Mundo Underground #37

Salve Headbangers!

Visando sempre apoiar as bandas do nosso underground, o Mundo Underground agora vai começar a fazer mini resenhas de álbuns de bandas estrangeiras. A cada edição vamos dar a opinião de três registros, esperamos assim auxiliar na divulgação dos mesmos para os 'bangers' brasileiros.

1) Almach - "Battle of Tours"(2020)

Infelizmente aqui temos uma banda que não temos muitas informações sobre, isso porque eles são do Afeganistão e como é uma características de governos autoritários que encaram formas de arte como algo prejudicial, gera o bloqueio de expressões artísticas oriundas dessa região, enfim, nesse 'debut' temos seis sons de 'atmosferic black' metal com passagens mais épicas, e meu lado historiador, me força a contextualizar o que, tanto na capa como nos temas, a banda cita.

Abdul Rahman Al Ghafiqi tem uma levada atmosférica com um início marcial até desaguar em um 'black' metal épico. Na verdade, épico é um termo perfeito para esse trabalho, onde em alguns momentos a voz fica em segundo plano para criar esse aspecto, como em Sons of Umayya e Yarmm.

Sem dúvida é um trabalho que irá te remeter a um cenário de caos e destruição, que é, literalmente, uma realidade para os músicos do Almach.

2) Corprophemia - "Abhorrogenesis"(2016)

Excelente banda do Canadá que infelizmente está inativa. Esse aqui indicado é o seu último 'full', lançado no ano de 2016, e nesse mesmo ano a banda participou do 'split' "Quinte Essentials of Brutality" - Vol.1, ao lado de bandas como Urethal Injection, Gape e Cutt, todas elas merecem ser citadas aqui em futuras indicações do quadro.

Não se iluda com a breve calma de The Descent, pois logo somos convidados para o ritual que a capa apresenta, um verdadeiro sacrifício 'death' metal com elementos de 'deathcore'. Nesse lançamento estava debutando na banda o vocalista Matt Kelly que tem os trejeitos característicos do estilo urrado, mas ele ao contrário de muitos, sabe como impor sua voz com o instrumental associado.

O teclado em algumas passagens do trabalho tem uma certa evidência, mas nada que consiga ofuscar a desgraça sonora que Corprophemia executa. Confira também os sons Coalesce the Human Condition (que vem com um ótimo trabalho de bateria) e Divine Creation e a faixa título.

3) Immensity - "The Isolation Splendour"(2016)

Existe um leve engano em quem acredita que a cena grega se limita apenas ao 'black' metal do Rotting Christ, ou ao 'power hard' do Firewind. O país ao sul da Europa tem uma cena muito forte e hoje venho apresentar uma das minhas bandas favoritas de lá, o monstruoso Immensity.

Formada em 2009 por Andreas Kelekis, esse é o 'debut' dos caras que foi lançado em 2016 teve destaque naquele ano para fãs de My Dying Bride e Novembres Doom.

O esplendor do isolamento (olha que titulo atual!), apresenta cinco faixas inéditas e é o primeiro EP com bônus. Heartfelt Like Dying vai afundando em depressão com um uso correto dos vocais limpos e melancólicos que casam muito bem com toda atmosfera dos teclados. Atente também a energia de Irradiance (For The Unlight), que aos poucos vai em direção a algo mais sombrio, e também cabe destaque à faixa título que é a mais densa e pesada do trabalho, este que é coroado com uma belíssima capa! Um ótimo registro para quem gosta de música lenta feita para destruir dias felizes.