talvez por culpa de eu ouvir mais bandas na linha Old School Death Metal.
Nesse momento Flávio Leviaethan subiu no palco e homenageou Lohy, Penna e o baixista da Steel Grinder... Salva de palmas.
Subiu Rebaelliun, pediram desculpas por motivos de saúde não terem participado do fest ("16º Otacílio Rock Festival") no sábado .
Tocaram com a participação do Felipe (guitarra Exterminate e Dyingbreed) e foi foda pra caramba! O Rebaelliun está com uma excelente formação (guitarrista de 'responsa', vocal e baixista veio do Postmortem Inc) e sabem bem mandar um som.
Foto por Metal com Batata
Depois saí com minha CBX250 Twister (Méggy) e senti ela se falhando com um cheiro forte de gasolina, era a boia da cuba que tava trancada (encantada) e então dei uma paradinha, gentilmente chutei o carburador para 'desencantar' a boia e segui viagem! Amo motos carburadas e sua mecânica mais simples, não te deixam na mão! Morte a injeção eletrônica!
Achei o público fraco pelo porte do evento. De 'início', até o Harmony tinham umas 70 pessoas entre público e bandas... No final com o Rebaelliun contei uns 140.
Negativo também a baixa presença de público feminino no show, onde estamos falhando? A mulher não está sendo bem vinda e respeitada nos eventos de metal do RS?
Acho que para cada 20 caras, tinha 3 ou 4 moças...
(São detalhes que eu olho hoje em dia e faço uma introspecção)
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Cobertura feita e redigida por Maurício CB.