Papo Underground #01: Lives - A Solução em Meio Ao Caos

 




O ano de 2019 estava já se despedindo, o cenário para 2020 era de muitos festivais fodas no Brasil e no mundo, eis que então...Em uma cidade no interior da China, surge um vírus, até então desconhecido, e aí o mundo passou a conhecer o coronavírus – SARS-CoV-2 - Covid19.

Como uma tempestade negra longínqua, a pandemia se alastrou pelo mundo em pouco mais de 3 meses tudo havia mudado: restrições, proibições, adiamentos, isolamento social, máscaras, lockdown... foram algumas palavras e ações que passaram a fazer parte do nosso cotidiano.

E para nós headbangers, metalheads, roqueiros, amantes dos festivais, a cada adiamento, que mais tarde muitos vieram a se transformarem em cancelamentos, era como se uma estaca fosse fincada em nosso peito, quantos shows fodas não vimos em 2020.

E meio a essa situação caótica, eis que surge uma saída: As lives, os shows e/ou festivais onlines que são disponibilizados nas plataformas de reprodução online. Bandas, produtores, selos, lojas, sites, distros e afins, se uniram para organizarem shows virtuais para o público que agora se encontrava em isolamento social, e o que poderíamos pensar em ser uma situação passageira já se alastra até os dias atuais.

Mas então, as lives tem sido uma saída e tanto para o público da música extrema, há mais de um ano sem um show presencial, sem os famosos encontros com a galera, sem aquele dolorido e energético mosh pit (pogo, roda punk...seja qual for a forma que você a conheça), o “ritual digladiante” feito pelos bangers em conjunto, é algo impossível no momento em que vivemos, o contato físico, a aglomeração, não são opções possível para nossa realidade.

Porém, as lives vieram para suprir a necessidade de entretenimento e também psicológica, pois mesmo sem toda aglomeração, agitação e encontros que temos nos festivais presenciais, a energia oriunda dos shows virtuais, as participações nos chats e a interação entre público e bandas/ produção, servem para cobrir um pouco a falta que nos faz, nos deparar colado na grade, acompanhando as músicas até ficar rouco, bebendo cerveja com galera e ficar cheio de hematomas e dores pelos próximos dias.

E por outro lado, existem as bandas, os produtores, profissionais envolvidos no mundo do entretenimento que viram nas lives uma saída financeira para esse momento difícil.

Nós bangers, devemos nos unir e conferir o máximo de lives que pudermos, assim ocuparemos nosso tempo ocioso em casa, e contribuímos para com os profissionais envolvidos nas lives, pois o momento é difícil para todos e compartilhamos de um só sentimento, pois estamos todos órfãos: de shows, festivais, da alegria em está com a turma.

As lives, no momento é o mais próximo que temos daquela realidade que tanto gostamos: festivais, shows, galera, mosh pit...

E aí perguntamos vocês estão acompanhando as lives?