Resenha #387: "Hybrid Power" (2023) - Kuazar

Salve Headbangers! Quem acompanha nosso site desde os seus primórdios, deve saber que o Kuazar é um dos nomes mais festejados por nós no que se refere ao metal feito pelos nossos vizinhos do Paraguai! E não é para menos, já que Josema Gonzalez (vocal e guitarra) aliado de Marcelo Saracho (baixo) e Ratty Gonzalez (bateria), chegaram no seu segundo registro e se "Wrath of God" (2009) era um belo cartão de visitas, podemos dizer que "Hybrid Power" chuta a porta na nossa cara e faz o nome Kuazar emergir (de maneira muito justa) a maiores status.

Contando com a produção e não só isso, como também com partes de bateria registradas pelo mestre Marcelo Moreira, você vai encontrar um som que para quem já é mais familiarizado com o Kuazar, tem uma produção mais moderna e um envolvimento maior das melodias, agora se você não conhece, te prepara porque o bate cabeça vem forte ao longo da audição.
Obscure & Violent é tudo aquilo que uma banda de thrash tem que ser, veloz e agressiva! Não tem espaço para intro ou barulho de ventos e sim um som ríspido do começo ao fim! Os vocais aqui estão um pouco mais gritados e guturais em outros pontos e que surpresa encontrar um refrão com uma melodia forte. Sabe aquela aura dos últimos álbuns do Machine Head, então é por aí!
A faixa título é um deleite, o seu riff inicial vem bem na cara, algo da escola do thrash metal americano e essa seria uma boa influência se ao longo do refrão não tivéssemos vocais mais guturais contrastando aqui. E falando em extremidade, Future Necropolis é de longe um dos meus sons favoritos do álbum e não por coincidência, uma das mais extremas.

O silêncio e o vazio que confronta nossas almas e como podemos enfrentar os nosso maior desafio que é a sensação de se sentir sozinho mesmo cercado por todos lados, a dualidade do mundo moderno onde clamamos por liberdade, mas somos aprisionados à rotina, esses são apenas alguns dos temas que Silence trata e o clipe dessa faixa é sensacional! Notei aqui o Kuazar explorando outras facetas do seu som, fãs de Disrtubed, por exemplo, irão notar.
Sem medo de ousar em nenhum momento, o Kuazar sabe o que seus fãs esperam e ao mesmo tempo não se limita a ser uma cópia. Com esse sentimento ouvimos a quase balada There For Me, fazendo um contra ponto com as furiosas The Sniper e Antagonist que poderia estar no primeiro álbum! E o trabalho fecha com a impactante Machete Che Pope e diria não só impactante como polêmica também, contando uma visão de um capítulo negro da história, a guerra do Paraguai e se quer saber o que fez esse som gerar uma repercussão da mídia, confira o texto que fiz para a nossa mídia irmã O Subsolo neste Link.
Esse trabalho do Kuazar me surpreendeu mostrando uma evolução que é algo natural e ao mesmo tempo que mergulha na sua identidade musical, e acredito que passou da hora deles serem uma realidade!

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 TRACKLIST:

1) Obscure & Violent
2) Hybrid Power
3) Future Necropolis
4) Silence
5) There for Me
6) The Sniper
7) Antagonist
8) Machete Che Pope (Acosta Ñu)
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FORMAÇÃO:
Marcelo Saracho - baixo;
Eduardo "Raty" Gonzalez - bateria;
José Gonzalez - vocais e guitarras.