Terror Underground #57: "A Casa Que Jack Construiu" (2018)

Salve Headbangers e fãs do terror podreira e desgraçado! Muito se fala em separar o artista da obra e fato é que dentro do cinema temos muitos e muitos casos problemáticos, mas entre eles não podemos negar que Lars Von Trier é um baita 'FDP', e equivalente a isso, um grande diretor "Dogville" e "Melancolia" não me deixa mentir.
Pois bem, sabendo disso eu fui assistir "A Casa Que Jack Construiu" e depois fui rever o filme para ver se mudava minha visão e ao final, chego ao veredito que vou anunciar findando esta minha análise.
Claro que as notícias que chegaram antes do filme foram fortes, afinal de contas foi esse o famigerado que fez o pessoal abandonar o festival de Cannes, mas sejamos sinceros, ele sempre deu indícios que é totalmente 'fora da casinha' e ele não conhece limites na sua obra, isso te agrade ou não.
Vamos a história! Jack interpretado por Matt Dillon em um papel que é puro deboche, onde ao longo de 12 anos ele vem cometendo crimes, surfando nas brechas da lei e ainda por cima sendo um serial killer extremamente metódico que usa essa violência como uma válvula de escape para tentar matar seus próprios demônios, e para o espectador, tome cenas de gore e violência com sentido, ou em muitas vezes outras só pelo choque, nada da escola "Terrifier" diga-se de passagem.
O fato do filme ser dividido em capítulos (os assassinatos no caso), deixa ele com uma cara de semi documentário e o final é de uma viagem artística que mostra a quase ilimitada visão do Lars Von Trier, assim como ele refletindo sua obra e quem sabe, o seu destino.
Ao final, "A Casa Que Jack Construiu" é chocante, inquietante e diz muito de quem assiste e de quem o dirigiu, como a arte deve ser!