Resenha #308: "Bastardos da Noite" (2022) - Thrashera

    Salve Headbangers! A união entre o Thrash Metal, o álcool e a agressão formam o trinômio perfeito que você encontra na sonoridade do Thrashera e honrado grandes nomes do estilo no Brasil como Taurus, Vulcano, Attômica, Anthares e o lendário Sarcófago, eles lançaram "Bastardos da Noite", um trabalho que reverencia a sonoridade antiga e ao mesmo tempo que coloca sua personalidade e ímpeto, criando assim mais um trabalho acima do nível, uma das grandes características da banda até aqui.


    Formada no ano de 2010 no 'Hell' de Janeiro tem uma discografia que passa por EP's, demos e trabalhos ao vivo até chegar no "For All Drunks 'n' Bitches" de 2014 que é um ode ao som maldito criado por Venom e Motörhead. A semente foi criada e uma declaração de guerra é feita em 2018 com "Morte Webbanger" e em 2020 o "Não Gosto!",  uma celebração do metal da velha escola que teve participação da irmandade metal Flageladör, VulcanoBeyond the Grave, entre outras.
    A sonoridade desse álbum foi o ápice da banda até aqui, quando temos "Bastardos da Noite" que nos entrega tudo que esperamos deles,  thrash metal sujo, na verdade, imundo, no melhor sentido do adjetivo! A velocidade é uma constante à medida que temos aquela atmosfera black speed rememorando um tempo onde não existiam tantos subgêneros ou era metal fudido, ou era poser, simples assim!
    Bastardos da Noite apresenta a filosofia do que é o Thrashera, eu curti a intro Distópica Marcha Bastarda, mas depois de ouvir a primeira vez pulei porque quero logo é desgraça sonora, mas esse manifesto precisa ser ouvido da mesma forma que temos um segmento falado em Partidário ao Metal que define bem o cenário que o Brasil está inserido, onde se compara políticos com figuras mitológicas para serem adorados.


    O Filho de Sete Cabeças é aquela que abre o armário de riffs e vai despejando todos na sua cara sem muita cerimônia e falando em riff, impossível não ficar com os de A Dona da Noite de Metal e Noite Obscena na memória por muito tempo e também serve de alerta o que é sensacional e não imagino outra banda além do Thrashera compondo ela.
    Desgraça e Terror poderia estar em um álbum do Flageladör enquanto A Viúva do Capeta vem com o reforço de David Sampaio do Beyond the Grave e o solo do final é perfeito e prepara o clima para Bandeira Negra que acredito que venha a se tornar aquela faixa obrigatória nos sets e eu tenho que resolver essa minha falha de caráter e assistir o Thrashera ao vivo e logicamente com estágio alcóolico elevado!

TRACKLIST:
1) Distópica Marcha Bastarda (Intro)
2) Bastardos da Noite 
3) O Filho de Sete Cabeças
4) Partidário ao Metal 
5) A Dona da Noite de Metal 
6) Desgraça e Terror!
7) Noite Obscena 
8) A Viúva do Capeta 
9) Bandeira Negra

FORMAÇÃO:
Surtur Impurus - bateria; 
Madcrusher - guitarras; 
Chakal - vocais;
Bode de Sade - guitarras e baixo;
Anras Vardamir - baixo.