Dentre os estilos dentro do Black metal, eu não sei porque existe muito mais vontade dos 'bangers' em passar pano para o NSBM do que valorizar o DSBM como forma artística extrema, eu considero essa forma a essência da música extrema de fato, não é para todos os públicos e ao mesmo tempo que consegue mostrar uma vertente longa de estilos dentro de um grande leque. E aproveitando que estamos em setembro, mês que existe uma 'preocupação' para a questão da depressão e suicídio, hoje apresento 13 doses de músicas densas que vão tocar sua alma e sarar suas feridas. Lembrando que aqui não se tratam de resenhas completas e sim, um pequeno ensaia que com o tempo, pretendo explorar mais a fundo tais obras.
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1. Xasthur – "Telepathic with the Deceased" (2004)
1. Xasthur – "Telepathic with the Deceased" (2004)
Xasthur sempre foi um projeto muito diferente dentro do black metal e aqui nesse álbum temos o ápice da melancolia e um dos pilares do que entendemos por DSBM na atualidade. Os vocais de Malefic são profundos e expressam muita emoção, os teclados roubam a frente muitas vezes causando essa sensação. Destaques para Slaughtered Useless Beings in a Nihilistic Dream, Cursed Revelations e Murdered Echoes of the Mind.
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2. Leviathan – "The Tenth Sub Level of Suicide" (2003)
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2. Leviathan – "The Tenth Sub Level of Suicide" (2003)
Para qualquer fã que mergulhe nesse mar negro do DSBM, irá indiretamente passar pela obra do Leviathan que nesse primeiro registro nos entrega o ápice do DSBM e eu digo mais, esse é um dos melhores trabalhos do USBM. Mostrando um dos outros lados da dor, a raiva, temos Fucking Your Ghost In Chains of Ice, onde Wrest mostra ser um vocalista muito versátil indo de uivos desesperados a partes mais melancólicas, uma referência total para os meus queridos do Lamúria Abissal.
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3. Shining – "V – Halmstad" (2007)
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3. Shining – "V – Halmstad" (2007)
Não querendo polemizar, mas esse é, na minha opinião, o melhor álbum do Shining onde o equilíbrio entre as partes melancólicas se encontram com algo que consegue sugar toda e qualquer arredio de esperança que sua essência um dia apresentou. Trata-se de uma álbum que eu nunca resenhei por acreditar que eu não tenha nada para dizer além do que já foi dito dessa obra prima.
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4. Silencer – "Death – Pierce Me" (2001)
4. Silencer – "Death – Pierce Me" (2001)
Nattramn! Seu nome causa arrepios e são muitas as lendas acerca de tudo que sua infame presença foi ao mundo, negatividade, obscuridade e dor. A bateria sendo a frente, massacrando o tempo, os vocais representam a loucura e o medo de encarar o reflexo do espelho, a vontade de não estar vivo que nos consome a cada dia aqui representada em forma de música doentia. Outro álbum que eu considero um pilar do metal extremo, assim como o próximo que vem nessa lista.
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5. Nocturnal Depression – "Soundtrack for a Suicide – Opus II" (2007)
Foi muito difícil escolher apenas um álbum do Nocturnal Depression para a minha lista, na verdade, eu poderia escolher qualquer um deles e colocar aqui, mas vamos de "Soundtrack for a Suicide – Opus II". Ele, acima de tudo, é um álbum bonito, assim como "Nostalgia (Fragments of a Broken Past)", Herr Suizid e Lord Lokhraed são ótimos compositores e poetas fazendo uma sonoridade que te passa a impressão do abraço frio da morte, a repetição de algumas passagens causam um clima hipnótico, isso implode em Anthem to Self-Destruction.
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6. Forgotten Tomb – "Springtime Depression" (2003)
Ouvindo atentamente a obra do Forgotten Tomb é perceptível que sua sonoridade iria apresentar mudanças e eu tenho um apreço por tudo que eles fazem, mas a fase mais DSBM me encanta mais. Esse trabalho é em si, um chamado para a reflexão das nossas dores e relações frente à vida, à sociedade e todo o vazio que isso nos apresenta. Scars é a melhor faixa que nos mostra isso, assim como Daylight Obsession.
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5. Nocturnal Depression – "Soundtrack for a Suicide – Opus II" (2007)
Foi muito difícil escolher apenas um álbum do Nocturnal Depression para a minha lista, na verdade, eu poderia escolher qualquer um deles e colocar aqui, mas vamos de "Soundtrack for a Suicide – Opus II". Ele, acima de tudo, é um álbum bonito, assim como "Nostalgia (Fragments of a Broken Past)", Herr Suizid e Lord Lokhraed são ótimos compositores e poetas fazendo uma sonoridade que te passa a impressão do abraço frio da morte, a repetição de algumas passagens causam um clima hipnótico, isso implode em Anthem to Self-Destruction.
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6. Forgotten Tomb – "Springtime Depression" (2003)
Ouvindo atentamente a obra do Forgotten Tomb é perceptível que sua sonoridade iria apresentar mudanças e eu tenho um apreço por tudo que eles fazem, mas a fase mais DSBM me encanta mais. Esse trabalho é em si, um chamado para a reflexão das nossas dores e relações frente à vida, à sociedade e todo o vazio que isso nos apresenta. Scars é a melhor faixa que nos mostra isso, assim como Daylight Obsession.
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7. Trist – "Zrcadlení Melancholie" (2009)
Sinto muito a falta do Trist, acredito que temos aqui um projeto que tem, na forma prematura, e tinha muito, mas muito para nos representar, mas antes de partir, nos deixou uma obra que é um guia de como o estilo tem que soar e sim, eu acredito que é uma obrigação ele ter algumas passagens como encontramos aqui e pensar que são apenas duas faixas... Zrcadlení Melancholie e Trnový Labyrint, original, forte e minimalista.
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8. Nyktalgia – "Nyktalgia" (2004)
7. Trist – "Zrcadlení Melancholie" (2009)
Sinto muito a falta do Trist, acredito que temos aqui um projeto que tem, na forma prematura, e tinha muito, mas muito para nos representar, mas antes de partir, nos deixou uma obra que é um guia de como o estilo tem que soar e sim, eu acredito que é uma obrigação ele ter algumas passagens como encontramos aqui e pensar que são apenas duas faixas... Zrcadlení Melancholie e Trnový Labyrint, original, forte e minimalista.
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8. Nyktalgia – "Nyktalgia" (2004)
Único ponto fraco desse álbum é sua capa, a ideia é ótima, mas a forma como foi feita ficou feia, mas passamos pano para isso, pois temos aqui um dos pioneiros na cena alemã. É impossível desassociar esse trabalho da primeira leva do black metal norueguês, só que tiramos aqui o satanismo e colocamos o desespero, como na faixa Lamento Larmoyant, que expressa isso.
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9. Make a Change... Kill Yourself – "II" (2007)
Desde a escolha do nome até a escolha estética, aqui tudo é muito direto. Não existe um porque, não existe uma razão, tudo é frio, tudo é escuro e tudo nos leva a entropia. A calmaria de Life Revisited nos da uma esperança que logo é destruída bem na nossa frente. Fooling The Weak faz o caminho inverso, já começando mergulhada em agressividade e naquele impulso geral antes do fim.
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10. Lifelover – "Konkurs" (2008)
Obviamente teríamos Lifelover nesse texto e fiquei na dúvida entre "Erotik" e "Konkurs", os dois são ótimos e merecem muito destaque, mas hoje vou falar do segundo, isso porque acredito que aqui teríamos o deslumbre da sonoridade que o Lifelover quis desde o princípio, ele não se trata de um álbum de apenas DSBM, ele foi fundindo estilos, criando uma quimera de desespero, beleza, dor e amargura.
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11. Happy Days – "Cause of Death: Life" (2012)
O que causa a morte? A vida... O Happy Days foi um dos primeiros nomes que eu conheci no DSBM e foi como se a música falasse comigo em todos os momentos e até hoje compactuo dessa união e entendo quem não curte a banda por suas letras, as vezes emotivas demais porém, é nesse álbum que todos começaram a perceber a grandiosidade da escrita lírica e das composições do Happy Days como a faixa que batiza a banda, além de Alone and Cold e claro, Abigail.
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12. Sterbend – "Dwelling Lifeless" (2006)
Poucos álbuns conseguem criar uma ambientação tão profunda como esse dos alemães do Sterbend. Eu consigo totalmente fazer a experiência imersiva de estar adentrando em uma floresta escura e no meio do desespero do ambiente claustrofóbico mesmo em se tratando de um lugar aberto onde a loucura nos leva a crer que a única saída é encontrada na capa do trabalho. Paths Through Fullmoon Forests te leva a isso, um caminho sem volta.
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13. Psychonaut 4 - "Neurasthenia" (2016)
O Psychonaut 4 é, na atualidade, a minha banda favorita de DSBM ao lado do Lamúria Abissal e, na dúvida de que álbum trazer aqui, eu pensei em "Neurasthenia". Sua capa é a coisa menos perturbadora que você vai encontrar, acredito que esse trabalho é uma evolução do "Dipsomania", pois o que temos aqui é uma coleção de hits, sim e é muito estranho eu afirmar isso tratando-se de DSBM, mas o que dizer de Death is a Form of Art, Sweet Decadence e Too Late to Call an Ambulance. Impecável, irretocável e prestes a lançar mais uma obra prima esse ano, esse é o Psychonaut 4.
10. Lifelover – "Konkurs" (2008)
Obviamente teríamos Lifelover nesse texto e fiquei na dúvida entre "Erotik" e "Konkurs", os dois são ótimos e merecem muito destaque, mas hoje vou falar do segundo, isso porque acredito que aqui teríamos o deslumbre da sonoridade que o Lifelover quis desde o princípio, ele não se trata de um álbum de apenas DSBM, ele foi fundindo estilos, criando uma quimera de desespero, beleza, dor e amargura.
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11. Happy Days – "Cause of Death: Life" (2012)
O que causa a morte? A vida... O Happy Days foi um dos primeiros nomes que eu conheci no DSBM e foi como se a música falasse comigo em todos os momentos e até hoje compactuo dessa união e entendo quem não curte a banda por suas letras, as vezes emotivas demais porém, é nesse álbum que todos começaram a perceber a grandiosidade da escrita lírica e das composições do Happy Days como a faixa que batiza a banda, além de Alone and Cold e claro, Abigail.
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12. Sterbend – "Dwelling Lifeless" (2006)
Poucos álbuns conseguem criar uma ambientação tão profunda como esse dos alemães do Sterbend. Eu consigo totalmente fazer a experiência imersiva de estar adentrando em uma floresta escura e no meio do desespero do ambiente claustrofóbico mesmo em se tratando de um lugar aberto onde a loucura nos leva a crer que a única saída é encontrada na capa do trabalho. Paths Through Fullmoon Forests te leva a isso, um caminho sem volta.
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13. Psychonaut 4 - "Neurasthenia" (2016)
O Psychonaut 4 é, na atualidade, a minha banda favorita de DSBM ao lado do Lamúria Abissal e, na dúvida de que álbum trazer aqui, eu pensei em "Neurasthenia". Sua capa é a coisa menos perturbadora que você vai encontrar, acredito que esse trabalho é uma evolução do "Dipsomania", pois o que temos aqui é uma coleção de hits, sim e é muito estranho eu afirmar isso tratando-se de DSBM, mas o que dizer de Death is a Form of Art, Sweet Decadence e Too Late to Call an Ambulance. Impecável, irretocável e prestes a lançar mais uma obra prima esse ano, esse é o Psychonaut 4.