Resenha #146: "Opus Tenebrae" (2015) - Opus Tenebrae

Em Memória Do Verdadeiro Paganismo

Rotular uma banda em algum estilo pode ser, muitas vezes, um grande obstáculo, pois a arte é livre de amarras e mais envolta em sentimentos e acredito que estes sentimentos de pertencimento e respeito estão à tona quando falamos do Opus Tenebrae. Seu som pode ser visto como 'Black' Metal, com influências da cultura Celta, porém não se priva de ter influências do 'Doom', do 'Death' e do 'Folk' também.

Atualmente a horda santista (SP) é composta por Pedro Clark no baixo, Alexi Ruiz na guitarra, Roberto Opus nos vocais e tambor celta, Marcello Kenji na bateria, Daniel Crivello na guitarra e Marcelo Soutullo na gaita galega, vocais e percussão. Na sua discografia apresentam o trabalho auto intitulado, lançado em 2015 ao qual essa resenha se refere.


Um adendo interessante que tenho a dizer dessa banda é que a audição do trabalho é riquíssima, assistindo eles ao vivo no Maniacs Metal Meeting 2018, percebi que eles conseguem criar ao se apresentar no palco a mesma aura que executam no registro. 

O trabalho abre com sua maior faixa e que é uma das minhas favoritas. Aurea Hyspania com seus oito minutos tem uma passagem inicial que te leva à um rito céltico e vai se convertendo para um 'black' ríspido. 

Exortus poderia estar em um trabalho antigo do Emperor ou do Satyricon, devido ao peso cavalar que essa faixa imprime. Pugnae Aeternum tem um excelente trabalho de guitarras e bateria e a variação dos vocais imprimem um peso a mais na faixa, fãs de Amon Amarth vão se identificar com esse som.

Os momentos mais climáticos voltam em Opera Mortis e Celtic Mystery que se intercalam perfeitamente com as passagens agressivas de Under the Sign of Cain e In My Blood. Com isso, em resumo, pode-se dizer que a audição do trabalho é bem dinâmica, com letras inteligentes e arranjos musicais que exploram o máximo da criatividade dos músicos. A Opus Tenebrae apresenta um registro que tem tudo para ser um marco para a cena extrema.

 
TRACKLIST:
1) Aurea Hyspania 08:21
2) Exortus 04:01
3) Pugnae Aeternum 05:31
4) Opera Mortis 06:10
5) In My Blood 04:53
6) Under the Sign of Cain 04:01
7) Thereomorphic Encarnations 03:52
8) Celtic Mystery 07:46

FORMAÇÃO:
Pedro Clark - baixo;
Alexi Ruiz - guitarra;
Roberto Opus - vocais e tambor celta;
Marcello Kenji - bateria;
Daniel Crivello - guitarra;
Marcelo Soutullo - gaita galega, vocais e percussão.

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Revisado e editado por Carina Langa.