Resenha #198: "Podridão" (2021) - Acidemia - Underground Extremo : Hellbangers

Salve Headbangers!
Todo aficionado por música tem apego naqueles sons que te levam para ambientes especiais e despertam em cada um um misto de sentimentos e emoções. Assim pode ser a pegada energética do Thrash, a raiva crescente do Death metal e também a atmosfera lisérgica do Stoner, e essa última é a que o "Podridão" nos entrega.

Névoas de Ácido abre o trabalho e a forma que essa música vem arrastada cria toda uma atmosfera que eu poderia dizer, sem problema algum, quase claustrofóbica! Os vocais têm aquele efeito meio largado de cantar, o que engana pensando que é fácil, mas pelo contrário, manter a afinação nesse padrão é um baita desafio, e as letras, pelo fato de ser em português, podemos sacar a mensagem de cara, o que é um outro ponto deveras positivo.

Talvez se o trabalho seguisse toda essa pegada mais arrastada correria o risco de me perder, mas Mórbido vem já resolvendo isso, logo na segunda música temos um belo riff na nossa cara e lá no meio da faixa ela desce até o submundo, de maneira sensacional.

Mostrando um ecletismo elogiável na arte de compor, Existência é quase espacial, e isso está presente também em Angústia que tem uns efeitos de ecos que se a banda não souber usar, fica piegas, porém o Acidemia soube dosar esses efeitos com qualidade ímpar.

Como baixista, não posso deixar de destacar os timbres e a pegada da faixa título e de Caximbo que é um som sufocante de tão pesado! Efeito oposto causado pela anterior, Arcturianos que abre mão do peso em alguns momentos para o puro felling.

Trabalhos como o "Podridão" carecem do ouvinte uma atenção especial, cada detalhe foi pensado para ser algo único então minha recomendação é que você ouça o álbum e se permita viajar, da forma que lhe seja melhor, pois a trilha sonora já está pronta!