Entrevista #50: "Dark Asylum"

Salve headbangers!
Trouxemos a vocês a entrevista de número 50 aqui no site, um marco importantíssimo para nós! Se considerar outros formatos de entrevista (vídeo, áudio, live) esse número aumenta ainda mais, assim como nosso orgulho em fazer acontecer dentro do underground! Sem mais delongas, fique com a entrevista com a Dark Asylum.

 
 
1) Existe um conceito por trás da proposta do Dark Asylum que defende que o metal é uma doença que infecta o ouvinte e a partir daí a vida dele muda! Quando surgiu esse conceito? E ele irá seguir com a banda ao longo dos seus próximos trabalhos?

R: Primeiramente eu gostaria de agradecer a oportunidade de prestar essa entrevista para o Underground Extremo, acredito que esse tipo de espaço é muito importante para o fortalecimento das bandas que batalham pra sobreviver no underground, então fica aqui meu agradecimento em nome da Dark Asylum.

Respondendo à pergunta, esse é um conceito que a banda carrega desde que foi formada, lá em 2003, o ouvinte de metal, depois de infectado, fica completamente obcecado e maluco pelo estilo, o papel do “Hospício Sombrio” é internar esses insanos para que possam viver esse amor pela insanidade tranquilamente junto conosco.

Eu, “The Axe Murderer” entrei na banda no começo desse ano, fazendo parte dessa formação completamente reformulada, o que posso dizer é que o conceito permanece inalterado e trabalharemos para internar mais malucos do metal.

 
2) Ainda falando do conceito da banda, gostaria de saber mais da mitologia por traz de Sickness, e o “Hospício Sombrio”...

R: O Sickness é peça chave dentro do conceito da banda, um semideus que toma conta do hospício, o criador da doença que causa a loucura do metal e eterno defensor dos “Underground Warriors”, uma tribo que foi infectada pelo metal e usa todas as suas forças para mantê-lo existindo.

 
3) A formação da banda é datada de 2003. Como foram esses primórdios da banda em relação a formação inicial e as dificuldades de se estabilizar um ‘line up’?

R: Eu não tive o privilégio de estar presente no começo de tudo, mas sei um pouco desse início. A meu ver a banda se estabilizou rapidamente, com uma formação que durou de 2004 até a pausa em 2008, obviamente que ocorreram algumas mudanças no início, o que é comum em várias bandas. O que importa é o fato de que nosso vocalista “Dark” encontrou naquele tempo os guerreiros certos para fazer o projeto acontecer e por isso a banda virou algo reconhecido até os dias de hoje, mesmo tendo acabado a tanto tempo.

 
4) Quando aparentemente a banda iria lançar seu EP de estreia, vocês encerraram as atividades. O que motivou essa quebra e o que levou ao retorno? E já emendando mais uma pergunta, qual a formação atual?

R: Pelas histórias que ouvi, era um grande desejo fazer esse lançamento, mas naquela época a banda estava sem um baterista fixo e não ter esse cara, acabava sendo um problema na hora de organizar a agenda, e um empecilho para que voos mais altos fossem alçados. A banda não queria lançar o trabalho sem ter a formação completa para a maratona de shows que viria em função do lançamento e resolveu segurar o mesmo, até que acabou se desfazendo depois de todos esgotados com a correria de ensaios malucos e a frustração de não ter encontrado o membro faltante.

Quando recebi o convite do nosso vocalista Aparício “Dark” Neto, para participar desse retorno da banda, descobri que havia o plano de lançar esses trabalhos guardados como forma de honrar o passado da banda e estruturar o nosso futuro. Hoje, estamos aqui para continuar a história e deixar um legado. Estou muito feliz em poder estar junto com meus irmãos de metal, Ângelo “Angel Of Death” Gobbi, que divide as guitarras comigo, João “Doomslayer” Xavier (contrabaixo), o mestre Aparício “Dark” Neto e também as pessoas que nos dão suporte no dia-a-dia, Daya “WishStar” Ambos e Daniel “Noisekiller” Rubiano.


5) “Deep In The Madness” agora foi lançado. Qual a sensação de finalmente poder disponibilizar esse trabalho para os ‘headbangers’ brasileiros?

R: O “Deep In The Madness” está disponível nas plataformas digitais e em mídia física. Foi a realização do sonho do “Dark”, eu me contagiei com a alegria dele e esperei junto, ansiosamente, o dia de mostrar o EP para todo mundo. Foi uma sensação única e um prazer enorme ver a repercussão entre o pessoal que acompanha a banda desde as antigas e os que estão conhecendo a Dark Asylum nessa nova fase.

 
 
 
6) O trabalho será lançado pelo selo True Metal Records. Sendo um ‘headbanger’ das antigas, como você vê o fato dos ‘streamings’ e mídias digitais acabarem sendo um dos maiores veículos de divulgação para bandas em comparação com as mídias físicas, como era em tempos remotos?

R: A meu ver, a grande diferença está na facilidade que as pessoas têm em acessar o conteúdo, o que é ótimo por um lado, você pode escutar qualquer música, onde quiser e quando quiser, em contrapartida, o grande desafio é conquistar a atenção do público, tendo que dividir espaço em uma estante virtual com diversas outras bandas excelentes. A gente lançou o “Deep In The Madness” em mídia física, pelo selo da True Metal Records e um trabalho de primeira com ilustrações do artista Günther “Mad Genious” Natusch, pois achamos que seria algo legal de ter na estante e para aqueles fãs que ainda sentem prazer em poder olhar o encarte e colecionar o CD.

 
7) O som da Dark tem elementos do ‘heavy’ metal tradicional e ao mesmo tempo é perceptível passagens do ‘thrash’, é claro que, para quem é músico, essas divisões acabam sendo meio que barreiras para a criatividade artística, mas se tivesse que definir o som de vocês para quem nunca ouviu a banda, qual seria a nomenclatura e que som indicaria? (Também para já fisgar o futuro fã!)

R: Na verdade, essas divisões nos ajudam de certa forma como referências para construção do nosso som, como disseste, a Dark Asylum segue uma mistura de heavy e thrash metal, eu diria que com vocais melódicos e agressivos, riffs de arrancar cabeças e levadas que não deixam ninguém parado. Deixo como indicação algumas bandas que influenciaram o nosso som: Slayer, Judas Priest, Nevermore, Hatebreed, Memento Mori, entre centenas de outras.
 
  
 
8) Obrigado pela entrevista! Estamos felizes com o retorno da banda, e em breve esperamos ver toda essa insanidade nos palcos. Gostaria de deixar algum recado para os leitores do site Underground Extremo? Fique a ‘la vonte’...

R: Agradeço novamente o espaço aqui no Underground Extremo e deixo o convite aos leitores para se internarem com a gente no hospício através da nossa página no Instagram (@darkasylumoffical), e o principal, ouçam a nossa música que está disponível em todas as plataformas digitais!

Obrigado!