Resenha #458: "Dæmonolatreia" (2020) - Antártica

Salve, Headbangers! Nesses dez anos que estamos trabalhando no Underground Extremo, sempre defendemos que a cena da América do Sul é um dos principais celeiros de bandas extremas, e falta para nós, bangers, buscar isso cada vez mais. Dito isso, nessa resenha, quero apresentar uma proeminente banda dos nossos irmãos da Argentina: o Antártica que inspira seu nome nas regiões geladas, e isso também vem das suas escolas sonoras, onde eles buscam o black metal norueguês e um pouco da melodia das escolas suecas para deixar seu som ainda mais marcante.
Canticum Funebris abre o trabalho como uma missa negra, algo que te prepara para o que está para começar. Meu destaque também para a belíssima capa do mesmo. Blast Beat Holocaust assume a bateria, os vocais e o baixo, enquanto Invierno Eterno assume os vocais, as guitarras e o baixo. E o ataque realmente se inicia com Cultus Infernalis, esse som é a cruz maldita de um Marduk com Immortal.
Porém, eles não teriam um destaque especial se fossem só um amontoado de clichês. Dito isso, note as doses de melancolia que vêm para agregar ao som, como em Towards the Insane Antártica e Eternal War Against God.
Pure Devotion é um dos melhores destaques vocais do álbum, assim como A Gift from Darkness, que explora uma linha mais próxima da segunda onda do black metal. Para fãs de Dissection, ela é uma ótima pedida. O trabalho se encerra com Desolatio, que cria exatamente essa impressão de perda absoluta e profunda escuridão. Um forte nome da cena do metal extremo argentino.
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TRACKLIST:
1) Canticum Funebris 
2) Cultus Infernalis
3) Towards the Insane Antártica
4) Thagirion (The Black Sun)
5) Eternal War Against God
6) Pure Devotion
7) A Gift from Darkness
8) Desolatio
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FORMAÇÃO:
Blast Beat Holocaust - bateria, vocais e baixo;
Invierno Eterno - vocais, guitarras e baixo.