Resenha #373: "Sorceress" (2016) - Opeth

Salve Headbangers! Não sei se já aconteceu contigo de ter um álbum que você nutria um sentimento de total frustação, mas anos depois em revisitá-lo consegues observar vários elementos positivos. Pois bem, isso aconteceu comigo no exato momento que decidi revisitar a discografia do Opeth e quando cheguei em "Sorceress" estava pronto para anular, mas não é que observando o que veio posterior, esse álbum cresce, e cresce muito, fazendo total sentido!
"Sorceress" já começou com uma difícil missão que era ser o sucessor de "Pale Communion" onde a banda já mostrava que não tem limites para sua criatividade e se para isso eles precisariam se afastar do metal, tudo bem para eles e para nós fãs, bem, teríamos que nos acostumar.
Åkerfeldt é um dos melhores compositores da nossa época, Persephone é uma abertura muito bonita daquelas que já criam a atmosfera para Sorceress e aqui temos a atmosfera do rock progressivo à frente e aquele equilíbrio entre a melodia ora comovente, ora melancólicas. Ouça The Wilde Flowers, uma faixa que parece resgatada de algum álbum obscuro dos anos 70 e isso é um baita elogio.
Foi esse álbum que me fez ouvir com mais atenção King Crimson, é incrível como Opeth bebe dessa fonte sem ser piegas, ouça por exemplo, a ótima Will O The Wisp e acredito que as vezes o death metal volta a rondar o que o Opeth tem no seu leque musical, por isso que Chrysalis está aqui.
Como falei acima, o leque musical é assim como a calda do pavão, da capa se expande de forma mágica e colorida, por isso que Sorceress 2 vem com uma escala de blues magnânima e uma escala da música oriental está em A Fleeting Glance, e por fim, uma das passagens mais técnicas e que reforçam o caminho de "Pale Comunion", a faixa Era.
Mudanças nunca foram um problema para o Opeth e "Sorceress" é uma das suas facetas que hoje me soma muito melhor.
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TRACKLIST:
1) Persephone
2) Sorceress
3) The Wilde Flowers
4) Will o the Wisp
5) Chrysalis
6) Sorceress 2 
7) The Seventh Sojourn
8) Strange Brew
9) A Fleeting Glance
10) Era
11) Persephone (Slight Return)
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FORMAÇÃO:
Mikael Åkerfeldt - vocais, guitarras;
Martín Méndez - baixo;
Martin Axenrot - bateria;
Fredrik Åkesson - guitarras;
Joakim Svalberg - teclado, piano, percussão, backing vocals.