Terror Underground #55: "Halloween - Rob Zombie" (2007)

Salve Headbangers e fãs de filmes de terror! Se formos analisar todos os assassinos slashers da década de 80 e pensar qual deles teve uma filmografia mais sofrível, fica difícil algum se safar, de Crystal Lake ao Reino dos Sonhos, passando pelos cenobitas, a ânsia de lucrar se tornou mais importante que a narrativa e claro que Michael Myers não ficou de fora, e pior, além de tudo, ganhou linhas do tempo bagunçadas e versões, no mínimo, estranhas, até que surgiu uma ideia, e se o filme fosse feito por um fã de verdade da franquia será que daria certo?
Bem, na minha opinião não, mas vamos ver o que Rob Zombie fez com a saga "Halloween"! Pensamos assim, mestre Carpenter: abismo... Rob Zombie: abismo/penhasco... David Gordon Green: eu odeio esse filho da puta, mas enfim... (olha o que ele fez com "Exorcista"!)...
Agora voltando para o tema dessa resenha, lançado em 2007, a reencarnação do Mayers no cinema vai aproveitar algumas brechas deixadas no roteiro original de Carpenter e Debrah Hill, por isso acompanhamos a infância de Mayers e imagine a família mais disfuncional possível, isso tudo para tentar humanizar o pequeno futuro serial killer. Achei forçado e exagerado essa pegada, mal sabia eu que ia vim bem mais e uma bala de Halloween com gilete dentro para quem descobrir quem iria ser a mãe de Myers? Sim, Debrah Myers é interpretada por Sheri Moon Zombie, e quem já assistiu algum filme do diretor, sabe que a mulher dele está longe de ser uma boa atriz!...
Aqui a narrativa tenta dar uma razão para o mau que Mayers representa, o que eu acho péssimo porque fica evidente na obra original que ele é assim e sempre foi a encarnação do mau. É feita uma metáfora com o uso de máscaras, até mesmo o jovem Michael usando camisas do Kiss. Outro ponto é o doutor Lommis que aqui não tem o carisma de um Donald Pleasance, aqui ele soa meio picareta, meio caricatura e esse é outro ponto que não gostei nenhum pouco.
Mas claro,  a obra de Zoombie tem seus pontos fortes e não poderia ser outro, o gore desde a fase infantil até o momento da transição para a vida adulta, Mayers é um arauto da morte e quando ele tem que ser cruel ele é, não importa se você mostrou piedade a ele em algum momento, e isso é um destaque que se manteve na obra e nisso Robie Zoombie soube manter o legado e colocar sua visão, pena que no segundo filme ele viajou demais nos tóxicos, mas isso é assunto para outro texto!
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