Álbuns Marcantes #53: "Skyforger" (2009) - Amorphis

Salve Headbangers! Essa resenha é uma daquelas que eu faço sem ter quer ouvir o álbum, pois tenho ele totalmente na minha memória, digo isso porque sem dúvida alguma esse foi um dos CD's que mais ouvi da vida e me fez ter o Amorphis como uma das minhas bandas favoritas fora do metal nas suas raias mais extremas.
O Amorphis é um grande camaleão musical, a cada trabalho eles acrescentam passagens e o mais importante, não perdem sua originalidade e aqui acredito que a banda chegou no seu ápice! Nessa formação tínhamos Esa Holopainen e Tomi Koivusaari nas guitarras, Niclas Etelävuori no baixo, Santeri Kallio nos teclados e Jan Rechberger na bateria e com o vocalista Tomi Joutsen, que já tinha mostrado um excelente trabalho no álbum "Eclipse" (2006) e ele consegue unir o melhor dos dois mundos, pois seu vocal nos remete ao folk metal, mas quando precisa usar os guturais, o moço manda muito bem.
Com uma capa simples, mas muito bonita e a produção assertiva de Mikko Karmila e Marco Hietala, faz desse um divisor de águas na carreira da banda, afirmo isso, pois vejo o "Skyforger" sendo o "Black Álbum" dos finlandeses, eles tiraram a agressividade (não totalmente, como veremos adiante), mas com isso conseguiram atingir um público muito maior, assim como o Metallica fez lá no passado.
Antes de mais nada, caso nunca tenha dado uma chance ao Amorphis, saiba que esse álbum é um reflexo de uma época, ou seja, hoje a banda não está mais nessa sonoridade ao mesmo tempo que não a deixa para trás, tanto é que temos muitas músicas desse registro ainda nos setlists.
Tendo como plano de fundo a mitologia da Finlândia, tema sempre muito bem explorado em seus trabalhos, "Skyforger" abre com Sampo, e aqui fica impossível não perceber uma veia meio Opeth no som com a sua veia progressiva e a medida que ele da um leve aceno para o passado da banda, onde temos uma pequena tendência para os primórdios do Amorphis, certeza essa que aflora de forma única em Majestic Beast.
Silver Bride foi escolhida para ser um dos singles de divulgação e ela tem aquela típica estrutura de música que vem em uma crescente e explode em um refrão bombástico e você pode dizer, mas isso é pop! Sim, sem dúvida, lembra aquela citação que fiz ao Metallica, então ela se justifica tanto aqui como na próxima faixa From The Heaven Of My Heart, outra que tem aquele apelo pop e se você for olhar os comentários no vídeo, irá ver que esse som foi um dos primeiros a apresentar a banda para um séquito de fãs e acho isso ruim? Logicamente que não, arte atinge as pessoas de formas distintas, eu curto o Amorphis podrão do começo, mas vejo muitos brilhantismos nessa fase, assim como o já citado Opeth e até mesmo o Alcest.
Sky is Mine e My Sun mantém a melodia com uma forte presença do teclado, e como se fosse para virar o Lado A para o Lado B temos Majestic Beast e From Earth I Rose, minha favorita da banda ao lado de Black Winter Day. A faixa título executa muito bem sua função de batizar um álbum tão marcante, a medida que Godlike Macinhe e Separated encerram esse ótimo registro de uma das bandas que faz parte do cast do Summer Breeze de 2024.
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TRACKLIST:
1) Sampo
2) Silver Bride
3) From the Heaven of My Heart
4) Sky Is Mine
5) Majestic Beast
6) My Sun
7) Highest Star
8) Skyforger
9) Course of Fate
10) From Earth I Rose
11) Godlike Machine
12) Separated
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FORMAÇÃO:
Tomi Koivusaari - guitarras;
Niclas Etelävuori - baixo e backing vocals;
Santeri Kallio - teclados; 
Jan Rechberger - bateria;
Tomi Joutsen - vocais;
Esa Holopainen - guitarras.