Terror Underground #26: "A Cor Que Caiu do Espaço" (2019)

Salve Headbangers e fãs de filme de terror!
Quem poderia imaginar uma união entre as obras de H.P Lovecraft e seu mundo imagético de criaturas fundido às atuações porra louca do Nicolas Cage! Pois é, isso aconteceu e o que parecia a fórmula para o fracasso descamba para um ótimo filme de SciFi, com elementos de terror e vice versa, e o que poderá abrir as portas para um revival do Mestre inglês no cinema. Confira a seguir nossas opiniões de "A Cor que Caiu do Espaço".
 

Antes de mais nada, vale dizer um adendo! Para quem é conhecedor das obras do universo de Lovecraft sabe que ele trabalha muito com o intangível, por exemplo, "A Cor Que Caiu do Espaço" era uma cor nunca vista, então como trazer isso para o cinema? Eis que à qualquer diretor que venha a traçar esse caminho, já começa com esse problema para resolver, porém Richard Stanley se sai relativamente bem, já que pode construir, embasado nesse universo, bastando ao diretor saber ser criativo.

O conto foi lançado em 1927 e claro ele pede para você se despir um pouco do fato que Lovecraft era racista pra caralho, e o filme deixa isso de lado para apresentar o deus (Nicolas Cage) como um trabalhador fazendeiro que mora com sua esposa e três filhos. Tudo ia muito bem até que um meteorito risca o céu e uma cor púrpura começa a invadir a fazenda, e com ela uma carga de loucura e bizarrice.


Podemos dividir o filme em duas partes: a primeira hora, é bem Lovecraft onde o clima vai sendo construído; já na segunda parte, temos uma mistura de horror cósmico, 'body' horror (esse você não vai esquecer tão cedo) e muito 'gore'.

Cage deve tá devendo até a alma por isso, ele vinha fazendo tudo que é filme, e como sempre na sua história, ele acerta alguns e erra outros! Fica aqui nossa torcida para que se construa um universo de filmes, pois o horror cósmico merece ser conhecido pelas novas gerações e como já vimos esse fenômeno acontecer, o cinema reverbera na literatura! Que os demônios abissais nos atenda!
 
 
Revisado e editado por Carina Langa.