Mundo Underground #59

    Salve Headbangers! Nossa coluna Mundo Underground indica bandas ao redor do mundo que independente do país do qual vieram, possuem em comum o metal extremo e o talento em suas composições, sendo assim vamos para as indicações.
 
 

1) "Revered Decadence" - Dagtum (Filipinas)
    Essa banda me desafiou a sair da minha zona de conforto e como esse trabalho deles trata-se do seu primeiro debut, acredito que ela não venha a ser muito conhecida, por isso trago aqui o seu experimental Death Metal que faz você viajar com uma levada meio psicodélica e aí, de repente, uma tempestade de riffs vem, criando e rompendo atmosferas só que essa impressão se dissipa com mais audições, onde você percebe que tudo aqui foi extremamente pensado e as partes mais brutas e instrumentais se fundem de uma maneira bem interessante. Se, assim como para mim, essa tendência te agrada, fica a indicação dos sons como Ad Infinitum e Ocean's Edge.


2) "Ascuns" - Daius (Romênia)
    Desafio nosso leitor a achar algo mais atmosférico e denso do que o Pagan Metal feito na Romênia, um país cheio de mística e essa mesma mística foi sabiamente transportada na sonoridade do Daius, mas como gosto de lembrar, esse site é de metal extremo, então a banda tem, e muito, extremismo em seu som criando o equilíbrio entre esses dois universos musicais. Só o projeto em si conta com alguns nomes conhecidos do Underground Romeno como o vocalista Daniel Neagoe, além de músicos com passagens pelo Descend Into Despair, o que é uma ótima referência.
    Então esteja preparado para um trabalho que vai unir passagens lindíssimas, ao mesmo tempo tristes, como Panopticon, com outras com bastante elementos folclóricos como em Daius, intimista e perturbador altamente recomendado.


3) "Blessings of Amurdad" - Dakhma (Suíça)
    Faltava um trabalho para o Dakhma atingir o mainstream, repare bem, eu falei faltava, pois aqui eles alcançam um nível muito acima dos trabalhos anteriores, as músicas estão extremamente densas e agressivas lembrando o que atualmente o Behemoth vem compondo, só que o Dakhma conseguiu dar a sua personalidade ao som. Em sua temática eles exploram zoroastrismo, até por isso da para perceber influências vindas do oriente médio com passagens de instrumentos acústicos desde a primeira faixa, a massacrante The Stench of the Wretched (Forsake Him!) e meu maior destaque, a desgraça sonora The Cry of Filth (Agerept).


4) "Liquid Darkness" - Calliophis (Alemanha)
    Seis músicas em uma hora de trabalho, então não preciso explicar que estamos a frente de uma formação de Death Doom metal, mas o mix de emoções que eles conseguem passar é excelente e tenho que dizer que as linhas de guitarra desse trabalho são das melhores que ouvi, esse ano tudo muito bonito e profundo. Fico imaginando essa banda dividindo o palco com o Jupiterian, pois elas tem em comum criar esse caos de extrema obscuridade. Destaque para todas, mas se quer começar vai na faixa título e em Fratricide.


5) "Ang Trahedya ng Dalisay at Ketungin" - Dalisay (Filipinas)
    Algo muito obscuro vem ocorrendo na cena Metal da Filipinas, essa é a única explicação para tantos nomes malditos virem desse pequeno país, nesse caso temos um trio formado pelo guitarrista e frontman Jorel Torres, o baixista Mark Gilbert Saguibo e o baterista Jux Mauricio.     Essa é a formação mais recente já que a banda passou por várias mudanças, mas importante é que a fidelidade ao Death Metal se manteve intacta. Faixas como Karnal mostram o diferencial do Dalisay, no meio de toda destruição sonora temos linhas de guitarras que remetem ao metal tradicional. Hamog por sua vez é uma viagem ao lado mais podre da humanidade, o som é sufocante e a produção ajuda a criar essa atmosfera. Recomendamos? Mas não tenha dúvidas!